Confira o trailer de "Sailor Moon Eternal" que chega em Junho na Netflix


Para a alegria dos fãs brasileiros que não sabiam por qual meio iam assistir ao novo filme de Sailor Moon, a Netflix anunciou nesta semana que as duas partes de "Pretty Guardian Sailor Moon: Eternal: O Filme" chegam na plataforma em 3 de junho.

O filme adapta o arco Sonho do mangá e chegou nos cinemas japoneses no início do ano, sendo um grande sucesso de bilheteria, mesmo com a pandemia. O pôster do filme foi divulgado pela Netflix!


Já o trailer mostra imagens do filme e também a famosa "Vou castigar você em nome da Lua!" em vários idiomas diferentes, incluindo o português, o que confirma que haverá uma versão dublada dos filmes.

A direção da dublagem ficará por conta da Flora Paulita, trazendo as vozes de Agatha Paulita como Serena/Usagi e Úrsula Bezerra retornando a fazer a Sailor Chibi Moon/Chibiusa.

Confira abaixo o trailer!


 
Sou só eu ou mais alguém vai ver o filme tanto em japonês quanto em português?
 

Demon Slayer | Filme tem estreia divulgada no Brasil

(Imagem: Créditos ao artista)

Após bater recordes de bilheteria no Japão e ficar exclusivo no cinema oriental de dezembro de 2020 até abril de 2021, Demon Slayer – Mugen Train” estreou nos Estados Unidos e Canadá - e teve a melhor estreia de filme estrangeiro por lá.

No Japão, Demon Slayer arrecadou 365 milhões de dólares, e agora nos cinemas americanos atingiu a marca de 19,5 milhões de dólares no final de semana de estreia. Inclusive, tirou do primeiro lugar de projetos estrangeiros o filme “Hero”, de Zhang Yimou, que arrecadou 17,8 milhões quando saiu, em 2004.

O anime de Demon Slayer conta a história de Tanjiro Kamado, um adolescente comum morador de uma vila nas montanhas, onde vive com sua mãe e seus irmãos mais novos. Um dia, ao retornar para casa, ele encontra sua família morta e sua irmã, Nezuko Kamado, se transformou em um “oni” (demônio japonês). Depois dessa tragédia, Tanjiro decide percorrer o mundo com Nezuko, atrás de alguma forma que pudesse fazer a irmã voltar a ser humana.

Para isso, ele precisa se formar como um novo espadachim caçador de demônios, para que ele possa buscar, entre os próprios oni’s, alguém que saiba como ajudar sua irmã.

O filme “Demon Slayer – Mugen Train” estreia no Brasil dia 13 de maio na rede Cinépolis, e será uma sequência direta do final da primeira temporada, disponibilizada pela Netflix, onde os personagens centrais viajam de trem para sua próxima missão, após se encontrarem com os caçadores mais poderosos que existem: os 7 Hashiras.

Fairy Tail - Versão dublada na Loading

(Imagem: Créditos ao artista)

Um dos animes mais populares de 2010 estreou esse mês no novo canal de conteúdo cultural, Loading. Loading estreou em dezembro de 2020 e já trouxe muitas animações dubladas, como The Lost Canvas, Black Clover, Sakura Card Captors e My Hero Academy. E no dia 24 de abril foi a vez de Fairy Tail!

Coordenado e produzido por William Viana, ator, dublador, locutor e diretor de dublagem, o projeto ganha sua primeira versão dublada. E além de dirigir o projeto, ele também está atuando como dublador do personagem principal, Natsu Dragneel.

O anime foi lançado em 2009 e conquistou muitos fãs, que acompanharam durante 10 anos a saga de Lucy Heartfillia (dublada por Luisa Palomanes). A história gira em torno de uma jovem maga que desejava entrar para a guilda de magos mais famosa e poderosa de todas, a Fairy Tail. Seu encontro com Natsu e Happy garantiu que ela entrasse para o grupo mais cedo do que imaginava.

Na sua estreia, o canal Loading alcançou a marca de 4 mil espectadores. Os fãs estavam ansiosos para conferir esse trabalho, principalmente as músicas de abertura e encerramento. Isso porque já havia sido divulgado, na página do canal, que estariam 100% dublados.

O anime faz parte do quadro de talk show The Enter Night, e irá ao ar todos os sábados às 21h30, com um episódio por semana!

Nostalgia | 12 músicas famosas dos anos 70

Imagem de Becca Clark por Pixabay 

Hey, geeks. Tudo bom com vocês? 

Passando aqui para uma nova matéria de Nostalgia, e dessa vez contendo 12 músicas famosas da década de 1970. Confira:

1. Maluco Beleza

Maluco Beleza é uma música do cantor e compositor brasileiro Raul Seixas, lançada em 1978 pela gravadora Warner Music Brasil.

2. Stayin' Alive

Stayin' Alive é uma canção famosíssima dos Bee Gees, lançada como single em 1977.

Estava presente na trilha sonora do filme Os Embalos de Sábado à Noite, com o ator John Travolta. É uma das músicas de maior sucesso da banda, e que se fez presente em algumas animações como Shrek

3. Dust in the Wind

Dust in the Wind é uma música do grupo Kansas lançada em 1977, se tornando de grande sucesso. Inclusive, já foi regravada por Scorpions e Sarah Brightman. É a música tema de Supernatural, tocada sempre no último episódio de cada temporada e aclamada pelos fãs.

Outra curiosidade: se você acompanhou a franquia de jogos Guitar Hero, provavelmente lembrará de Carry on Wayward Son, da mesma banda.

