Crítica | Loki (sem spoilers)

Produzida pela Marvel Studios e transmitida pela Disney Plus, a série Loki é continuação direta da cena onde, em Vingadores: Ultimato, o personagem Loki de 2012 ao invés de ser levado para Asgard e ser condenado por seus crimes em Nova York, rouba o Tesseract e vai parar em outro local. A partir dali, ele é levado pela AVT, Autoridade da Variação do Tempo e começa uma nova jornada.

Nós, fãs da Marvel, não fazíamos ideia do que seria essa série. Desde que foi anunciada com o retorno de Tom Hiddleston no papel, milhares de teorias a respeito de Loki foram surgindo, e o boato que mais ganhava força era de que a temática seria sobre viagens no tempo. O que os fãs e a crítica tinham de informação era de que a série teria 6 episódios, e só. Como o Loki, que tinha morrido no filme Vingadores: Guerra Infinita voltaria? O que essa versão do Loki de 2012 iria fazer? Ele conseguiria ser tão cativante como estava em filmes como Thor: Ragnarok, onde víamos uma centelha de bondade nele?

A primeira grande novidade levada ao público nesse ano foi a de que, ao contrário das séries WandaVision e Falcão e Soldado Invernal, Loki se passaria nas quartas e não mais nas sextas-feiras. E se antes os fãs na internet pareciam esperar até o final do dia antes de espalhar spoilers pelas redes sociais, não dava 11:00 da manhã de quarta e você já via memes e montagens com as melhores cenas do episódio do dia em todo lugar. 

Kate Herron, diretora da série, revelou em entrevista ao Collider que cada cenário da série foi pensado para que não fosse necessário criar ambientes fantasiosos, o que deixou muitos lugares em que os personagens aparecem o mais realista possível.  A arquitetura de alguns locais, como a própria AVT é muito bem feita e construída, e inclusive vários cenários que apareceram foram usados por fãs para fazer fundo de tela em suas gravações.

De acordo com o Reelgood, a série chegou a ter um engajamento de 10,5% nas plataformas de streaming, equanto outras produções como Sombra e Ossos, que estrearam quase que juntas, teve 2,9%. Sucesso de audiência, a cada episódio os fãs ficavam mais e mais intrigados com o que estava acontecendo. A atuação de Tom Hiddleston merece ser elogiada, pois apesar de já ter seus 10 anos no papel, ainda assim consegue nos surpreender. Vemos um Loki com dúvidas, reflexivo, um personagem cheio de camadas e tendo que lidar com os próprios sentimentos e suas diversas facetas. É quase como se, quanto mais o tempo passa, mais coisas os fãs descobrem sobre esse personagem tão emblemático do MCU.

Enquanto o personagem passa por várias mudanças ao longo de cada episódio, novos personagens foram sendo introduzidos, apresentados de tal foram que encantaram o público. Alguns desses personagens vieram para ficar e se você é fã da Marvel, mas ainda não viu a série, recomendamos que a assista o mais rápido possível. Todas as séries até o momento foram importantes pra mostrar e construir essa fase 4 da Marvel, e Loki até o momento trouxe os eventos mais importantes e que definirão o rumo das próximas produções.

É com prazer que chegamos aos segundos finais do último episódio e pensamos, "uau, agora mudou tudo". Não sabemos o que esperar das próximas produções, mas um universo inteiro se abriu - literalmente. Termos como Multiverso e Variantes estão por todos os locais, e inclusive a produção What If...?, que estreia em Agosto aparenta ser continuação dos últimos eventos.

A trilha sonora da série é impecável e combinou muito bem. São 44 músicas e essa mistura de sons se encaixa perfeitamente. Alguns destaques são "Hymne à l’Amour", composição da cantora francesa Édith Piaf, "If You Love Me (Really Love Me)", na voz de Brenda Lee e "Demons", de Hayley Kiyoko. e atrevo a dizer que a melhor abertura da Marvel até o momento é a o último episódio. Tem música cantada pelo próprio Tom Hiddleston em norueguês e ela é sensacional.

O supervisor de efeitos especiais, Brad Parker, chegou a comparar a série com uma jornada maluca, onde muitas coisas incríveis acontecem em um episódio só e que a intenção é fazer o telespectadir ficar impressionado. Os efeito especiais, as cores e fotografia de cada episódio fizeram com que a série se igualasse e até mesmo superasse diversas produções cinematográficas de Hollywood. Quando Kevin Feige disse que queria trazer para a televisão algo digno de cinema, não estava brincando. 


A série, que fala sobre viagens no tempo, ficção científica, pertencimento, narcisismo, senso de identidade, fascismo e questões como as do livre arbítrio fazem com que a produção vá além de uma história boba de super-heróis, como alguns críticos insistem em dizer. Com uma profundida imensa, com cenas que nos fazem sorrir e ao mesmo tempo torcer pra que algo dê certo, Loki vai deixar saudades.

2 comentários :

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Estou amando, a Marvel está acertando MUITOOOO em todas as series que estão lançando.

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