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Entenda o experimento do Gato de Schrödinger

O paradoxo do gato de Schrödinger é, talvez, uma das analogias mais famosas da física e talvez de toda a ciência. Todos já ouviram falar da ideia de que “o gato está vivo e morto ao mesmo tempo”, rendendo até camisetas e muitos memes na Internet sobre o assunto.

Imagem amino

Quem foi Schrödinger?

Erwin Rudolf Josef Alexander Schrödinger (1887 – 1961) foi um físico teórico austríaco e um dos responsáveis pelo desenvolvimento da mecânica quântica.

Em 1933, Erwin foi premiado com o Nobel de Física por sua famosa equação: a equação de Schrödinger. Esta equação é capaz de descrever como o estado quântico de um sistema evolui com o tempo.

Apesar disso, grande parte da fama de Schrödinger vem de seu experimento mental conhecido como “O Gato de Schrödinger.

O gato de  realmente existiu?


Após anos de estudo no campo da mecânica quântica, algumas questões filosóficas passaram a intrigar Schrödinger. Por esta razão, ele decidiu fazer um experimento com o objetivo de demonstrar uma das consequências mais estranhas das leis da mecânica quântica.

O que sabemos é que o famoso experimento nunca ocorreu na prática. Até porque, ele poderia ocasionar na morte do animal.

Como funcionou o experimento?


Experimento de Schrödinger

Precisamos de um gato, uma caixa grande com tampa, material com partículas radioativas, um contador Geiger, um martelo e um frasco de veneno (cianeto). Colocamos todos os ingredientes dentro da caixa de forma que o contador, ao identificar uma partícula radioativa, possa acionar o martelo e quebrar o frasco, e deixamos a caixa lacrada por uma hora – tempo suficiente para que o material radioativo possa decair ou que também nada aconteça. O material radioativo permite uma chance exata de 50/50 de que, em uma hora, uma única partícula seja emitida, o mecanismo do contador acione o martelo e libere o veneno, matando o gato.
É importante mencionar que essa analogia do gato de Schrödinger é um paradoxo que o próprio Erwin Schrödinger disse ser um caso ridículo.

“Pode-se até criar casos bastante ridículos. Um gato está preso em uma câmara de aço, junto com o seguinte dispositivo […]” ERWIN SCHRÖDINGER, NO ARTIGO “DIE GEGENWÄRTIGE SITUATION IN DER QUANTENMECHANIK” EM QUE PUBLICOU A ANALOGIA DO GATO EM UMA CAIXA.

Origem dos Memes

 

Meme "Nazaré Confusa" | Imagem original Tv Globo 


A origem dos memes é científica!

Isso mesmo, não é pegadinha. Sempre que falamos em memes, logo pensamos em vídeos ou imagens engraçadas ou irônicas que viralizaram na internet e viraram símbolos para comunicar algo que sentimos de forma mais simples. Mas você sabia que a origem dos memes é científica?

O estudo dos memes tem nome próprio, "memética", que são instruções para realizar comportamentos, armazenados no cérebro (ou em objetos) e passadas por imitação. Esse estudo foi originado quando Richard Dawkins cunhou o conceito no seu livro O gene egoísta. Na busca de algo que pudesse ser classificado como a unidade fundamental conceptual da memória. A memética aplica conceitos da teoria da evolução à cultura humana. Podemos comparar esse comportamento com a genética ao passo que nossos genes determinam nossas características físicas, essa imitação definem nossas crenças religiosas, políticas, e até mesmo para qual time torcemos, ou seja, a nossa cultura.

Os memes nasceram quando os nossos antepassados começaram a copiar alguma coisa que os outros faziam. Assim, todas as atividades humanas, a agricultura por exemplo, se espalharam como memes.  Atualmente, as informações viajam muito mais rápidos e são esquecidas muito mais facilmente também. Dessa forma, os memes seguem uma espécie de seleção natural, onde alguns continuam na lembrança recorrente das pessoas enquanto outras simplesmente somem do mapa da cultura humana. No que diz respeito à oportunidade de “imitar” um conteúdo virtual, o fenômeno dos memes está se espalhando e isso só ficou mais intenso com a internet.

E ai, qual meme você manterá na memória?

Cientistas descobrem nova camada no centro da Terra

A imagem ilustra o modelo atual das camadas da Terra

Pesquisadores da Australian National University (ANU) confirmaram a existência de um "núcleo mais interno" no centro da Terra. De acordo com Joanne Stephenson, uma estudante de doutorado na Australian National University e principal autora do estudo, embora essa nova camada seja difícil de observar, suas propriedades únicas podem indicar que um evento desconhecido e dramático ocorreu na história de nosso planeta.

O estudo foi publicado na revista “Journal of Geophysical Research: Solid Earth”, os pesquisadores pegaram teorias de décadas atrás e usando um algoritmo computacional vasculharam milhares de modelos do núcleo interno, encontrando assim evidências que podem indicar uma mudança na estrutura do ferro, e que inferem talvez dois eventos separados de resfriamento do planeta.

Tradicionalmente nos é ensinado que a Terra tem quatro camadas principais: a crosta, o manto, o núcleo externo e o núcleo interno, este estudo demonstra uma outra camada distinta e pode significar que teremos de reescrever os livros!

Ah se Júlio Verne estivesse vivo, ficaria vibrante com esta notícia. 

Dinossauros na Lua?

Exemplo de Cratera Lunar: Vista lateral da Cratera Moltke obtida da Apollo 11

Há 66 milhões de anos atrás os dinossauros que aqui se encontravam viveram seu último dia de vida. Pastavam tranquilos, caçavam, dormiam. Quando de repente testemunharam o céu pegar fogo. Um meteoro medindo aproximadamente de 11 a 80 Km de diâmetro rasgou a atmosfera do planeta Terra a mais de 20Km/s e sem sofrer com a pressão atmosférica, atingiu o chão intacto provocando um dos maiores eventos de extinção em massa no planeta.