Versão da banda Scorpions:

Versão da Sarah Brightman:

4. Born to Be Alive

Born to Be Alive é o maior sucesso do cantor Patrick Hernandez, sido lançada em 1979.

5. The Ballroom Blitz 

The Ballroom Blitz, lançada em 1973, é a música de maior sucesso de The Sweet, banda de glam rock famosa nos anos de 1960 e 1970.

6. Heart of Glass

Heart of Glass é a famosa canção da banda Blondie, escrita pela vocalista Deborah Harry e pelo guitarrista Chris Stein. 

A música foi interpretada por outros artistas, como a Miley Cyrus.

Interpretação por Nina Shallman:

Interpretação por Double You:

Deixem nos comentários: vocês preferem a versão original ou as interpretações desta música?

7. Don't Stop 'Till You Get Enough

Don't Stop 'Till You Get Enough é uma música do cantor e compositor americano Michael Jackson, lançada em 28 de julho de 1979, para o quinto álbum de estúdio em carreira solo do cantor, Off the Wall

8. Stairway to Heaven

"Stairway to Heaven" é uma canção da banda britânica de rock Led Zeppelin, composta pelo guitarrista Jimmy Page e pelo vocalista Robert Plant, muitas vezes, é considerada uma das maiores canções de rock de todos os tempos.

9. Play that Funky Music

Play That Funky Music é uma canção de 1976 escrita por Robert Parissi e gravada pela banda Wild Cherry.

Uma curiosidade é que alguns artistas fizeram covers dessa música, como exemplo o Tim Campbell.

10. Hot Stuff

Lançada em de abril de 1976, Hot Stuff é uma música da famosa banda Rolling Stones.

11. Sultans of Swing

Sultans of Swing pertence ao álbum de estreia da extinta banda de rock inglesa Dire Straits, lançado em 1978. 

12. Bridge Over Troubled Water

Aretha Franklin interpretou a música Bridge Over Troubled Water, do cantor Paul Simon. Esta interpretação em estilo Gospel-Blues acabou fazendo sucesso, conquistando até mesmo o prêmio GRAMMY de melhor performance vocal.

Extra: Dark Lady, da Cher.


E aí, o que acharam? E quais suas músicas favoritas deste período?

Vencedores do Oscar 2021


Finalmente chegou o dia tão esperado pelos fãs de cinema: a 93ª edição da premiação do Oscar. Neste ano, tiveram diversos filmes sobre fatos históricos entre os indicados, alguns filmes surpreenderam o público por terem recebido a indicação e já há aqueles que são os favoritos para cada categoria. Acompanhe conosco a lista de ganhadores.


Melhor Roteiro Original

Promising Young Woman - Vencedor

The Trial of Chicago 7

Minari

Judas and the Black Messiah

Mank

Sound of Metal


Melhor Roteiro Adaptado

Nomadland

One Night in Miami

The Father - Vencedor

The White Tiger

Borat Subsequent Moviefilm


Melhor Filme Internacional

Better Days (Hong Kong)

Another Round (Dinamarca) - Vencedor

Collective (Romênia)

Quo Vadis, Aida? (Bósnia-Herzegovina)

The Who Sold His Skin (Tunísia)


Melhor Ator Coadjuvante

Daniel Kaluuya (Judas and the Black Messiah) - Vencedor

Sacha Baron Cohen (The Trial of Chicago 7)

Paul Raci (Sound of Metal)

Leslie Odom Jr. (One Night in Miami)

Lakeith Stanfield (Judas and the Black Messiah)


Melhor Cabelo e Maquiagem

Emma

Hillbilly Elegy

Ma Rainey's Black Bottom - Vencedor

Mank

Pinocchio


Melhor Figurino

Emma

Ma Rainey's Black Bottom - Vencedor

Mank

Mulan

Pinocchio


Direção

Chloé Zhao (Nomadland) - Vencedora

Emerald Fenell (Promising Young Woman)

Thomas Vinterberg (Another Round)

David Fincher (Mank)

Lee Isac Chung (Minari)


Melhor Som

Greyhound

Mank

News of the World

Soul

Sound of Metal - Vencedor


Melhor Curta-Metragem

Feeling Through

The Letter Room

The Present

Two Distant Strangers - Vencedor

White Eye


Melhor Curta-Animação

Burrow

Genius Loci

If Anything Happens I Love You - Vencedor

Opera

Yes-People


Melhor Animação

Soul - Vencedor

Onward

Over The Moon

Wolfwalkers

A Shaun The Sheep Movie: Farmaggedon


Melhor Curta-Documentário

Colette - Vencedor

A Concerto is a Conversation

Do Not Split

Hunger Ward

A Love Song For Latasha


Melhor Documentário

Collective

Crip Camp

The Mole Agent

My Octopus Teacher - Vencedor

Time


Melhor Efeito Visual

Love and Monsters

The Midnight Sky

Mulan

The One and Only Ivan

Tenet - Vencedor


Melhor Atriz Coadjuvante

Olivia Colman (The Father)

Amanda Seyfried (Mank)

Maria Bakalova (Borat Subsequent Movie)

Yuh-Jung Youn (Minari) - Vencedor

Glenn Close (Hillbilly Elegy)


Melhor Direção de Arte

The Father

Ma Rainey's Black Bottom

Mank - Vencedor

News of the World

Tenet


Melhor Fotografia

Judas and the Black Messiah

Mank - Vencedor

News of the World

Nomadland

The Trial of the Chicago 7


Melhor Edição

The Father

Nomadland

Promising Young Woman

Sound of Metal - Vencedor

The Trial of the Chicago 7


Melhor Trilha Sonora

Soul - Vencedor

News of the World

Minari

Mank

Da 5 Bloods


Melhor Canção Original

Fight For You - Judas and the Black Messiah - Vencedor

Hear My Voice - The Trial of the Chicago 7

Husavik - Eurovision Song Contest: The Story of Fire Saga

Io Sí (Seen) - The Life Ahead

Speak Now - One Night in Miami


Melhor Filme

Mank (Netflix)

