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5 Filmes do Festival do Rio que valem a pena ver

 

Saoirse Ronan em cena do filme The Outrun.
Reprodução/Divulgação — Sony Pictures.

Como sempre, o Festival do Rio trouxe uma seleção incrível de filmes para a cidade. Foram onze dias de exibições, abrangendo diversos gêneros, nacionalidades e estilos. Do dia 03 a 13 de outubro de 2024, mais de 250 filmes internacionais e nacionais foram exibidos no Rio de Janeiro.

Se você não conseguiu acompanhar o festival, mas ainda quer ter uma noção dos títulos que definitivamente marcaram essa edição, a Revista Jovem Geek reuniu cinco filmes que se destacaram na nossa cobertura e que, na nossa opinião, você deveria dar uma chance assim que possível. Vamos à lista?

1. Malu

Trailer do filme Malu. 
Reprodução/Divulgação – Pluto Film.

Vencedor de quatro prêmios no Festival do Rio 2024, Malu foi uma das melhores surpresas do Festival do Rio. Com uma história impactante e uma direção bastante sensível de Pedro Freire, Malu é uma ótima pedida para quem quer assistir algo mais reflexivo. 


Inspirado na vida da atriz Malu Rocha, o filme conta a história de uma mulher de meia-idade com um passado glorioso, mas que não consegue superá-lo. Além de toda essa questão, ela também precisa lidar com as relações complexas que tem com a mãe, uma mulher conservadora que nunca aceitou sua carreira, e sua filha, que é o reflexo de si mesma que ela prefere não encarar. 


Essa troca entre elas é o que dá dinamismo à obra e o que nos faz refletir sobre nossa própria vida e escolhas enquanto assistimos. Resumindo, veja!


2. Conclave

Trailer do filme Conclave. 
Reprodução/Divulgação – Diamond Films.

Após um drama familiar intenso, seguimos para um thriller de suspense ambientado no Vaticano. Indicado a Melhor Filme no Festival de San Sebastián, Conclave tem sido bastante elogiado pela crítica. Especialmente pela forma como consegue transformar a sagrada eleição do papa em um suspense de espionagem. 


Adaptação do livro com mesmo nome de Robert Harris, o longa-metragem acompanha o Cardeal Lawrence, religioso que, após a morte inesperada do atual Papa, fica responsável pelo processo de seleção do próximo. Para isso, se reúnem no Vaticano os líderes mais poderosos da Igreja Católica, cada um com sua própria agenda e ambição. 


Esse mix cria a atmosfera perfeita para o thriller político de Edward Berger. Tanto por trazer discussões importantes para o momento atual quanto por como a narrativa é conduzida.


3. A Procura de Martina


Entrevista da diretora Márcia Faria no Festival 
do Rio. Reprodução/Divulgação Festival do Rio.

Indicado ao prêmio Première Brasil —- Novos Rumos do Festival do Rio, A Procura de Martina foi um dos destaques do festival. Poderoso e muito impactante, o longa-metragem entrega uma narrativa profunda e recheada de reflexões. 


Nele, somos apresentados a Martina, uma viúva argentina de 75 anos diagnosticada com Alzheimer, que pode finalmente ter a informação de que precisava para encontrar seu neto desaparecido há mais de 30 anos.


Dessa maneira, em uma luta contra o tempo, ela vai até o Rio de Janeiro para tentar encontrar o neto antes que a doença a faça esquecer de toda a sua história. Sua busca está diretamente relacionada à história das Ditaduras Militares e denuncia os sequestros de bebês de militantes políticos que aconteceram na época. Mais do que tudo, a obra vem mostrar como esse momento histórico trouxe dor a pessoas reais, como Martina.


4. The Outrun

Trailer do filme The Outrun
Reprodução/Divulgação – Sony Pictures.

Outro filme super necessário da lista é The Outrun. Estrelado por Saoirse Ronan, conhecida por seu trabalho em Lady Bird, ela brilha mais uma vez em uma narrativa intensa e pesada. Aqui ela interpreta Rona, uma jovem adulta que está tentando lidar com o alcoolismo e recuperar sua vida. 


Baseado na autobiografia da jornalista Amy Liptrot, o filme mistura elementos de folclore e da natureza para nos apresentar os sentimentos confusos e intensos de uma alcoólatra em recuperação. Nessa busca de cura, a protagonista se muda de Londres para a sua terra natal, as Ilhas Órcades na Escócia.


As noites agitadas são trocadas pelo uivo do vento sempre frequente, que a conduz para uma jornada de redescoberta e com o tempo de cura. Apesar de ser um filme difícil de assistir, é também um lembrete gentil de que a recuperação é um processo que vale a pena enfrentar, mesmo sendo difícil.


5. Super/Man: A História de Christopher Reeve


Trailer do filme Super/Man: A História de Christopher
ReeveReprodução/Divulgação – Sony Pictures.