Se fossemos comparar o impacto deste meteoro com o número de bombas nucleares similares a de Hiroshima, a energia do impacto seria algo entre 21 e 921 bilhões de detonações nucleares em um único local. Esta enorme explosão liberou uma quantidade imensa de detritos na atmosfera do planeta, escurecendo-o por décadas e iniciando o processo de extinção. As plantas, os animais herbívoros e os carnívoros que comiam estes animais herbívoros morreram, aproximadamente 75% de toda a vida da Terra foi extinta neste evento. 

Essa teoria científica foi proposta em 1980 por Luiz Alvarez e seu filho e também geólogo, Walter Alvarez, e foi devidamente comprovada em 1990 após diversas análises de dados obtidos na cratera formada pelo impacto do Meteoro de Chicxulub na Península de Yucatan, no México.

Cratera do Meteoro, Arizona (Crédito: Tsaiproject / Wikimedia Commons)

Ok, mas e os Dinos na lua?

No seu livro The Ends of the World, Peter Brannen mergulha no tempo explorando os becos sem saída do passado da Terra, e em uma conversa descrita com o oceanólogo e geofísico Mario Rebolledo, ele aborda o impacto do Meteoro de Chicxulub, e faz uma consideração: Quando o asteroide colidiu com a Terra, no céu acima dele, onde deveria haver ar, a rocha abriu um buraco no vácuo do espaço sideral na atmosfera. Enquanto os céus se precipitavam para fechar este buraco, enormes volumes de terra foram lançados em órbita e além - tudo dentro de um ou dois segundos do impacto.

O impacto foi tão forte que uma grande quantidade de material não só foi lançada na atmosfera, mas também atingiu uma velocidade de escape, movendo-se rápido demais para ser capturado pela gravidade da Terra e assim foi para o espaço, ou seja, rochas, terra, água, árvores, peixes e... dinossauros foram lançados e provavelmente capturados pelo campo gravitacional da Lua. Podemos encontrar esses materiais destruídos e ainda caídos na superfície do satélite nos dias de hoje. Claro que nada chegou vivo, mas ao mesmo tempo nada se decompôs por completo e talvez possamos encontrar fósseis muito mais preservados em alguma cratera lunar.

Estamos afundando? Estudo indica que 8% da superfície terrestre pode afundar em menos de 20 anos


De acordo com um estudo publicado na revista científica Science, até 2040, estima-se que a superfície da Terra afundará pelo menos 8%. Sim, você não leu errado, estamos afundando! Estudos mostram que cerca de 12 milhões de quilômetros quadrados de terras estão ameaçados e isso afetará mais de 635 milhões de residentes.

Os pesquisadores acreditam que o problema será causado por um fenômeno geográfico conhecido por subsidência, que pode ser traduzido como o rebaixamento da superfície causado pela exploração e extração de recursos naturais como água, óleo e gás natural do subterrâneo. Este fenômeno reduz permanentemente a capacidade de estoque dos aquíferos e leva à formação de fissuras terrestres, prejudicando prédios e infraestruturas civis, além de aumentar a suscetibilidade e o risco de inundações.

De acordo com a pesquisa, as áreas mais afetadas serão aquelas próximas a cidades e locais de exploração e irrigação, onde a pressão da água é alta e há grande demanda nos subterrâneos. A demanda por água subterrânea já tem causado implicações sérias para a humanidade, e isso deve aumentar nas próximas décadas.

A cada ano vemos os efeitos deste fenômeno, em 2018, por exemplo, foi apontado que Jacarta, capital da Indonésia, havia afundado 2,5 metros em 10 anos, com uma expectativa de continuar descendo 25 centímetros por ano. A cidade que afunda mais rápido no mundo inteiro está localizada no Irã, onde a cada ano, fica 25 centímetros mais funda por conta de um bombeamento irregular. Na Europa, o local mais impactado são os Países Baixos, onde a subsidência é responsável por colocar 25% do país abaixo do nível do mar, o que aumenta o risco de inundações.

Em outros continentes, como é o caso da África, da Austrália e da América do Sul, os riscos da subsidência são menores devido ao esgotamento das águas subterrâneas. Os resultados, de acordo com os pesquisadores, mostram que 97% da população exposta globalmente está concentrada em 30 países – sendo que a Índia e a China são as líderes em termos de extensão e população exposta.

Este cenário desencadeado pela subsidência tende a piorar devido as mudanças climáticas, o aquecimento global promove o aumento do nível do mar gerando inundações cada vez mais frequentes e severas, bem como secas e mudanças no valor de precipitação (chuvas, nevascas), e um aumento na evapotranspiração. As secas prolongadas irão diminuir o carregamento destas águas subterrâneas e aumentar o seu esgotamento, intensificando assim este fenômeno.

Artigo: Mapping the global threat of land subsidence

Curiosidades sobre Isaac Newton


Há 378 anos, no dia 04 de janeiro de 1643, na Inglaterra, nascia Isaac Newton: um físico, astrônomo e matemático. Seus trabalhos foram muito importantes para o desenvolvimento da física e da matemática como conhecemos hoje. Newton formulou as três leis do movimento (que levou à lei da gravitação universal), e seus estudos sobre a composição da luz branca conduziram à moderna física óptica, na matemática ele lançou os fundamentos do cálculo infinitesimal.

Isaac Newton era um homem discreto, mas ao longo dos anos historiadores descobriram muitas de suas peculiaridades. Confira a seguir algumas curiosidades sobre ele: 


- Newton nasceu prematuro e ainda muito novo ficou órfão de pai.

- Ainda criança, fez um moinho de vento, que funcionava, e um quadrante solar de pedra, que se acha hoje na Sociedade Real de Londres

- Em 1705, a rainha Ana outorgou a Newton o título de “Sir”. Foi o primeiro cientista a receber tal honraria.

