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Fatal Fury: City of the Wolves: O que esperar do novo jogo da SNK ?

Fatal Fury: City of the Wolves é o novo jogo da SNK focado na franquia Fatal Fury, que estava sem um lançamento inédito há mais de 26 anos. Dada a importância desse título para a SNK e o recente beta aberto, ocorrido entre os dias 20 e 24 de fevereiro, vamos analisar brevemente o que foi apresentado, destacando os pontos positivos e os aspectos que merecem atenção.

SNK/Divulgação

Apresentação

O layout do jogo não é uma unanimidade. Embora a combinação de preto e amarelo harmonize bem com o estilo do jogo, os menus parecem um tanto burocráticos em um primeiro momento. Durante minha experiência, tive alguma dificuldade para encontrar opções como troca de personagens, seleção de estágios e configurações de perfil. No entanto, essa impressão inicial se dissipa após algumas partidas.

SNK/Divulgação

No que diz respeito à parte visual, a SNK acerta em cheio. Este é, sem dúvida, o jogo mais bonito da empresa desde seu retorno aos games com Samurai Shodown (2019). Os modelos dos personagens estão bem trabalhados e vivos, assim como os cenários. É perceptível como a SNK tem aprimorado seus gráficos a cada lançamento, demonstrando uma evolução consistente nesse aspecto.

A trilha sonora também merece destaque. Apesar da quantidade limitada de faixas disponíveis no beta, todas as canções presentes capturam muito bem o espírito dos jogos clássicos de Fatal Fury e da própria SNK, trazendo aquele jazz característico que marca suas trilhas sonoras.

Jogabilidade e funcionalidades on-line
SNK/Divulgação

A jogabilidade, um dos aspectos mais importantes em jogos de luta, é fluida e divertida. Em certos pontos, lembra bastante Street Fighter VI, especialmente no uso de mecânicas de golpes especiais e gerenciamento das barras dos golpes especiais, junto à mecânicas advindas de seu antecessor, Garou: Mark of The Wolves, como a técnica de defesa “Just Defence” e o S.P.G (Selective Potential Gear). 

No entanto, City of the Wolves se diferencia por ser menos ofensivo e oferecer mais opções de defesa e esquiva. Pelo que foi mostrado no beta, ser um bom jogador nesse jogo requer técnicas apuradas de espaçamento e punição de movimentos adversários.

Entretanto, as funcionalidades online apresentaram problemas. Durante o beta, os modos de batalha casual, ranqueada e saguão estavam disponíveis para testes. O modo saguão funcionou bem, mas houve dificuldades no matchmaking dos modos ranqueado e casual. Alguns jogadores encontravam adversários rapidamente, enquanto outros demoravam bastante para conseguir uma partida. Além disso, o emparelhamento entre jogadores parecia falho, com batalhas frequentes contra oponentes da América do Norte e Europa, mesmo para quem jogava da América do Sul.

SNK/Divulgação

Esse problema afeta diretamente o ping, que mede a velocidade da comunicação entre os jogadores e os servidores do jogo. Em diversos momentos, encontrei partidas com um ping tão alto que as lutas travavam, prejudicando a experiência.

Esses problemas no online são um alerta para a SNK já que em qualquer jogo de luta a estabilidade do modo online é essencial. Se City of the Wolves for lançado com essas falhas, pode comprometer suas vendas e a longevidade do título. Vale lembrar que a SNK já teve dificuldades com esse aspecto em outros títulos.

Conclusão.

Por todo o marketing que a SNK tem feito para City of The Wolves, não é forçoso dizer que é esse é um dos jogos mais importantes para a história moderna da SNK, haja vista a colaboração com Street Fighter e até mesmo a misteriosa ligação do jogo com Cristiano Ronaldo.


Por tudo que foi apresentado na beta, podemos dizer que o jogo está em um bom caminho, porém, e principalmente pelos problemas no online, deve haver um cuidado enorme por parte da desenvolvedora, pois, se o jogo for lançado com um on-line que não funciona bem, ele poderá virar a pá de cal na concretização dessa nova fase da SNK e de futuros objetivos Esperemos que não.