A última indicação da lista é o documentário que aborda a carreira e vida de Christopher Reeve. Conhecido por interpretar o melhor Superman aos olhos dos fãs, o filme vem contar sua história de ascensão e como sua vida se transformou após um acidente de hipismo que o deixou tetraplégico. 


Indicado ao Critics Choice Documentary Awards 2024 em seis categorias, o documentário é um dos lançamentos mais esperados do ano. Já em cartaz nos cinemas brasileiros, Super/Man traz um retrato simples, mas comovente da história do ator. 


Um dos destaques é como a obra consegue estabelecer paralelos entre a jornada do seu personagem e a realidade de Reeve. Embora não traga nenhuma informação inédita, o longa é uma homenagem fiel e uma celebração à vida de Christopher que definitivamente vale ser assistida.


Com isso, a lista fica por aqui, mas não se engane, esses não são os únicos filmes do Festival do Rio que valem a pena ser vistos. Entre outros que acabaram ficando de fora dessa lista estão: Emilia Perez, O Quarto ao Lado, Twiggy e os nomes continuam… São tantos que não dá nem para citar todos aqui. Qual desses vocês querem ver primeiro? Conta para a gente nos comentários.


Crítica: The Outrun | Saoirse Ronan brilha mais uma vez no cinema

 

Saoirse Ronan em cena do filme The Outrun.
Reprodução/Divulgação — Sony Pictures.

The Outrun é um daqueles filmes necessários; talvez você nunca veja uma segunda vez, mas a primeira, sem dúvida, pode ser uma experiência intensa e muito valiosa. Seu début mundial foi em janeiro de 2024 no Festival de Sundance e, desde então, o filme tem gerado grande impacto por onde passa e não podia ser diferente no Festival do Rio.


Baseado na autobiografia da jornalista Amy Liptrot de mesmo nome, a produção narra com muita sensibilidade sua jornada lidando com o alcoolismo. Rona, interpretada por Saoirse Ronan, se vê no fundo do poço e se muda de Londres para a sua terra natal, as Ilhas Órcades na Escócia, em busca de uma normalidade e recuperação de seu senso de si.

A partir desse retorno, conhecemos um pouco mais sobre as origens de seus problemas emocionais e entramos em um processo de cura e descobertas com a protagonista.


Saoirse Ronan brilha em The Outrun provando sua versatilidade mais uma vez


Trailer The Outrun. Reprodução/Divulgação — Sony Pictures.

Com uma narrativa não linear que reúne acontecimentos de momentos variados, a atriz, conhecida por seu trabalho em Lady Bird, tem a oportunidade de explorar diferentes sentimentos que uma pessoa viciada precisa vivenciar em seu caminho de reabilitação. Essa escolha é bastante interessante e dá mais intensidade ao filme, que tenta ilustrar a mente de um alcoólatra em tratamento que segue refletindo sobre os erros cometidos e os traumas que podem tê-lo levado até ali. 


No entanto, ainda que o artifício seja válido e bem utilizado na maior parte do tempo, ele pode se tornar confuso em certos momentos, deixando o público incerto sobre quando aquelas lembranças ocorreram. Embora o uso de diferentes cores no cabelo de Saoirse Ronan tenha sido uma ferramenta interessante para dar ao espectador um senso de linearidade, nem sempre ele consegue por si só ser a bússola de que a narrativa precisa.


Porém, apesar desse deslize, isso não faz de The Outrun um filme menos impactante, já que os sentimentos de Ronan são muito bem interpretados pela atriz. Seu desespero e desejo de liberdade se sobressaem na tela, criando um sentimento de angústia muito grande em quem assiste. 


A audiência quer desesperadamente que ela melhore e entende sem dificuldade o quanto isso é desafiador, mas ainda assim possível se a pessoa enfrentar a luta um dia de cada vez. Gradualmente, as coisas passam a ser um pouco mais fáceis, mudando o tom do filme de um estado de sofrimento para uma esperança latente.


Um filme único e necessário


Saoirse Ronan em cena do filme The Outrun.
Reprodução/Divulgação — Sony Pictures.

Outro ponto alto da narrativa são as paisagens, com um ambiente frio e desolador. As Ilhas Órcades na Escócia representam bem os sentimentos intensos e complexos de Rona. Um lugar lindo, mas tão desesperador quanto a própria mente da personagem, o que exemplifica bem como todos estamos sozinhos nas nossas lutas. O apoio das pessoas à nossa volta é importante, mas se você não fizer sua parte, de nada adianta. Essa verdade é descoberta pela protagonista, que encontra na natureza uma possibilidade de conexão e de um novo propósito.