- Passou a vida estudando secretamente a arte milenar da alquimia e códigos da Bíblia.

- Isaac Newton era lavrador ajudando sua mãe no campo porém passava horas distraído, pensando em matemática, filosofia e outros assuntos.

- Certa vez seus animais fugiram, destruíram plantações e cercas dos agricultores vizinhos. Isaac foi fichado e multado na polícia

- Como um estudante da Universidade de Cambridge, recebia ajuda financeira em troca de executar tarefas. Ele era garçom e também cuidava dos quartos de outros alunos.

- Newton nunca se casou e, embora seja impossível verificar, é amplamente conhecido que ele nunca teve relações sexuais, pois abertamente odiava as mulheres.


Para saber mais sobre a vida do cientista, recomendamos o documentário Isaac Newton - O Último Mágico. Produzido pela BBC, o filme nos conta um pouco mais da vida pessoal de Newton e seu amor pela matemática e astronomia, a construção do telescópio refletor que é usado nos tempos atuais  e sua paixão pela filosofia. O filme mostra também documentos escritos à mão pelo próprio Newton, seu medo e interesse pelo ocultismo e como o seu interesse pelas "ciências ocultas" era perigoso, pois na Idade Média existia grande repressão religiosa.

Fontes: biografia de Isaac Newton

Uma relação íntima entre a música e a memória: Porque nunca esquecemos certas canções?


"Seu sorriso é tão resplandecente
Que deixou meu coração alegre
Me dê a mão
Pra fugir desta terrível
Escuridão"...

Todos temos músicas que nós trazem memórias boas, músicas que fizeram parte de nossa vida e que muita das vezes nunca esquecemos, os versos acima são da música Dan Dan Kokoro Hikareteku - "Coração de Criança" ou "Sorriso Resplandecente" na versão brasileira, abertura do anime Dragon Ball GT, que marcou a infância de muitos. Sejam elas do meio Geek ou não, as músicas têm um potencial incrível de despertar lembranças e emoções naqueles que as ouvem.

A relação entre a música e a memória é algo que vem se estabelecendo ao longo da evolução humana, no livro How Humans Achieved their Words (Como humanos conquistaram suas palavras, em tradução livre), Dean Falk, antropólogo da Universidade da Flórida menciona que em tempos pré-históricos, as mães tinham que se afastar de seus bebês em intervalos regulares para ter as mãos livres para outras atividades e usavam uma forma de falar com os bebês, uma 'entonação maternal', para tranquilizá-los, este pode ser um dos primeiros contatos com a música.

Outro ponto bastante interessante é a transmissão do saber, civilizações antigas possuíam uma transmissão de conhecimentos de forma verbal, as diferentes culturas ao redor do mundo eram passadas ​​de geração em geração através da tradição oral, e sendo assim dependia da memória do indivíduo. Um ótimo exemplo de transmissão oral são os mitos e lendas que em sua grande maioria possuem a forma de poemas, versos e cantigas.

Mas como a música tem esse efeito na memória? Por que nunca esquecemos de nossas músicas favoritas? Essas são algumas perguntas que ainda não temos explicações, mas a música é uma das poucas armas terapêuticas utilizadas para lidar com o avanço do mal de Alzheimer, a forma mais comum de demência em idosos.

Sabemos que a música, de alguma forma, nos ajuda a criar memórias de nosso primeiro vínculo social, com nossos pais, muitos lembram de canções de ninar cantadas durante sua primeira infância, mesmo que apenas a melodia. Ao longo do crescimento isso se estabelece ainda mais com o aprender da fala, conforme compreendemos o que é dito as memórias se amplificam.

Ao ouvir uma canção diversas áreas do nosso cérebro são ativadas e uma das primeiras coisas que ocorrem, é que nosso centro de prazer é ativado e libera dopamina, neurotransmissor ligado à alegria. Estes neurotransmissores liberados são um dos motivos de que ao ouvirmos uma canção, atribuímos a uma memória, mesmo que estas não sejam as mais felizes, o ato de ouvir uma música favorita e sentir saudade, tristeza e alegria é algo químico e fisiológico.

Por ter um potencial de fisgar nossas memórias, mesmo que ainda sem uma explicação científica 100% efetiva, a música vem sendo usada como terapia em pacientes com demência, principalmente em casos de Alzheimer, demonstrando a capacidade de resgatar memorias e emoções nestes indivíduos.

Recentemente o vídeo de uma idosa chamada Marta González viralizou na internet, Marta era uma bailarina que estudou em Cuba e se apresentou em Nova York em 1960 com sua própria companhia. Ela era conhecida como Marta Cinta, o vídeo mostra ela sentada em uma cadeira e ao ouvir a famosa peça de balé O Lago dos Cisnes, de Pyotr Ilyich Tchaikovsky, parece começar a dançar e relembrar seus movimentos. A senhora do vídeo em questão faleceu no ano de 2019 por conta da doença.

 



Vídeo do canal Musica para despertar: Marta Cinta sentindo as memórias da música

Aos interessados em ler mais sobre o assunto, recomendo a leitura da dissertação de mestrado: Musicoterapia e doença de Alzheimer: um estudo com cônjuges cuidadores do autor Mauro Amoroso Pereira Anastácio Júnior.

Vamos morar em Marte? | Elon Musk planeja criar uma colônia de humanos em Marte até 2050


O bilionário Elon Musk, CEO da Space X através de um tweet na última quinta-feira (19), divulgou mais um dos seus projetos ambiciosos: criar uma colônia em Marte. Ele acredita que o projeto tem o potencial de abrigar cerca de um milhão de humanos até 2050, e que eles viveriam em uma espécie de “cúpula de vidro no começo".