Crítica | Ninguém Quer - E01S01

Nobody Wants This, traduzida para o português como Ninguém Quer é uma comédia romântica criada pela americana Erin Foster, que estreou na Netflix em 26 de setembro de 2024. A primeira temporada possui 10 episódios, com duração de cerca de 25 minutos cada, e teve diversas críticas positivas. No portal de avaliações Rotten Tomatoes, a série chegou a atingir 94% de aprovação..


Divulgação/Netflix
 

Os protagonistas da série são os atores Kristen Bell e Adam Brody, que fazem respectivamente o papel dos personagens Joanne e Noah. A premissa da série enfatiza a tentativa de um romance entre um rabino e uma mulher agnóstica ou seja, um relacionamento inter-religioso.

No primeiro episódio, somos apresentados a Joanne e sua família. Seus pais são divorciados, e sua irmã é sua colega de trabalho em um podcast que as duas estrelam. Neste podcast, as irmãs comentam sobre o dia a dia de suas vidas e suas experiências, principalmente no âmbito amoroso.

Joanne é uma personagem que consegue cativar com facilidade. Em poucos minutos de tela, a atriz nos convence de que vale a pena acompanhar a vida de Joanne. Na gravação de um dos episódios do podcast, ela e a irmã chegam a comentar sobre a dificuldade de se abrir para relacionamentos, e a facilidade de sair com caras emocionalmente indisponíveis. E sobre como isso é prejudicial. A protagonista insiste em sair em 'dates' com os piores caras possíveis, e é vista escapando do encontro em mais de uma ocasião.

Com a promessa de melhorar sua seleção, ela faz uma promessa a si mesma e a seu público ouvinte do podcast de que vai tentar se abrir mais emocionalmente para homens que valem a pena. O que ela não imaginava é que isso aconteceria  muito rápido com alguém tão diferente.

Divulgação/Netflix

Ela é convidada por uma de suas melhores amigas para um jantar em casa, e essa amiga diz que opções interessantes de homens para ela no evento: um rabino, um cara que trabalha com finanças e um pai divorciado. Quando ela chega ao jantar, vestindo um casaco bem chamativo, ela dá de cara com Noah, nosso outro protagonista. Ele estava em um relacionamento de longa data, mas acaba se separando por se sentir pressionado pela moça a casar, e por sentir que ela está querendo tomar decisões da vida conjugal dos dois por ele, sem o consultá-lo.

É impressionante como em um episódio piloto somos apresentados a tantas particularidades dos indivíduos que nos fazem refletir. Como uma mulher se sente quando está em um relacionamento de longa data com um cara? Para muitas, o destino final é o casamento. Mas isso é outra parte não quer? Ou talvez não queira com  essa mulher em específico, afinal, quantos de nós já não ouvimos histórias de homens que terminam um relacionamento por não quererem aprofundar a relação, mas que em pouco tempo aparece com outra? Será que a pessoa no fundo sente que não é para ser, mas continua o relacionamento por comodidade? Foi essa minha impressão inicial sobre Noah.

Assim que ele vê a personagem Joanne entrando no jantar, ele fica fascinado por ela, e vai puxar assunto. Neste momento, obviamente, ele já está solteiro, e admite para a Joanne que só foi convidado para o jantar porque é vizinho e mora perto da anfitriã, e ela ficou com pena dele, pois ele acabou de se separar.

Divulgação/Netflix

A química entre os dois personagens é instantânea. Os olhares, os sorrisos, as piadinhas entre eles e os momentos de silêncio em que os dois se encaravam me fizeram sentir como se eu estivesse vendo um casal de verdade, e Foi incrível ver essa interação entre os dois atores na tela.