Sem banalizar a luta contra o alcoolismo, The Outrun é necessário por mostrar que essa doença não é exclusiva de um gênero ou classe social. Todos podem se tornar vítimas dele, e se acontecer com você, não vai ser bonito. A personagem principal destruiu sua vida em Londres por conta do seu vício e até que ela pudesse reconstruí-la levou tempo, e foi um processo muito doloroso. 


Com o fácil acesso ao álcool, nem sempre abordamos os danos que eles podem causar à vida de alcoólatras e todos à sua volta, e se tem uma mensagem que o filme passa é essa. Alcoolismo não é uma escolha; ninguém escolhe machucar as pessoas à sua volta e perder tudo que construiu. Trazer isso com a sensibilidade que o filme trouxe é emocionante, especialmente por deixar claro que, embora Rona tenha cometido erros terríveis, ela também é capaz de coisas lindas.


O vício não foi o fim, mas um novo começo


A protagonista precisou reaprender a lidar com suas frustrações e a encontrar um novo propósito na vida. Uma trajetória complexa, que Saoirse Ronan conduziu com perfeição ao trazer todos os sentimentos à tona. Mesmo nas cenas em que não era necessário dizer nada. 


Ainda que não seja um filme fácil de assistir por conta de seu tema, é definitivamente um longa-metragem que vale a pena investir seu tempo. The Outrun não é apenas sobre a luta contra o alcoolismo, mas uma reflexão sobre a eterna capacidade de transformação dos seres humanos. Mesmo nos momentos mais impensáveis existe esperança no caminho do perdão aos próprios erros. 


É como se o longa nos lembrasse gentilmente que a recuperação é um processo que vale a pena enfrentar. Seja sua questão, o alcoolismo, ou algo completamente diferente, é possível se reconstruir e se tornar alguém diferente, tudo o que você precisa é de um propósito e muita determinação.




Crítica | Malu é uma das melhores surpresas do Festival do Rio

 

Carol Duarte e Yara de Novaes em cena do filme Malu. 
Reprodução/Divulgação - Pluto Film.

Premiado no Festival do Rio, Malu surge como uma das melhores surpresas do ano. Dirigido por Pedro Freire, esse filme brasileiro se destaca pela habilidade de abordar a vida como ela é com muita intensidade. Nele, conhecemos três gerações da mesma família, três mulheres com traumas, ressentimentos e também afeto entre elas. Assistir essa dinâmica, que é muito bem construída, é capaz de te fazer refletir muito sobre sua própria vida e escolhas, e por isso recomendo muito que você veja.

Trailer do filme Malu. 
Reprodução/Divulgação – Pluto Film.

Mas o que torna essa história tão envolvente?


No filme, somos apresentados a Malu, uma mulher na casa dos cinquenta anos com um passado glorioso. Por ter sido atriz de teatro no período da ditadura militar, ela passou por muitas dificuldades, mas mesmo assim seguiu na arte com o intuito de gerar mudanças, reflexões e, por conta disso, não consegue aceitar o conformismo e das novas gerações.


Malu não se encaixa nesse novo período e, ainda que tenha ambições para o futuro, algo parece impedi-la de seguir em frente. Ela fala muito sobre seu sonho de construir um teatro na sua casa para a comunidade, mas não se move para que isso aconteça. Sua vida se resume a sonhar com esse dia, reviver o passado e reclamar do presente. Seu sonho já tem forma, ela já sabe todos os detalhes do espaço, o que será feito lá, a única coisa que não é feita são os movimentos para realmente chegar lá. Talvez por medo de fracassar, um sentimento que acredito que muitos possam se identificar.


Além desse conflito interno, Malu precisa lidar também com os relacionamentos complexos dentro de sua própria família. Com sua mãe, interpretada por Juliana Carneiro da Cunha, uma idosa conservadora, que nunca entendeu realmente a filha, e Joana, filha de Malu, performada por Carol Duarte, que acaba de voltar do estrangeiro depois de um tempo trabalhando como atriz lá, um reflexo da própria trajetória que Malu tem dificuldade de aceitar.


Ainda que parentes, todas são muito diferentes, cada uma carrega feridas do passado, e é a tensão entre essas dores e o afeto que constrói a narrativa. Embora Malu seja o cerne da história, Joana e Dona Lili também são muito bem apresentadas, seus desejos e frustrações são muito claros e dão ainda mais força ao filme.


Pontos Altos de Malu


Essa profundidade emocional não é por acaso: a personagem foi inspirada na mãe do diretor, a atriz Malu Rocha (1947–2013). Esse detalhe revela por que o filme soa tão autêntico. Seja o constante embate entre gerações ou os traumas de uma relação de afeto, o filme fala com sentimentos quase universais. A necessidade de ser amado, aceito, o desejo que o outro seja similar a você e a impossibilidade de lidar com certas coisas.