A empresa transportou a duas semanas (17/11) através da espaçonave Crew Dragon, quatro astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS). O novo empreendimento envolverá a terraformação, conceito este que há muito tempo é sugerido por cientistas e autores de ficção científica, onde sempre se especulou a possibilidade de seres humanos poderem respirar na superfície aberta do planeta vermelho após este processo.

O próprio Musk reconhece que uma hipotética terraformação seria muito lenta para ser implantada, mas afirmou que sua visão vai um pouco além disto: "No entanto, podemos estabelecer uma base humana lá enquanto estamos vivos. Pelo menos, uma futura civilização espacial, descobrindo nossas ruínas, ficaria impressionada com o quão longe os humanos chegaram".

Terraformação?

Terraformar um planeta é um processo de transformação que interfere na atmosfera, temperatura, ecologia e topografia, para que possa suportar um ecossistema similar ao da Terra. Este é um conceito meramente hipotético e um processo muito, muito lento.

O pesquisador Robert Walker, com base em uma declaração de Musk sobre a possibilidade de explodir os polos de Marte para aumentar a pressão atmosférica do planeta, fez um exercício matemático em seu blog Science 2.0 no ano passado, e concluiu que seriam necessárias 3,5 mil ogivas nucleares por dia para derreter as calotas polares do planeta vermelho. Problema este é que essa atividade iria gerar uma quantidade de radiação que tornaria a superfície do planeta inabitável, porem esta ideia foi refutada por uma equipe de cientistas da NASA que afirmou não ser possível aumentar a pressão atmosférica do planeta.

Mesmo com evidências científicas controversas, Elon Musk não se abate e reconhece que construir uma cidade em Marte é uma tarefa árdua, perigosa e difícil, uma de suas falas demonstra que além de ambição Elon tem muita coragem: “Não é para os fracos de coração, pois há boa chance de você morrer. [...] Mas será muito glorioso se der certo”.


E aí, o que vocês acharam das declarações?

Petrovita, novo mineral é descoberto na Rússia

 

Cristais de petrovita coletados pela equipe de pesquisa (Distribuição: St Petersburg University)

Vulcões não servem apenas para destruir anéis. Um grupo de pesquisa russo foi responsável pela descoberta de um novo mineral, denominado petrovita. O nome é em homenagem a Tomas Petrov, geólogo, cristalógrafo e professor da Universidade de São Petersburgo. As amostras foram coletadas em cones e fluxos de lava do vulcão Tolbachik, na Península Kamchatka, Rússia.

Stanislav Filatov, professor do Departamento de Cristalografia da universidade e líder do grupo de pesquisa, estuda a mineralogia da Península Kamchatka desde a década de 80, em parceria com colegas de outras instituições russas. 

O território de Tolbachik apresenta um terreno caracterizado por minerais únicos e grandes quantidades de fumaça expelidas pelo solo. Tais condições resultaram em, até o momento, 130 minerais específicos da região. As estruturas se formaram após duas grandes erupções do Tolbachik, a primeira entre 1975 e 1976, e a mais recente em 2012-2013.

PETROVITA

O mineral petrovita (Na10CaCu2(SO4)8) ocorre em aglomerados globulares de coloração azul-esverdeada, com inclusões gasosas. A estrutura molecular é porosa, facilitando a circulação de átomos de sódio, o que é de extrema utilidade para o estudo de baterias de íons de sódio. 


Pegue uma carona e sinta-se a bordo: Vídeo da NASA mostra sonda Juno sobrevoando Júpiter

     Fonte: NASA/divulgação

Que tal pegar uma carona na missão Juno e ver Júpiter sem sair de casa? É o que propõe a NASA com este vídeo do sobrevoo mais recente da sua espaçonave pelo maior planeta do Sistema Solar. A gravação, tem aproximadamente cinco minutos de duração e foi produzida a partir de imagens do gigante planeta gasoso.

O vídeo foi produzido pelo cientista Kevin Gill, que usou dados obtidos pela JunoCam, iniciativa da NASA que reúne astrofotógrafos e astrônomos amadores da internet para enviar imagens obtidas através de seus telescópios, ajudando, assim, a equipe da Juno em suas missões.

Durante a viagem, podemos ver as extensas camadas do maior e mais antigo sistema de tempestades do Sistema Solar, tão densas que não podemos ver sequer o que ocorre no interior do planeta. As nuvens estão em constante mudança, bem como suas cores. São inúmeros tornados e ciclones, com ventos em alta velocidade e nuvens espessas que cobrem este planeta gigante, tornando assim as camadas mais interiores como um grande mistério para os astrônomos.

Fonte: NASA/Misson Juno


Open Bionics, empresa de próteses biônicas em parceria com KONAMI, cria braço inspirado em Metal Gear

 

Daniel Melville com o braço biônico Hero Arm. Fonte: Open Bionics

A tecnologia avança de uma forma realmente incrível, e recentemente o britânico Daniel Melville recebeu uma prótese de braço baseada no clássico personagem Snake do jogo Metal Gear Solid. Devido a uma malformação genética, Daniel Melville nasceu sem sua mão direita e pensando nisso, a empresa Open Bionics teve a ideia de presenteá-lo, como uma forma de marketing, com seu novo braço biônico, o Hero Arm, uma prótese composta por antebraço e mão que surgiu devido a uma parceria entre o estúdio responsável pelo desenvolvimento de Metal Gear, Konami.

O Hero Arm foi feito para deixar os usuários que são fãs de HQs, games e filmes com mais estilo, e dá a opção de escolhas de designs inspirados em obras como Ironman, Star Wars, Frozen e mais recentemente, Metal Gear. A prótese é leve, confortável, ergonômica e é capaz de segurar com destreza até um celular, talher ou caneta. Segundo a empresa, o Hero Arm é o braço biônico multi-grip mais acessível do mundo, custando £ 10.000. Atualmente a prótese está disponível para ser comprada e fabricada em clínicas localizadas nos EUA, Reino Unido, Irlanda, França, Espanha, Portugal, Austrália, Nova Zelândia, Holanda e Rússia. 