O episódio é curto, quando você menos imagina já terminou, mas muita coisa acontece nesse pouco tempo em que estamos conhecendo os personagens e adentrando no enredo da história. Acontece que Noah é o rabino, fato que Joanne custou a acreditar quando descobriu. Para ela, um Rabino deveria ser alguém mais velho e com barba, e ela achou estranho um homem jovem e bonito, que está flertando com ela e até fumando ser um rabino.

Noah pergunta várias vezes se ela não é judia, se não tem algum parente que é judeu, nem que seja uma tia ou avó distante. Isso porque o judaísmo é uma religião, mas também é uma cultura, e se relacionar com alguém de fora da Comunidade Judaica pode ser um desafio. A própria Joanne, que é super desinibida, e chega até a falar de masturbação no seu podcast não é nem um pouco religiosa, e até pergunta a Noah se ele não poderia ser uma dessas pessoas que estão no meio religioso, mas que não se identificam com a religião. Não é o caso de Noah. Ele disse que é realmente religioso e que acredita em Deus, mas ele é um judeu. O conceito do que é ser um homem religioso e um líder religioso difere no judaísmo em relação a outras religiões.


Divulgação/Netflix

Em certo momento, Joanne chega a perguntar se um Rabino pode ter relações sexuais, pois um padre não poderia. Noah esclarece que sim, e inclusive é muito comum os rabinos serem casados e terem filhos.

É curioso essa troca de informações entre os personagens, e imagino que os próximos episódios devem seguir com isso. Diversas obras que contêm personagens judeus, seja em filmes ou séries, costumam ser muito caricatos. Existe um estereótipo sobre o que é ser judeu e sobre como um judeu deve ser, então Noah quebra esse padrão e nos apresenta algo além do que as pessoas pressupõem.

Foi muito legal ver a referência a algumas coisas tão comuns no judaísmo, mas que para muitas pessoas de fora pode ser uma novidade. Termino o primeiro episódio com apenas uma crítica: o uso do termo shiksa, que tem conotação negativa ao se referir a mulheres não judias. Eu dificilmente ouço essa palavra na Comunidade Judaica, e ela ser usada assim, na frente de todo mundo ali na Sinagoga me incomodou. Mas sigo ansiosa para assistir ao próximo episódio.

Novidade e Nostalgia | TOKYO XTREME RACER


Genki / Divulgação

E os lançamentos de jogos de corrida não param. Tokyo Xtreme Racer está de volta! Depois de quase 20 anos desde o último game da franquia, as batalhas noturnas nas estradas de Tóquio (as famosas Shuto Expressway) retornam com gráficos, física e uma jogabilidade que prometem agradar tanto os fãs antigos quanto novos jogadores. Tokyo Xtreme Racer mantém sua essência, mas agora com uma imersão visual e técnica que coloca o jogo em outro patamar.

Visualmente impecável

A primeira coisa que chama a atenção no novo Tokyo Xtreme Racer é a atmosfera noturna de Tóquio. As ruas estão vivas, com neons brilhantes, tráfego dinâmico e uma sensação de velocidade que captura perfeitamente a vibe das corridas de rua japonesas. Os carros estão extremamente detalhados, e os reflexos são realistas. Além disso, há diversas opções de customização visual e mecânica (peças de marcas licenciadas).

Genki / Divulgação

As vinhetas das corridas mostram o desafiante e seu veículo em ângulos dramáticos, lembrando muito as corridas do anime Initial D.

Jogabilidade fiel, mas com novidades e física bem pesada


Genki / Divulgação
                                                                    

A jogabilidade mantém a essência dos clássicos, mas traz novidades
interessantes. O game mantém o sistema de batalhas one-on-one (corridas onde você desafia o adversário no modo free roam), onde a estratégia e a agilidade são essenciais para vencer. A física dos carros foi aprimorada, mas ainda permanece bem pesada, especialmente em curvas fechadas e em altas velocidades.