Nomadland (Searchlight Pictures) - Vencedor

Promising Young Woman (Focus Features)

The Trial of Chicago 7 (Netflix)

Minari (A24)

The Father (Sony Pictures Classics)

Judas and the Black Messiah (Warner Bros)

Sound of Metal (Amazon Studios)


Melhor Ator

Anthony Hopkins (The Father) - vencedor

Chadwick Boseman (Ma Rainey's Black Bottom)

Riz Ahmed (Sound of Metal)

Steven Yeun (Minari)

Gary Oldman (Mank)


Melhor Atriz


Carey Mulligan (Promising Young Woman)

Viola Davis (Ma Rainey's Black Bottom)

Vanessa Kirby (Pieces of a Woman)

Frances McDormand (Nomadland) - Vencedora

Andra Day (The United States vs. Billie Holiday)

Método Fan Art 3.0: O que é e como usar


Olá, galera nerd! Aos fãs de animes e para aqueles que gostam de desenhar ou querem aprender, hoje trazemos um post para contar um pouco sobre o Método Fan Art 3.0. O método, que ajudou mais de 100 mil alunos, surgiu justamente para quem queria aprender a desenhar seus personagens favoritos, e aprimorar esses desenhos. 

Muitos gostam de ver as fanarts dos seus personagens favoritos, e alguns dos mais famosos são de sagas como Dragon Ball Naruto, mas também tem de Harry Potter e Senhor dos Anéis. Até começaram a surgir desenhos de membros de grupos de k-pop, como BTS

Só que nem todo mundo nasceu sabendo desenhar, né? Então para quem quer aprender a desenhar também, e a desenhar bem, o Método Fan Art é um curso de desenho que vale a pena, é confiável e funciona bem, são vários depoimentos na internet. Algumas coisas interessantes do curso:

Você pode devolver o seu dinheiro se não gostar;

Ganha acesso às aulas tanto em vídeo, como áudio e texto;

Tanto crianças como adultos conseguem fazer;

Acesso a área exclusiva de alunos.

Esse Método Fan Art 3.0 é um sistema que possibilita o aluno a conseguir, com uma folha de papel e um lápis, desenhar qualquer personagem de anime em questão de minutos. Ele foi evoluindo de versão, e a cada versão trouxe novas técnicas até chegar nesse 3.0. A possibilidade de aprender a desenhar rápido é o sonho de muitos que querem aprender a fazer mangás, por exemplo. Para chegar a esse nível de domínio, existe toda uma estrutura e técnica que muitos criadores de personagens utilizam. Para fazer um desenho sair de forma perfeita ou o mais próximo disso, exige estudo, treino e são várias as dicas que uma pessoa interessada pode usar para implementar.

Diferencial do Método Fan Art 3.0:

Nas escolas de desenho tradicionais várias técnicas de desenho são ensinadas, o problema é o tempo que se leva para conseguir aprender tudo. Dependendo da escola, pode chegar a anos de estudo e treino até começar a ter resultados, o que faz com que muitos desistam ou nem tentem. Por conta disso, muitos alunos e fãs de desenho começaram a buscar por cursos mais diretos e eficazes, onde você pudesse aprender a desenhar rápido, e aprender a desenhar bem. É com isso que o Método Fan Art 3.0 trabalha, capaz de ensinar técnicas e habilidades da arte de desenhar em questão de semanas, de forma simples e direta.

O curso de método Fan Art ensina a pessoa a recriar cenas e personagens marcantes, e a rapidez de ensino surpreende. Algumas pessoas acreditam que não nasceram com dom para desenhar, acabam até desistindo de tentar por conta disso, ou às vezes só conseguem desenhar se tiver alguma coisa para copiar por cima. 

Um problema que alguns enfrentam na web quando vão buscar cursos é acabar se frustrando com os resultados, não ter o retorno esperado e ficar meio receoso. Sugerimos que acessem direto o site metodofanart.com.br, o site tem várias informações mais detalhadas e é melhor adquirir diretamente pelo próprio site da empresa, do que por terceiros onde não sabemos a procedência.

Esse é um curso online com acesso vitalício. Os alunos possuem uma faixa etária de 8 até 40 anos, bem diversificada e com 7 dias de curso, a empresa garante que é possível ter resultados e mostram vários depoimentos de ex-alunos, mas é possível encontrar relatos positivos no youtube. 

O legal é que por ser acesso vitalício, a pessoa interessada pode assistir e realizar o curso no seu ritmo, e por isso o resultado sai tão rápido. Dependendo da velocidade com que o aluno assiste às aulas, são várias produções que consegue fazer em pouco tempo e por ser 100% online, só precisa de um computador ou celular com acesso à internet para fazer.


Como o curso Método Fan Art 3.0 funciona?

A partir do momento que você adquire o curso, em minutos já tem acesso a área de estudante. O curso é dividido em 9 módulos, e além do curso online de desenho, ainda é possível comprar separadamente outros cursos. Acaba compensando mais pra quem compra o curso completo, que ganha de graça 5 desses cursos à parte como bônus, alguns deles sendo exclusivos para alunos. Os módulos do curso completo são:

Análise de imagens; 

técnicas de esboço; 

anatomia de rosto e variações de ângulo; 

anatomia de corpo e movimentos; 

segredos para se fazer cabelos de anime e mangá; 

como fazer mãos e pés para personagens; 

como desenhar roupa de personagens; 

como finalizar um desenho com canetas; 

introdução a pintura;

entender e aprender mais sobre luz e sombra.