Confira o vídeo da empresa:



Fonte: Open Bionics

Europa, lua congelada de Júpiter pode brilhar no escuro

 (Foto: Divulgação/ NASA/ JPL-Caltech)


 Essa informação que estamos divulgando é essencial para os estudos da astrobiologia e para definir se seu oceano abaixo da superfície é potencialmente habitável ou não.  Para elucidar estes mistérios a missão Europa Clipper, uma sonda que irá orbitar o satélite enquanto colhe dados, está prevista para ser lançada ainda nessa década.

Pesquisadores da Nasa descobriram recentemente que a Europa, uma das 79 luas de Júpiter, possivelmente brilha no escuro. Europa é um satélite conhecido como um dos poucos lugares no Sistema Solar que possui chances consideráveis de ter vida. A lua possui uma crosta formada por uma grossa camada de gelo, no qual os cientistas acreditam que logo abaixo exista um vasto oceano de água salgada, além disto já foi encontrado evidências de vapor de água na superfície lunar.

O estudo, publicado na revista Nature, demonstra a simulação recriando a superfície lunar em laboratório e como a radiação emitida pelo campo magnético de Júpiter afeta está superfície. Por não existir um conhecimento preciso sobre a composição real do gelo lunar, a equipe realizou diversas “receitas”, por fim, diminuíram a temperatura das amostras para a marca de - 173.15 °C e bombardearam as amostras com feixes de partículas diferentes, como elétrons. Em praticamente todas as amostras o gelo brilhava.

A descoberta não foi uma surpresa para a equipe, mas o fato interessante é que, para cada amostra, o brilho mudava de cor e intensidade. Utilizou se um espectrômetro óptico, equipamento capaz de separar a luz em diferentes comprimentos de onda, para definir como cada amostra de gelo brilhava diferente. Em termos visíveis, o brilho variava entre aspectos azulados, esverdeados e esbranquiçados. Esta simulação infelizmente não pode dar certeza sobre a natureza real da lua Europa, pois o homem nunca chegou perto o suficiente para ver, mas é quase certo que o satélite brilha por conta dessa radiação emitida. A nossa Lua, é um ótimo exemplo de contraste, é escura e só conseguimos enxergá-la por conta da luz do Sol estar sendo refletida.

Os estudos foram publicados no periódico Nature Astronomy.

Fonte: NASA.


Após 8 meses de silêncio, Voyager 2 volta a se conectar com a Terra

Antena DSS43 - Nasa/Canberra Deep Space Communication Complex

Após passar 8 meses de silêncio o artefato humano mais distante da Terra voltou a comunicar se com a NASA,  a sonda Voyager 2, perdeu sua conexão com a agencia espacial devido ao trabalho de manutenção na única antena do planeta capaz de enviar sinais para a sonda. A antena Deep Space Station 43 (DSS-43), localizada nos arredores de Canberra na Austrália, tem cerca de 70 metros de largura e 48 anos de existência, sendo atualmente a maior antena do hemisfério sul.

Em março passado, a NASA iniciou uma atualização do cabeamento elétrico, fonte de alimentação e sistemas de resfriamento da instalação. Foi também instalado um novo cone de frequência de banda X, que é uma faixa privativa para comunicação por satélite, que será utilizado para enviar comandos as espaçonaves robóticas e receber dados de telemetria de missões de exploração do sistema solar. O novo sistema já foi utilizado para enviar com sucesso um comando para a Voyager 2, que respondeu.

A Voyager 2 foi lançada em 20 de agosto de 1977 e está a mais de 18.750.000.000 km da Terra e se afastando a uma velocidade de aproximadamente 60 mil km/h.

Fonte: CNN 

Podem existir cerca de 300 milhões de planetas habitáveis na Via Láctea


Representação artística do telescópio Kepler - NASA Ames/ W Stenzel/Wikimedia Commons

Através do telescópio espacial Kepler, uma grande equipe de astrônomos estimou que pode haver até 300 milhões de planetas com potencial habitável em nossa galáxia, o estudo publicado no The Astronomical Journal.

Alguns destes planetas podem até estar bem próximos, com até 30 anos-luz da Terra. Os pesquisadores utilizam da Equação de Drake (equação utilizada para estimar o número de civilizações comunicáveis), segundo Jeff Coughlin, pesquisador de exoplanetas do Instituto SETI, essa é uma etapa bem importante pois estamos a um passo mais próximos do longo caminho para descobrir se estamos sozinhos no cosmos.

O que é esta equação?

A Equação de Drake é um argumento probabilístico que estima o número potencial de civilizações tecnologicamente avançadas na galáxia que poderiam ser detectadas e possivelmente entrar em contato. Para uma estimativa razoável, os pesquisadores procuram estrelas semelhantes ao Sol, com aproximadamente a mesma idade e a mesma temperatura, até porque a sua temperatura interferiria nas condições de suporte de água liquida (devido a distância de sua estrela que não o deixe nem muito quente e nem muito frio), também procurou se analisar exoplanetas com tamanho similar a Terra e, portanto, com maior probabilidade de serem planetas rochosos.

A interpretação da Equação de Drake para encontrarmos vida inteligente no Cosmos (N) é feita multiplicando as seguintes variáveis:

Vida inteligente no Cosmos (N); taxa de formação de estrelas para ter planetas habitáveis (R*); fração dessas estrelas com sistemas planetários (fp); número de planetas por sistema capazes de suportar vida (n e); planetas nos quais a vida realmente surgiu (fl); planetas nos quais a vida inteligente surgiu (fi); fração de civilizações que desenvolveram tecnologia de comunicação (fc); há quanto tempo os sinais estão sendo enviados (G).