Tudo isso é explorado de forma muito pessoal e intensa, muito por conta do elenco, que brilha na tela. As interpretações são algumas vezes brutas, intensas, mas sempre muito naturais. Yara de Novaes traz toda sensibilidade e dose de loucura para o furacão que é Malu e o mesmo posso dizer de Juliana Carneiro da Cunha (Dona Lili) e Carol Duarte (Joana).


Além disso, o trabalho de ambientação e fotografia simples também colaboram muito nessa construção. Não parece algo cinematográfico, mas um retrato da vida que poderia ser de qualquer pessoa. Outro ponto de destaque é a direção e roteiro de Pedro Freire, que consegue trazer dinamismo a um tipo de obra que muitas vezes pode acabar monótona. Não é o caso de Malu, com um ritmo muito equilibrado, prepare-se para rir, refletir e se emocionar.


Dito tudo isso, recomendo demais que vejam, não só para se entreter, mas para crescer pessoalmente também. Mais do que entretenimento, Malu nos convida a refletir sobre nossas escolhas e, quem sabe, quebrar padrões que nem percebíamos seguir.







Filme brasileiro "Ainda Não É Amanhã" é premiado no Festival do Rio

 

A atriz Mayara Santos recebeu troféu pela atuação em "Ainda não é amanhã".
Reprodução/ Divulgação - Embaúba Filmes.

Além da Menção Honrosa entregue ao curta-metragem “O Céu Não Sabe Meu Nome”, o 

Festival do Rio 2024 também anunciou no domingo, dia 13 de outubro, os vencedores do Troféu Redentor da Première Brasil. “Ainda Não É Amanhã” ganhou o Prêmio de Melhor Atriz para a atriz Mayara Santos, que participou da mostra competitiva, na seção Novos Rumos dessa edição do Festival do Rio.

A cerimônia de premiação aconteceu no clássico Cine Odeon, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, sendo apresentada pelos atores Fabíola Nascimento (Estômago, 2007) e Juan Paiva (Nosso Sonho, 2023). Dirigido pela pernambucana Milena Times, diretora do curta-metragem Represa (2016), “Ainda Não É Amanhã” competia com mais sete filmes na seção Novos Rumos.

Teaser "Ainda Não É Amanhã."
Divulgação/ Reprodução - Embaúba Filmes.

Com distribuição da Embaúba Filmes, o longa-metragem conta a história de amadurecimento de Janaína (Mayara Santos), uma jovem negra de 18 anos criada pela mãe (Clau Barros) e pela avó (Cláudia Conceição) na periferia de Recife. Diferente das gerações anteriores, Janaína está cursando faculdade e tem a chance de ser a primeira da família a conquistar um diploma universitário. No entanto, esse sonho é abalado ao descobrir que está grávida, o que a obriga a repensar todos os seus planos, trajetória familiar e escolhas futuras.

Milena Times, diretora do longa-metragem, declarou recentemente que o desejo de fazer o filme surgiu da vontade de explorar as dinâmicas existentes em famílias formadas por mulheres. Além disso, ela também quis abordar o tema da maternidade sob uma perspectiva diferente.

“Mulheres optam pela interrupção voluntária da gravidez em qualquer lugar do mundo, por inúmeras razões, independente de ser permitido. As restrições sociais e legais só contribuem para que seja uma prática insegura e desassistida, especialmente para a parcela de mulheres com menos instrução e poder aquisitivo. Boa parte dos efeitos individuais e sociais mais danosos são resultado da própria criminalização, do silêncio, da falta de informação (via Sinny Comunicação).”

Com o roteiro em processo de desenvolvimento desde 2016, Milena também comentou que a história passou por muitas alterações para se adaptar as condições atuais brasileiras: “Ao invés de avançar na discussão, vemos direitos já previstos por lei serem sistematicamente ameaçados. Por isso, me parece ainda mais relevante tratar sobre o assunto (via Sinny Comunicação).”

“Ainda Não É Amanhã” se destaca por oferecer uma perspectiva íntima, realista e sensível sobre o tema. A diretora não teme expor a opressão imposta por uma sociedade conservadora e desigual. Embora esses impactos sejam sentidos com intensidade, o filme também apresenta um universo de possibilidades, onde o acolhimento entre mulheres é possível e uma ferramenta importante.


“Parto muito da sensação – ou seria uma constatação? – de que, via de regra, tanto na vida cotidiana como nos momentos críticos, nós mulheres só podemos contar verdadeiramente umas com as outras. Em se tratando da maternidade, ou da escolha de não ser mãe, talvez isso seja ainda mais verdadeiro. Mostrar essa rede de cuidado, suporte e cumplicidade entre mulheres também sempre foi um dos meus desejos com esse filme. (via Sinny Comunicação).”

O longa-metragem foi finalista do Prêmio Cabíria de Roteiros e agora celebra mais uma vitória com a premiação no Festival do Rio.