São dicas para desenhar melhor os olhos e fazer um traço perfeito. Tem até um que é exclusivo para quem adquiriu o curso que mostra em tempo real um dos professores fazendo um desenho em 2 horas, utilizando todas as técnicas ensinadas para quem quiser fazer junto.

No final, cada aluno que passou pelos módulos ganha certificado e são várias as oportunidades com o aprendizado adquirido. Entre as profissões de um desenhista e oportunidades de carreira, está ilustrador de livros, histórias em quadrinhos, mangás, animes, seja trabalhando com grandes editoras ou como artista independente. Isso sem falar da possibilidade de vender esses desenhos para pessoas interessadas, seja no papel ou até mesmo customizadas em quadros, camisetas, etc. Claro, é preciso ver toda uma questão de licenciamento, mas isso fica para outro post. 

Quem criou o curso do Método Fan Art?

Olhando na internet, é possível encontrar mais informações sobre o curso. Esse método foi criado por uma professora de desenho, Mayara Rodrigues, que conquistou uma legião de fãs com o seu jeito de ensinar, de forma objetiva e simples. E vem ganhando mais espaço justamente por conseguir passar esse conhecimento para quem não entende muito sobre desenhos, e fazer o aluno aprender a desenhar das técnicas mais básicas até as mais avançadas. 

São mais de 1 milhão de inscritos no youtube, e sua meta é conseguir até 2025 ajudar mais de 200 mil pessoas a realizarem o sonho de aprender a desenhar. A gente indica esse curso para quem:

Gosta de aprender rápido;

É fã de animes e mangás;

Prefere estudar em casa;

Quer imitar personagens e suas cenas favoritas;

Gosta de desenhar;

Não sabe desenhar, mas quer aprender.

Crítica | "Minari" expressa o valor da memória para os imigrantes (COM SPOILERS)


Minari” é sobre a memória cultural, que, por vezes, a expectativa imperialista do sonho americano tenta arrancar dos imigrantes, mas que reside em resiliência nos núcleos familiares.

Com 6 indicações ao Oscar, o filme escrito e dirigido por Lee Isac Chung estreou no Festival de Sundance onde foi aclamado e começou um caminho de reconhecimento para a temporada de premiações. 

“Minari” representa um efetivo sucesso para a produtora A24 que ao longo desses anos não conseguia tanto espaço para seus longas por fazer diversas campanhas, mas com uma capacidade financeira bem menor comparada às dos grandes estúdios. Porém, dessa vez, ela conseguiu focar seu investimento em uma aposta que se concretizou aparecendo nas principais categorias da maioria das premiações, incluindo “Melhor Filme”.

“Minari” é um filme inspirado na história de vida do diretor e roteirista e mostra uma família de sul-coreanos imigrantes que chegam na zona rural de Arkansas com o sonho de construir uma fazenda que seria tanto o lar quanto a fonte de renda a partir da produção de alimentos coreanos.

As expectativas são criadas e movidas pelo pai, Jacob Yi (Steve Yeun), um homem que mistura em seu espírito a jovialidade sonhadora e o endurecimento pela experiência do trabalho, e possui ao seu lado Monica Yi (Han Ye-ri), uma mulher cuidadosa e cautelosa, equilibrando com a energia de seu marido. 

Juntos eles possuem dois filhos, a mais velha Anne Yi (Noel Kate Cho) e o mais novo David Yi (Alam Kim) - representação do próprio Lee Isac Chung em sua infância - que possui uma condição de saúde referente ao seu desempenho cardíaco, o que preocupa muito sua mãe. Jacob e Monica trabalham separando pintinhos pelo sexo em um incubatório para conseguirem se manter, usando parte do dinheiro para investir na fazenda que está sendo realizada gradativamente pelo marido. Por ambos ficarem fora de casa por muito tempo e tendo em vista que as crianças são pequenas, Soon-ja (Youn Yuh-jung), a mãe de Monica, é trazida da Coréia do Sul para morar com eles. É nesse panorama que se desenvolve a narrativa mais afetiva da temporada do Oscar.




A câmera de Chung registra aquela paisagem do campo utilizando muito a luz natural e trazendo sempre tons que remetem a um clima ameno criando um espaço realístico, mas estilizado como se fosse uma boa lembrança do próprio diretor. O arco de Jacob é justamente sobre essa dualidade que acaba desconstruindo a famosa concepção do sonho americano. 

Ele quer fazer parte desse mundo que exige um trabalho árduo para uma recompensa no futuro e acredita que seu esforço para construir sua fazenda, que muitas vezes fala mais alto do que sua limitação física e as necessidades atuais de sua família, será a chave para viver um futuro mais confortável.

Durante o desenvolvimento do longa vamos observando que a desmistificação da fórmula vendida pela visão americana não funciona efetivamente, pois a precariedade social enfrentada por imigrantes fala mais alto em muitos momentos. Além da questão material, ele também entra em choque com a cultura americana, em suas maneiras e na questão religiosa. 

O contraponto para ele é sua esposa, que não tem o mesmo otimismo e possui uma visão mais pragmática da vida, que o confronta quando a vontade dele parece sufocar a dos demais. Contudo, Chung não deixa de mostrar o afeto entre eles. Em uma cena muito delicada, Monica dá banho em Jacob, porque ele havia trabalhado demais e não conseguia levantar os braços de tanta dor, existe uma ternura e um carinho cotidiano. Eles se amam, mesmo que o sentimento seja constantemente desgastado pela preocupação econômica, é inegável o quanto ambos querem manter aquela família junta e feliz.