Fonte: https://arxiv.org/abs/2010.14812

Artigo: The Occurrence of RockyHabitable Zone Planets Around Solar-Like Stars from Kepler Data.

NASA revela que água na superfície Lunar pode ser mais abundante do que imaginávamos

FOTO DE NASA/GSFC/ARIZONA STATE UNIVERSITY

A revista cientifica "Nature Astronomy publicou nesta segunda-feira (26) dois estudos que demonstram a existência de água na superfície lunar. O mais relevante deles, conduzido pela NASA, a agência espacial dos Estados Unidos, relata ter localizado moléculas de H2O presa em minérios.

O anúncio da NASA é a primeira confirmação de indícios já levantados por pesquisadores desde a década passada, quando em 2008, pesquisadores descobriram H2O dentro do magma trazido por astronautas das missões Apolo. No ano seguinte (2009) a ideia se sustentou ainda mais pois houve uma colisão entre parte da sonda espacial Lcross (Satélite de Detecção e Observação de Crateras Lunares) em uma área de sombra próxima ao polo lunar qual detectou evidências de gelo na fumaça emitida pelo impacto. Ainda no ano de 2009, a Chandrayaan-1, espaçonave pertencente a Índia, registrou prováveis reflexos de água na luz na superfície da Lua e corroboraram para manter a ideia ativa, mas somente em 2017, que pesquisadores da Universidade de Brown (Estados Unidos) afirmavam que através de espectômetros, verificaram indícios de um líquido preso no interior de rochas. No entanto os dados não distinguiram o tipo de liquido, não havia confirmação de se tratar de água (H2O), da hidroxila (OH) que é molecularmente próxima da água

 

Em 2018 Casey Honniball, pesquisadora de pós-doutorado do Centro Goddard de Voos Espaciais da Nasa e seus colegas coletaram dados durante um voo do SOFIA  Stratospheric Observatory for Infrared Astronomy (Observatório Estratosférico de Astronomia por Infravermelho) um grande telescópio infravermelho montado em um avião a jato.

 

SOFIA detectou a água na Cratera Clavius (localizada no hemisfério sul da Lua). Foram localizados cerca de 100 a 412 partes por milhão por metro cúbico. Isso equivale a aproximadamente 340 gramas, ou 340ml (no caso da água, por ter a densidade de praticamente exatos 1 g/ml). Isso quer dizer que para cada área com o tamanho de uma piscina de mil litros, há um copo de água. Embora pareça pouco, é uma quantidade realmente considerável e importante para futuras missões espaciais. A principal utilidade da água na Lua está na fabricação de combustível, síntese de oxigênio para a respiração, e o próprio consumo para os humanos e no cultivo de alimentos, permitindo assim, missões de longo prazo.

 

Esta descoberta impulsiona ainda mais a missão Artemis, da NASA, que visa levar o ser humano para a Lua em 2024. E transforma  em uma espécie de porto espacial para auxiliar a exploração do resto do sistema solar, que inclusive contara com rede de 4G. 

 

Os estudos foram publicados no periódico Nature Astronomy.

Fonte: NASA.


Dia Nacional da Ciência e Tecnologia


No Brasil, outubro é o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Para comemorar, todo ano é realizada a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, que chega à sua 17ª edição em 2020.


O tema do evento, que será de 16 a 19 de outubro, é Inteligência Artificial. Palestras e minicursos estão disponíveis no site e no canal do youtube. Além do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, órgãos como Agência Espacial Brasileira, INPE e CNPEM estão vinculados à iniciativa.

Mas o que comemora o Dia Nacional da Ciência e Tecnologia? Por que ele é necessário? Faremos uma análise das inovações científicas que mudaram o mundo e como é feita a pesquisa científica no Brasil.


Comemoração pelo mundo

Mundo afora, a Ciência é comemorada em datas diversas. A ONU instituiu 10 de novembro como o “Dia Mundial da Ciência pela Paz e pelo Desenvolvimento”. Recomendada na Conferência Científica Mundial de Budapeste, em 1999, a data foi criada para conscientização da relação entre a Ciência e a Sociedade.

Na Argentina, o Dia da Ciência e Tecnologia é celebrado em 10 de abril, data de nascimento do Dr. Bernardo Houssay, primeiro argentino e latino-americano premiado pelo Nobel de Medicina em 1947.

Na Índia, a comemoração ocorre em 28 de fevereiro, data na qual o físico indiano Sir CV Raman descobriu o chamado “Efeito Raman”. O cientista recebeu o Nobel de Física em 1930.


Premiação do Nobel de Física em 1930, com o ganhador CV Raman à esquerda (Distribuição: EdexLive)


Invenções que mudaram o mundo


Ciência é definida como um sistema de conhecimentos formulados metódica e racionalmente, obtidas e testadas através do método científico, ou seja, adquiridos por observação, identificação, pesquisa e explicação de fenômenos e fatos.

Tecnologia (do grego τεχνη — “ofício” e λογια — “estudo”) é um termo que envolve o conhecimento específico de uma determinada área, é o estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, meios e instrumentos de um ou mais ofícios da atividade humana. Ambas sempre estiveram muito próximas, pois a ciência analisa a natureza utilizando o método científico, enquanto a tecnologia, aplica o conhecimento científico para conseguir um resultado prático. Uma entende o mundo e o interpreta a fim de que a outra coloque em prática.

Para demonstrar a importância da Ciência e da Tecnologia, listamos algumas das várias invenções que moldaram a realidade humana.

Bússola: Este instrumento de navegação ajudou, e muito, na exploração humana. As primeiras bússolas eram feitas de pedras com propriedades magnéticas na China, entre 300 e 200 a.C.

Papel: Criado em 100 a.C., na China, o papel é indispensável e foi um marco no registro de informação. Com ele, ficou mais fácil armazenar dados e transmitir conhecimento ao longo das gerações.