Além disso, o jogo introduz um novo sistema de tunagem de carros, permitindo que os jogadores ajustem o desempenho dos veículos. Agora, é possível criar máquinas únicas, adaptadas ao estilo de pilotagem de cada um.


Como nada é perfeito...

Genki / Divulgação

Como todo jogo em lançamento, ainda mais se tratando de um acesso antecipado, o game tem alguns pontos que podem ser aprimorados. A IA dos adversários, por exemplo, às vezes parece previsível. A variedade de carros, embora decente, ainda é limitada. Além disso, o jogo não possui tradução para o português e não tem otimização para monitores ultrawide. No entanto, os desenvolvedores já anunciaram atualizações futuras para expandir o conteúdo e corrigir bugs.

Vale a pena?



Para os fãs de jogos do gênero, o jogo mantém a essência que conquistou tantos jogadores no passado, mas com gráficos e mecânicas modernas. Para os novatos, é uma ótima oportunidade de experimentar um dos jogos de corrida mais famosos do boom dos games de corridas urbanas.

Tokyo Xtreme Racer tem um preço razoável e um potencial enorme, sendo um jogo que vale a pena acompanhar.

Trintou! | 30 anos de Need for Speed - A tentativa de salvar a franquia (2013 - Futuro)

 

thebranvetica.com


Como vimos na terceira parte, a franquia desandou totalmente, perdendo sua essência, buscando muitas maneiras de inovar mas errando em todas. Porém, a EA não desistiu e conseguiu entregar bons títulos, apesar de alguns erros, revitalizando a franquia. Nessa última parte da homenagem, vamos falar sobre os games atuais e estipular sobre o futuro da franquia.

Need for Speed: Rivals (2013) – Quando a Polícia Tem Mais Supercarros do que Você!


Divulgação/Electronic Arts


Lançado em 2013, Need for Speed: Rivals trouxe de volta a clássica rivalidade entre corredores e policiais, e a EA pensou: “E se a polícia tivesse Ferraris e Lamborghinis para perseguir?” Então, em Rivals, não importa o quanto você corra ou qual supercarro dirija, a polícia sempre terá um modelo igual ou melhor.

A ideia do jogo é bem legal no papel: um mundo aberto em Redview County onde você pode escolher entre jogar como um corredor (caçando pontos e fugindo da polícia) ou como um policial (caçando pontos e destruindo os carros dos corredores). O interessante é que o jogo é um híbrido de single-player e multiplayer. Basicamente, você está sempre em um servidor online onde outros jogadores podem aparecer a qualquer momento – sejam corredores ou policiais. Em teoria, isso cria uma experiência cheia de vida e ação, mas, na prática, às vezes você só quer uma pausa para respirar e o servidor insiste em te colocar no meio de uma perseguição com três viaturas e um helicóptero (mal de todo jogo online).
A progressão de Rivals é simples: você cumpre objetivos para ganhar Speed Points, que te permitem desbloquear e melhorar carros, além de habilidades especiais como o “Turbo” e o “EMP”. As perseguições são intensas, e os tech toys de corrida, como ondas de choque e bloqueadores de radar, adicionam um grau de dificuldade, mas podem frustrar quem queria uma experiência de corrida mais pura, onde são só carros correndo.

O mapa de Redview County é bonito e variado, com montanhas, desertos e florestas, mas a navegação deixa a desejar, já que o GPS não é tão intuitivo e algumas curvas parecem planejadas para destruir seus pneus. Isso até ajuda na experiência de fuga, onde qualquer erro de cálculo pode custar pontos preciosos – e a EA fez questão de deixar claro que qualquer erro seu vai doer no bolso. Se você for pego pela polícia, todos os Speed Points acumulados na corrida são perdidos, deixando você com um misto de frustração e vontade de arremessar o controle pela janela.

No fim das contas, Rivals é um jogo agitado e bonito, com uma rivalidade (com o perdão do trocadilho) intensa entre policiais e corredores, além de um multiplayer que te coloca em situações inesperadas (e algumas vezes frustrantes) a cada curva.