A entrada da avó na história é fundamental, pois ela representa a âncora da família para a cultura asiática. Ela é considerada uma estranha, pois nunca esteve nos Estados Unidos, não conhece nada da cultura e muito menos fala inglês, o que entra em choque principalmente com filho mais novo que nasceu em solo americano, e representa uma geração de imigrantes que busca mais identificação com o país em que está do que com sua ancestralidade. 

Essa relação gera momentos cômicos que fazem com que os espectadores se sintam parte daquele núcleo familiar e revela como o carinho entre eles é desenvolvido gradativamente. Na sequência em que David, em uma birra infantil de rejeição, engana a senhora e faz com que ela beba urina dele, vemos nascer uma trégua entre ambos quando ela defende o neto da punição física de seu pai. Com esse ato, um novo arco se forma na relação entre eles, se tornando uma parceria que cria em David suas raízes com a cultura sul-coreana que é simbolizada pelo cultivo do Minari, uma planta comum da região.

Duas quedas, para uma renovação, assim se fecha "Minari". A fazenda sofre com um incêndio e a avó acaba morrendo, ambos eventos abalam a estrutura familiar e colocam em xeque o casamento de Jacob e Monica. Mas, quando David passa em uma consulta para avaliar sua condição de saúde, é revelado que o garoto estava curado, o que logo é associado com o tratamento tradicional promovido pela falecida senhora. 

Lee não consegue com tanto primor fazer a transição dessas viradas da narrativa para o momento da conclusão final em que a origem da família havia permanecido, deixando subentendido que o longa não tinha um final apropriado. Existe essa metáfora imagética do Minari como a representação da herança cultural como uma cura para o sufocamento imperialista americano, mas, ainda assim, é vago e como o filme não equilibra o uso do tom sereno criando a impressão de estarmos em um eterno segundo ato que é cortado repentinamente.

Em conclusão, "Minari" é uma crítica ao imperialismo, mas assim como o tom da narrativa, também se manifesta de forma serena. Ele realmente desmonta a idealização do que é viver na América, mas ao mesmo tempo foca muito na questão familiar, parecendo mais um estudo de personagens do que daquela época em si. Parece que o longa acaba no mesmo ponto que começa, mas agora com uma sútil diferença: eles possuem o conhecimento de cultivar a memória.

Crítica | "Druk - Mais uma Rodada" e sua ambiguidade sobre o alcoolismo



Favorito do Oscar de 2021 para melhor filme internacional, “Druk” lida com o alcoolismo sem apelar para o moralismo, mas ao mesmo tempo sem esclarecer sua mensagem.

Representante da Dinamarca na corrida do Oscar, “Druk” é um filme que possui dois atrativos que conseguem o internacionalizar: Mads Mikkelsen, conhecido pela série “Hannibal” (2013-2015), é o protagonista que traz um apelo mais mainstream e Thomas Vinterberg, conhecido por “The Celebration” (1998) e “The Commune” (2016), é o diretor do longa e é uma referência no circuito de festivais. Esses fatores aliados a uma iniciativa do próprio mercado dinamarquês em expandir suas produções através do investimento na distribuição e campanha para as premiações foram o que impulsionaram esse favoritismo que se consolidou com a conquista do BAFTA (considerado o “oscar britânico”) para Melhor Filme Internacional.

"Druk'' conta a história de um professor de história chamado Martin (Mads Mikkelsen) que parece estar em uma fase estagnada de sua vida. A personagem já não se sente bem com a monotonia da fase adulta e entra em uma possível crise da meia-idade, o que leva a um desgaste de suas relações tanto em sua própria casa quanto em sala de aula. Inicialmente ele assume uma postura passiva, sofrendo em silêncio, até que seus sentimentos não parecem ser isolados, pois na verdade, seus amigos que também são colegas de profissão estão enfrentando situações similares. É com esse conflito inicial que eles acham um artigo científico revelando que um ser humano realiza plenamente suas tarefas se ingerir uma quantidade específica de álcool diariamente. Sem outras soluções aparentes, eles embarcam nesse experimento na tentativa de melhorarem suas perspectivas de vida, mas acabam chegando em um ponto comum em filmes de drama: o choque da realidade com a expectativa.

Quando um filme trata sobre o consumo de álcool sabemos qual é o caminho mais fácil: apontar a melhora efêmera causada pelo efeito do entorpecente, mas que rapidamente é substituída pelo vício e as consequências trazidas por ele. “Druk” não foge disso, mas diferente de muitos, consegue trazer mais potências para esses eventos. A introdução do longa é composta por jovens bêbados felizes pela cidade simbolizando um convite para o espectador adentrar nessa possibilidade, e consequentemente, faz com que a descoberta do estudo seja um motivador compreensível. Essa condução de Vinterberg é muito interessante, porque não coloca a bebida como um tentação, mas uma opção viável, não fazendo com que exista uma pré-concepção de fracasso para as personagens. Entretanto, mesmo que o desempenho de Martin como professor e marido melhorem, logo a narrativa volta para o lugar comum e expõe o resultado de um consumo exagerado representado pelo descontrole daqueles homens.


Contudo, o filme possui uma conclusão inesperada. Martin, após perceber as consequências do alcoolismo e descobrir que a deterioração do seu casamento estava pior do que imaginava, passa por uma fase complicada necessária para o reencontro com o autoconhecimento.