Pólvora: Este explosivo químico possui origem na China no século IX. Existem dois tipos de pólvora: a negra e a sem fumo. Atualmente, a pólvora sem fumo é a mais utilizada nas munições. Já a pólvora negra é usada em fogos de artifício.

Eletricidade: O início das pesquisas se iniciou no Egito Antigo e na Grécia Antiga, com Tales de Mileto, filósofo, matemático e engenheiro que conduziu as primeiras pesquisas sobre eletricidade. Mas foi Benjamin Franklin, no século XVIII, que recebeu crédito pelas suas experiências com raios de tempestades, ao demonstrar que eles são um fenómeno de natureza elétrica. A invenção da lâmpada elétrica foi um divisor de águas no século XIX.

Motor a Vapor: Inventado entre 1736 e 1775 por James Watt, o motor a vapor estava presente em comboios, navios, fábricas e foi uma das invenções que impulsionou a Revolução Industrial como um todo.

Vacinação: A vacinação já erradicou doenças e estendeu a expectativa média de vida dos seres humanos. A primeira vacina, contra a varíola, foi criada por Edward Jenner em 1796.

Telefone: Alexander Graham Bell foi o primeiro a patentear a invenção do telefone elétrico em 1876, dando origem a um novo modelo de comunicação interpessoal instantânea.

Penicilina (Antibiótico): A penicilina foi descoberta pelo escocês Alexander Fleming em 1928, e esse remédio foi um divisor de águas na medicina moderna e na expectativa de vida. A era dos antibióticos deu início ao tratamento de diversas doenças cuja taxa de óbitos eram muito grandes.

Fissão Nuclear: O processo de separação dos átomos para liberar energia levou à criação de reatores nucleares e bombas atómicas. Mesmo com diversos estudos, a descoberta costuma ser creditada aos alemães Otto Hahn e Fritz Strassmann, com colaboração dos austríacos Lise Meitner e Otto Frisch.

Internet: A Internet, da forma que a conhecemos hoje, popularizou-se na década de 1990, com a criação da World Wide Web (WWW), por Tim Berners-Lee. A Internet é o meio de comunicação mais amplo. É responsável por tornar o planeta interconectado e com informações mais rápidas e constantes.


Áreas do conhecimento


A CAPES, Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior é vinculada ao Ministério da Educação no Brasil, e é responsável pelos programas de pós-graduação strictu sensu do país, isto é, mestrado e doutorado. Ela é uma das principais responsáveis por ceder bolsas aos pós-graduandos, para que eles possam se dedicar à pesquisa científica em tempo integral. O órgão repassa os valores para as instituições, que repassam aos alunos. Ela divide as principais áreas do conhecimento em:

Ciências Exatas e da Terra: Matemática, Probabilidade e Estatística, Ciência da Computação, Astronomia, Física, Química, Geociências, Oceanografia

Ciências Biológicas: Biologia geral, Genética, Botânica, Zoologia, Ecologia, Morfologia, Fisiologia, Bioquímica, Biofísica, Farmacologia, Imunologia, Microbiologia, Parasitologia. 

Engenharias: Civil, Minas, Materiais e Metalúrgica, Elétrica, Mecânica, Química, Sanitária, Nuclear, Transportes, Naval e Oceânica, Aeroespacial, Biomédica. 

Ciências da Saúde: Medicina, Odontologia, Farmácia, Enfermagem, Nutrição, Saúde coletiva, Fonoaudiologia, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Educação Física. 

Ciências Agrárias: Agronomia, Recursos Florestais e Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola, Zootecnologia, Medicina Veterinária, Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca, Ciência e Tecnologia de Alimentos.

Ciências Sociais Aplicadas: Direito, Administração, Economia, Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Demografia, Ciência da Informação, Museologia, Comunicação, Serviço Social, Economia Doméstica, Desenho Industrial e Turismo.

Ciências Humanas: Filosofia, Sociologia, Antropologia, Arqueologia, História, Geografia, Psicologia, Educação, Ciência Política, Tecnologia.

Linguística, Letras e Artes

Dentro de cada área de conhecimento, existem as sub-áreas do conhecimento. Para ver mais detalhes de outras disciplinas e profissões e saber onde exatamente o seu curso poderia se encaixar, caso não tenha sido listado acima, clique AQUI. O CNPQ, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico também divide as disciplinas e profissões em grandes áreas do conhecimento, e apesar de possuir grandes semelhanças com a da CAPES, tem algumas divergências. Clique AQUI para conferir a tabela.

Cientistas brasileiros e pesquisa no Brasil

De acordo com Bente "nenhuma nação consegue evoluir sem pesquisa científica", e é a partir da investigação de processos de transformação que o conhecimento é construído. Em um censo realizado em 2016 pelo CNPQ, existiam 531 instituições de ensino que registraram 37.640 grupos de pesquisa, tendo ao todo 199.566 pesquisadores e desses 129.929 com doutorado.

Os números impressionam, e em comparação com 2014, o Brasil teve aumento de 11% nos números de pesquisadores em atuação. Infelizmente, os recursos necessários para os cientistas foi diminuindo, sendo em torno de 50% menor em relação a 2014, ou seja, de R$ 8,943 bilhões para R$ 4,597 bilhões em 2016. Para Ciência e Tecnologia, o orçamento previsto de 2018 chegou a ser R$ 1,4 bilhão.

Para se tornar pesquisador científico no Brasil, existem vários caminhos e não existe uma faculdade específica para isso. Alunos que estejam cursando qualquer faculdade podem procurar saber mais sobre a Iniciação Científica, programa que visa fazer o estudante ter o primeiro contato com a pesquisa científica, onde desenvolve pesquisas junto a um orientador e pode ter os contatos iniciais com grupos de pesquisa. O próximo passo seria seguir para cursos de pós-graduação Stricto Sensu, que consiste em Mestrado e Doutorado. Dessa forma, é possível estar mais próximo dessa comunidade científica produzindo e publicando artigos, participando de congressos e mantendo um diálogo com outros pesquisadores. Para saber mais sobre o processo seletivo de um mestrado ou entender um pouco mais sobre esses caminhos, clique AQUI.