Ao atingi-lo, ele quer conquistar sua esposa de volta e quando consegue uma esperança para isso, em uma sequência muito bem filmada e altamente cativante, o professor celebra com muito álcool acompanhado de jovens como vimos no início. Existe um certo otimismo no final, o que gera um conflito entre acusar o vício ou colocá-lo como um elemento comum da vida. Vinterberg não consegue mesclar e nem tomar uma decisão sobre assumir uma visão mais conservadora, ou torná-la mais libertadora e experimentalista fazendo com que o filme como um todo seja uma ambiguidade mal planejada.

Quando analisamos a parte punitiva do longa não é absurda e chocante como em “Réquiem for a Dream” (2000) e “Clímax” (2018), o diretor opta por abraçar uma ideia mais real, baseada mais na ideia de sentimentos reprimidos que a bebida permite serem verbalizados. Mas, ainda assim, ele retoma a questão de que beber exageradamente vai ser um agravante para a infelicidade e o escapismo da realidade é efêmero. Existe uma certa inocência em criar esse tipo de narrativa sem um aprofundamento, levando em conta também que só conhecemos a fundo apenas Martin, negligenciando as outras histórias e alcançando um entendimento apenas superficial.

Portanto, é um filme robusto que tenta se distanciar de uma narrativa criada há muito tempo, mas cai em uma ambiguidade que não é bem-vinda, que expõe uma falta de sensibilidade e condução do diretor para manter sua história tão interessante quanto a premissa. A vida possui seus altos e baixos e precisamos reconhecer isso sem uma culpa constante, pensamento tão bem representado na sequência final, mas a construção para isso não precisaria ser tão medíocre.

Lançamento do livro "Produção Cênica e Sociedade: Relatos de Experiências de Processos Criativos na Produção Cênica"

A Escola do Futuro em Artes Basileu França, por meio do curso superior em Produção Cênica, convida o público para o lançamento da 2º edição do Livro Produção Cênica e Sociedade: Relatos e Experiências de Processos Criativos na Produção Cênica. A obra traz vários artigos de estudantes e profissionais da Escola do Futuro em Artes Basileu França, sendo focado no meio artístico e em estudos de casos. 

Um dos capítulos, por exemplo, é o Relato de Experiência: Construção de Processo Criativo Teatral, escrito por Nahima Moraes, Thais Vilela de Sousa, Rômulo Vaz, Layla Aires Pinheiro e Iolene Mesquista Lobato. O artigo usa o teatro para estudar o porquê de o índice de suicídio entre mulheres homossexuais ser tão grande.

Se atentem à data de lançamento: 26 de abril, às 19 horas. Será pelo Google Meet: https://meet.google.com/smt-kihn-tuf

Novo filme de "Mortal Kombat" tem primeira cena revelada na íntegra


O novo filme de Mortal Kombat teve a sua primeira cena revelada e ela pode ser vista na íntegra em um vídeo divulgado no canal da HBO MAX no youtube. A cena mostra a família de Hanzo Hasashi (Hiroyuki Sanada) sofrendo um ataque surpresa.

O filme é produzido por James Wan - também produtor de Aquaman e Jogos Mortais - e dirigido por Simon McQuoid. 
Esta nova adaptação é focada em Cole Young (Lewis Tan), lutador de MMA que é caçado pelo Imperador da Exoterra, Shang Tsung (Chin Han), e seu guerreiro Sub-Zero (Joe Taslim).
Contando com a ajuda de Sonya Blade (Jessica McNamee) e o soldado Jax (Mehcad Brooks), o lutador encontra abrigo no templo do Lorde Raiden (Tadanobu Asano) e lá passa por um treinamento com personagens como Kung Lao (Max Huang), Liu Kang (Ludi Lin) e Kano (Josh Lawson), a fim de liberar seu verdadeiro potencial e se preparar para a luta contra as forças da Exoterra.

Mortal Kombat teve a estreia adiada para 23 de abril nos EUA. Já aqui no Brasil, o longa chega apenas em 13 de maio.

Confira abaixo a cena inédita na íntegra! 
 
 
Fonte: Omelete

Dubladora Ana Lúcia Menezes falece aos 46 anos

 
Uma notícia triste para os fãs de dublagem. A dubladora carioca Ana Lúcia Menezes, conhecida por seus trabalhos em Death Note, A Viagem de Chihiro, Yu Yu Hakusho, Rebelde, Avatar: A Lenda de Aang, ICarly e muito mais, faleceu aos 46 anos em decorrência de um AVC. Ela ficou hospitalizada durante essa última semana e passou por duas cirurgias muito delicadas.

Vários dubladores abriram uma campanha de arrecadação para custear essas operações, porém a dubladora teve morte cerebral. Em seus mais de 30 anos de carreira, ela deu voz a personagens como Murta Que Geme, de Harry Potter; Gwen, de Ben 10; as personagens da Taissa Farmiga em American Horror Story; Aria em Pretty Little Liars; Stella, de Winx; Lupita, de Rebelde; e muitos outros.

Além disso, ela já ganhou o prêmio de Melhor Dubladora de Anime por seu trabalho como Misa Amane em Death Note.

A notícia foi divulgada por sua filha, Bia Menezes, no Instagram.

Esta é uma semana triste para a dublagem brasileira, pois também perdemos Dário de Castro - conhecido como a voz de Russel Crowe e Liam Neeson -, que faleceu vítima da COVID-19.


Outra perda foi o dublador Carlos Marques - conhecido como Garfield e o Homem-Aranha (dos anos 60) -, a causa da morte não foi revelada.


E mandem energias positivas para a dubladora Iara Riça, conhecida como Marilu (Historietas Assombradas - O Filme) e Tecna (da série World of Winx). Ela está em coma por conta de um aneurisma, segundo informou o dublador Guilherme Briggs em sua conta no Twitter.

Fonte: OmeleteJovem Nerd / IGN / Quem

Autora de "Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror" é convidada e a obra abre o 11º CINEFANTASY


O documentário Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror abriu a 11ª edição do CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico, na sexta-feira, dia 16 de abril, na plataforma Belas Artes à la Carte.

Baseado no livro da escritora Robin R. Means Coleman, o documentário dirigido por Xavier Burgin traz uma análise das imagens, influências e impactos sociais dos negros nos filmes de terror e conta com depoimentos de figuras icônicas do horror da atualidade, como o diretor Jordan Peele (Corra!), Tony Todd (O Mistério de Candyman), Ken Foree (Despertar dos Mortos), entre outros. 

A autora do livro foi convidada ao festival e baterá um bate-papo no dia 17 de abril, sábado, às 20h, com mediação do crítico Fillippo Pitanga.

Dr. Robin R. Means Coleman

A 11ª edição do CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico está ocorrendo entre  16 e 29 de abril de forma digital, na plataforma Belas Artes à la Carte e nas redes sociais do festival (Facebook Cinefantasy  e Youtube Cinefantasy).

Conforma a sinopse de Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror:

Mergulhando em um século de filmes de gênero que os utilizaram, caricaturizaram, exploraram, minimizaram e finalmente os abraçaram, essa é a história não contada dos negros americanos em Hollywood e sua conexão com o gênero de terror.

Horror Noire: A Representação Negra no Cinema de Terror faz uma análise das imagens, influências e impactos sociais dos negros nos filmes de terror na história do cinema, com depoimentos de figuras icônicas do horror da atualidade, entre eles o diretor Jordan Peele, Tony Todd, Ernest Dickerson, Rusty Cundieff, Tina Mabry, Paula Jai Parker e Ken Foree

Se for para resumir o documentário em uma única frase, o resumo diria que veio para mostrar a presença - ou ausência – de negros nos filmes de terror na história do cinema. Se você é um grande fã dos filmes de terror e horror, lembrará que realmente é um número pequeno de filmes de terror que possui um negro como personagem principal. Um filme de zumbi aqui ou ali, e muitas vezes ou o personagem negro é o primeiro a morrer ou trazendo o voodoo e outras religiões de origem africana de maneira equivocada.

É interessante assistir ao documentário para quem deseja entender um pouco sobre história e cinema, afinal, mostra muito sobre questões como racismo e o avanço dos cinemas através das décadas. Revela como era o chamado Black Face, por exemplo, que é pintar a pele de um artista branco, ao invés de contratar atores negros. Lentamente, foram parando de fazer o Black Face nas telonas, mas demorou que se tivesse artistas negros fazendo personagens principais, como no filme Noite dos Mortos-Vivos.

Fotografias do documentário:

Tananarive Due

Dr. Robin R. Means Coleman

Rachel True


Ken Foree e Keith David

Tony Todd

Rusty Cundieff e Ernest Dickerson

11º CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico

O 11º CINEFANTASY – Festival Internacional de Cinema Fantástico apresenta uma seleção contendo mais de 150 filmes nacionais e internacionais, divididos em 15 mostras competitivas, entre elas 2 mostras de longas-metragens, documentário e ficção, e 13 mostras de curtas-metragens, divididas pelos temas: Horror, Ficção Científica, Fantasteen, Fantasia, Estudante, Brasil Fantástico, Amador, Pequenos Fantásticos, Espanha Fantástica e Animação, além do pioneirismo mundial do gênero fantástico nas mostras Mulheres Fantásticas, Fantástica Diversidade e a novidade deste ano, a mostra Fantastic Black Power.

Dra. Robin R. Means Coleman

Dra. Robin R. Means Coleman

Dra. Robin R. Means Coleman é professora adjunta no Departamento de Estudos da Comunicação e no Centro de Estudos Afro-Americanos e Africanos da Universidade de Michigan. Seus trabalhos anteriores incluem African Americans and the Black Situation Comedy: Situating Racial Humor e a edição da coletânea Say It Loud! African Americans, Media and Identity, e mais recentemente, a coedição do volume Fight The Power! The Spike Lee Reader.

Trailer 11º Cinefantasy:

Horror Noire - Official Trailer [HD] | A Shudder Original Documentary


Não deixem de aproveitar esse evento virtual!

Crítica | "Nomadland" transita pelo deserto, mas recua ao enfrentar o problema



O favorito do Oscar 2021 é fruto de um cinema autoral para uma Hollywood que precisa de novas visões e representatividade.

“Nomadland” é um filme baseado no livro “Nomadland: Surving America in the Twenty-First Century” de Jessica Bruder, que fala sobre o estilo de vida dos nômades modernos que vivem pelos Estados Unidos se deslocando periodicamente. Frances McDormand e Peter Spears obtiveram os direitos da obra e convidaram a diretora chinesa Chloé Zhao para roteirizar e dirigir o longa. Ela também ficou responsável pela edição, o que resultou em uma obra muito autoral com riqueza de detalhes das intenções formais de Zhao. É nesse cenário que conhecemos Fern (Frances McDormand) e embarcamos em sua van para uma jornada sem rumo aparente.