Perguntamos a alguns pesquisadores o que eles acham sobre a pesquisa científica, o que mais gostam, o que estudam e como chegaram nesse universo. Confira alguns relatos, incluindo os comentários dos pesquisadores da Revista Jovem Geek:

Desde pequena, eu sempre tive essa vontade de dar aulas ou de ser cientista. Não sabia se era possível conciliar os dois, e no meio de tantas profissões que fiquei na dúvida durante o ensino médio, pensei em astronomia por muito tempo. Pesquisar sobre o céu, as estrelas? Uau. Mas eu vi que era muito difícil conseguir seguir ali, cursos de graduação de astronomia só tinha uns três no Brasil. Um outro caminho que falavam era física, só que acabei me voltando para a área de negócios mesmo. Cursei Administração e realmente sou apaixonada por estudar organizações, porém se me perguntassem se era possível ser pesquisador nessa área, até alguns anos atrás eu diria que não. Já estava certa de que seguiria carreira em alguma empresa, pensando nas possibilidades. Enquanto trabalhava, já nos meus anos da faculdade, decidi fazer Iniciação Científica. Não tinha bolsa na minha instituição, e como eu trabalhava nem me importava muito com isso. Comecei a ler artigos, e mesmo sem entender muita coisa, era incrível. Lia nos horários de almoço, no transporte, na madrugada, nos finais de semana. Foi o primeiro contato que tive com escrita acadêmica, e por mais difícil que fosse, me marcou demais quando eu pegava o trabalho pronto, impresso e olhava pra ele. E aí, eu coloquei na minha cabeça que queria fazer mestrado. Achava que sabia o que queria, e devo admitir que entrei em um mundo mais incrível do que pensei antes. Faço pesquisas sobre os consumidores. - Thainá Santos.


Eu sempre sonhei em ser cientista, montar experiências e testes, desde pequeno sempre fui muito ligado à natureza, saúde e com o tempo isso foi se aprimorando, tinha alguns receios por vir de uma família sem dinheiro, mas sempre fui bem motivado a nunca desistir. No ensino médio mesmo entre tantas opções a carreira científica dentre a biologia e a medicina foram meus alvos, foi então que descobri a Biomedicina e simplesmente me apaixonei pelas áreas, tive a oportunidade de fazer iniciação científica e trabalhar com pacientes, foi neste instante que vi que era isso que eu queria mesmo, pesquisar, gerar avanços, entender doenças. Este primeiro contato que tive com escrita acadêmica, escrevendo meu trabalho, me marcou, pois eu poderia ensinar através dele, poderia gerar novas respostas ou até mesmo dúvidas. Me formei, fiz mestrado e atualmente estou cursando o doutorado, sou professor e atuo com pesquisas microbiológicas (estudos de vírus, fungos, bactérias, etc) e não me arrependo em nenhum instante de ter escolhido a ciência é um universo incrível. - Kaique Cesar.

Matéria especial elaborada por Débora Lopes, Kaique Cesar e Thainá Santos.

Alexa, estou com COVID-19? O uso das Inteligências Artificiais na detecção de doenças

Illustração de Rune Fisker

Você já invejou a forma como o JARVIS cuida do Tony Stark? Já imaginou ser diagnosticado e receber conselhos ou acompanhamento de sua saúde por sua assistente virtual somente ao falar com ela?

A revista cientifica Nature, em seu portal de notícias, divulgou esta semana um grande avanço tecnológico em desenvolvimento. Em março deste ano, enquanto os hospitais do mundo todo pediam doações de sangue de infectados e recuperados do COVID-19, em Israel o ministério da defesa e a empresa Vocalis Health pediram doação de vozes.

A Vocalis, empresa de análise de voz com escritórios em Israel e nos Estados Unidos, havia desenvolvido anteriormente um aplicativo para smartphone que podia detectar surtos de DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica), ouvindo sinais de que os usuários estavam com falta de ar ao falar. A empresa queria fazer o mesmo com o COVID-19 e convidou pessoas com teste positivo para o coronavírus a baixar o aplicativo de pesquisa Vocalis. Uma vez ao dia, eles iniciavam o aplicativo e faziam a descrição de uma imagem em voz alta e contando de 50 a 70. Estes dados foram comparados aos de pessoas com diagnostico negativo, na tentativa de identificar uma impressão de voz para a doença.

Na última década, diversas equipes de pesquisa desenvolveram com uso de inteligência artificial (IA) e sistemas de aprendizado de máquina potenciais biomarcadores vocais de uma ampla variedade de condições, incluindo demência, depressão, transtorno do espectro do autismo e cardiopatias. As tecnologias desenvolvidas são capazes de detectar diferenças sutis na fala das pessoas. 

A ideia é que de forma lenta e gradual vá se projetando ferramentas personalizadas para uso em consultórios médicos ou ensaios clínicos. Alguns sonham mais alto como Björn Schuller, especialista em reconhecimento de fala e emoção da Universidade de Augsburg, na Alemanha e Imperial College London, que está liderando um dos estudos COVID-19. Ele diz que no futuro, seu robô, sua Siri, sua Alexa simplesmente dirá: 'Oh, você está resfriado', e poderá sugerir como lhe ajudar.

O futuro tecnológico dos filmes de ficção podem estar mais próximo do que imaginamos...  

Fonte: Emily Anthes. Alexa, do I have COVID-19? Nature. 586, 22-25 (2020)Doi: 10.1038/d41586-020-02732-4. Disponível em www.nature.com/articles/d41586-020-02732-4. Acesso em: 02/09/2020.

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Revisado por Thai Santos