Após perder o emprego e o marido, Fern, uma moradora de meia-idade da comunidade de Empire em Nevada, decide vender o que pode e fazer da sua van seu lar por onde roda o interior dos EUA. Nessa jornada vemos como é o estilo de vida dos nômades contemporâneos que são pessoas fora do modelo do cidadão ocidental típico e estão na contramão da sociedade de consumo, seja por opção, crise financeira, escapismo ou todas opções, sendo assim, o filme representa que existe uma pluralidade dentro desse nicho. O background da protagonista está atrelada à crise de 2008 que afetou sua estabilidade financeira, que aliada ao luto pela morte de seu cônjuge teve como resultado uma fuga para a estrada. Esse período vivido pela personagem é contemplado pela frieza e austeridade da câmera de Zhao, vemos ela se adaptando à nova vida, enfrentando trabalhos sazonais, julgamento familiar, sua própria dor, mas acima de tudo, conhecendo várias pessoas com histórias diferentes.



Fern é uma personagem dura, fechada e pragmática, palavras não são suas primeiras escolhas, mas é uma excelente ouvinte. Essa faceta que induz a criação de subcamadas tão subjetivas poderia ser totalmente monótona, mas Frances McDormand consegue transmitir a rigidez e a abertura necessária. Além disso, Zhao optou por não utilizar atores profissionais para interpretar os nômades, sendo assim, o que vemos em tela são pessoas reais interpretando a si mesmos com uma narrativa criada pela diretora.

Na minha visão, Frances é uma das poucas grandes atrizes de Hollywood que consegue executar tão brilhantemente essa ponte entre esse cast não profissional de forma tão natural, e, consequentemente, valorizando a intenção do longa em misturar a ficção e o documentário. Outra aliada para manter essa unidade estilística é a fotografia de Joshua James Richards, que aproveita a luz natural e as paisagens desérticas para criar planos que refletem tanto a frieza quanto a humanização da personagem, e quando são montados por Chloé emitem uma energia onírica para a trajetória.



Contudo, o filme perde sua força ao tangenciar sua crítica ao modelo econômico vigente que causa esse efeito do nomadismo. Existe a premissa de que o capitalismo falhou, vemos isso com as perdas materiais de Fern, os empregos sazonais precários disponibilizados pela Amazon e com uma breve discussão que ocorre quando a protagonista encontra a irmã e a família dela. Parece que Zhao se encontra um pouco receosa em aprofundar essas questões, permanecendo muito mais na superfície e optando por uma construção mais convencional baseado no drama de sua recém-nômade. Isso não seria um ponto ruim, caso a diretora não tivesse um estilo mais voltado para o não-convencional, criando um caráter artificial para o sentimento contemplativo e cru que ela pretende apresentar. Esse equilíbrio entre o aprofundamento característico do cinema independente e a convenção de um modelo mais hollywoodiano não encontra um espaço apropriado para discutir as questões levantadas no começo e acaba não desmistificando essa pseudoliberdade que é tão romantizada pelo próprio sistema que não atende às demandas de sua população.

Por fim, temos uma personagem que busca na estrada uma certa redenção para sua dor, mas o seu passado é sempre uma questão. É interessante como os núcleos passageiros com os não-atores e suas respectivas vivências transformam Fern, como Swankie que possui um câncer terminal, mas decidiu que não passaria o resto da sua vida endividada em um hospital, então segundo a mesma, ela decidiu viver. No fim, Fern toma a mesma decisão e deixa o passado para trás e vai de encontro à estrada. Em termos técnicos, o longa fecha impecavelmente, mas passa uma mensagem turva sobre até onde a estrada é uma escolha ou o único lugar possível.

"Gokushufudou: Tatsu Imortal" alcança o topo da lista de mais vistos no Japão


O anime Gokushufudou: Tatsu Imortal ficou em primeiro lugar na lista de mais vistos da Netflix no Japão. A conta oficial do Twitter da Netflix Japan Anime comemorou e compartilhou alguns comentários sobre a série, onde elogiam o tamanho dos episódios, o trabalho de atuação dos dubladores japoneses e a música tema.

A primeira temporada tem cinco episódios e já temos a segunda temporada confirmada.
O anime é baseado no mangá de mesmo nome, que está em publicação no Japão desde 2018. Também houve uma adaptação em Live-action em 2020, com 10 episódios.

E uma curiosidade: No finalzinho de 2019, quando o mangá alcançou um milhão de cópias vendidas, o seiyuu (dublador) e ator Tsuda Kenjiro - que é a voz de Tatsu no anime e também ganhador do prêmio de Melhor Ator Principal no Seiyuu Awards deste ano - estrelou um curta especial, onde ele interpreta o ex-membro da Yazuka que se torna dono de casa. E devo admitir, ele ficou igualzinho o personagem.

Segue o vídeo abaixo!



Gokushufudou: Tatsu Imortal se encontra disponível na Netflix.
 
 

"Bridgerton" é renovada para 3ª e 4ª temporada na Netflix

 
A série Bridgerton, que é um dos maiores sucessos da Netflix, foi renovada para sua terceira e quarta temporada. A segunda já está confirmada e se encontra em produção.

Bridgerton quebrou recordes de audiência em sua estreia na Netflix e é, atualmente, a série mais assistida da plataforma.

Segundo o vice-presidente de TV global da Netflix, Bela Bajaria, falou sobre a novidade para a Variety: "Temos planos divertidos para o futuro e achamos que o público continuará a acompanhar a série. Nós planejamos continuar o futuro de Bridgerton a longo prazo".

Recentemente também o ator Regé-Jean Page - que interpreta o personagem Simon, Duque de Hastings - saiu da produção por divergências, pois seu personagem perderia um pouco de foco na continuação, já que a história da próxima temporada é sobre Anthony, o irmão mais velho da família.
Ainda não há estimativa de data para a estreia da nova temporada.

E aí? Animados com segunda temporada de Bridgerton?