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Review: Superman (sem spoilers)

 

Warner Bros. / Divulgação


O Azulão de Krypton retorna às telonas no novo universo da DC comandado por James Gunn. Será que, enfim, temos a tão esperada salvação da DC? É isso que vamos analisar neste review.

Em Superman, dirigido e roteirizado por James Gunn, acompanhamos a jornada de Clark Kent (David Corenswet) em uma Metrópolis totalmente diferente do que vimos nas adaptações anteriores. Neste novo universo, Gunn nos apresenta um mundo onde super-heróis fazem parte do cotidiano de forma natural e integrada à sociedade.

Esqueça a atmosfera sombria e mais "pé no chão" do antigo universo da DC. Superman chega com uma proposta vibrante, trazendo cores vivas, leveza e uma nova energia para o personagem símbolo da esperança. A mudança de tom é clara e proposital — e pode surpreender tanto antigos fãs quanto novos espectadores.


Warner Bros. / Divulgação

Aqui temos um Superman que, a todo momento, se importa com tudo e todos e quando digo “todos” são todos mesmo. Até com um esquilo, literalmente. Sua preocupação constante durante os combates com tudo ao seu redor revela sua verdadeira essência: a de um herói que está ali para servir e proteger.

Essa característica reforça o que sempre deveria ser a base do personagem: empatia, compaixão e responsabilidade. Gunn acerta ao retratar um Superman humano em suas emoções, mas grandioso em seus valores. Mesmo diante do caos, ele busca preservar vidas, não apenas vencer batalhas — e isso faz toda a diferença.

A história é simples — e isso, definitivamente, é um ponto positivo. O roteiro parece ter sido pensado para agradar todo e qualquer tipo de público, desde os fãs mais antigos até quem nunca leu uma HQ do Superman. Tudo é bem explicado ao longo do filme, sem exigir conhecimento prévio ou referências complexas.

Não há espaço para teorias mirabolantes, cenas "cut" ou tramas excessivamente intrincadas. O filme entrega exatamente o que se propõe: uma nova introdução ao Superman, direta, clara e eficiente. Algumas decisões que podem deixar o espectador com dúvidas são esclarecidas momentos depois, e você entende o que realmente é aquilo.


Warner Bros. / Divulgação

A interação com outros personagens, como a Mulher-Gavião (Isabela Merced), Senhor Incrível (Edi Gathegi) e Guy Gardner, o Lanterna Verde (Nathan Fillion), é um dos destaques do filme. São participações divertidas, bem dosadas e que deixam aquela vontade de ver mais desses heróis no futuro. E quando digo "divertidas", não falo daquele humor forçado com piadinhas deslocadas — são cenas genuinamente engraçadas, que fluem de forma natural.

Nathan Fillion, por exemplo, está hilário como Guy Gardner. Ele entrega as caretas e expressões exageradas do personagem com perfeição, equilibrando o carisma e a arrogância clássica do Lanterna de forma impressionante.


Warner Bros. / Divulgação

O elenco do Planeta Diário também merece destaque. A dinâmica entre Lois Lane (Rachel Brosnahan), Jimmy Olsen (Skyler Gisondo) e os demais colegas de redação é bem construída e funciona muito bem em tela, trazendo leveza e humanidade ao núcleo mais "terrestre" da história.

Mas entre todos os personagens, há dois que realmente roubam a cena. Nicholas Hoult entrega um Lex Luthor como sempre quisemos ver: intenso, frio e perturbador. Sua atuação é poderosa — conseguimos enxergar em suas expressões toda a raiva, inveja, frustração e até a satisfação distorcida que move o vilão. O duelo de diálogos entre ele e o Superman é um espetáculo à parte. A química entre os dois é simplesmente absurda.

Nicholas Hoult como Lex Luthor em 'Superman' (2025) Divulgação/Warner Bros

E o outro personagem que rouba a cena é ninguém menos que Krypto, o Supercão. Sim, é definitivamente um cachorro com superpoderes — e ele é simplesmente sensacional. Atrapalhado, brincalhão e leal, Krypto quase sempre arranca risadas quando aparece em cena, sem perder o tom da história. Sua presença traz leveza e momentos de pura diversão, equilibrando bem a ação com o humor natural que James Gunn sabe fazer.


Warner Bros. / Divulgação 

E não só entre os protagonistas: parece que Gunn escolheu a dedo cada ator, testando a química entre o elenco com precisão. O resultado é um conjunto afinado, onde todos brilham, mas ninguém ofusca o outro. A harmonia entre os personagens dá vida ao filme de uma forma orgânica e envolvente.

Superman é um filme sobre a ascensão dos heróis, e também um filme sobre pais e, principalmente, sobre identidade. A jornada de Clark é profundamente pessoal, e toca diretamente naquilo que faz dele o herói que conhecemos. Como amante de histórias em quadrinhos, tive a sensação de estar literalmente assistindo a uma HQ ganhar vida. James Gunn acerta mais uma vez ao criar um mundo fantasioso, super-heroico e divertido. Esqueça aquela DC realista e melancólica que vimos nas versões de Zack Snyder e Christopher Nolan. Aqui o tom é completamente diferente — e isso é um grande acerto.

Com um CGI competente, uma trilha sonora excelente e uma construção sólida de universo, Superman representa um verdadeiro pontapé inicial para uma nova era da DC. Você sai da sala querendo mais. E isso, para um primeiro capítulo, é tudo o que se poderia desejar.


David Corenswet como Superman em 'Superman' (2025)
Warner Bros. / Divulgação

Superman marca um recomeço promissor para a DC nos cinemas. James Gunn entrega um filme acessível, emocionante e cheio de personalidade, com um elenco afinado e uma visão clara do que quer construir para o futuro do estúdio.

Não é um filme revolucionário, mas talvez justamente por isso funcione tão bem: ele resgata o que há de mais essencial no Superman — esperança, empatia e heroísmo — e traduz tudo isso para um público moderno.

Se você ama o personagem, vai se emocionar. Se não conhece muito bem, vai se encantar.



Aniversário de Neil Gaiman: Livros para ler em comemoração!




Reprodução: DC Comics/Panini Books



O ano era 1960, e neste exato dia 10 de novembro, nascia um belo bebê, que no futuro não seria ninguém mais, ninguém menos do que uma das vozes mais influentes da literatura mundial. É claro que estamos falando do pequeno – na época – Neil Gaiman! Mas como até então o aniversário de Gaiman trouxe presentes apenas para nós telespectadores, com a informação da renovação da série The Sandman, chegou a hora de nós homenagearmos este expoente da criação de mundos. E aqui vamos te dar 5 obras de Neil Gaiman para ler em comemoração ao seu aniversário!


Reprodução: Editora Intrínseca



DEUSES AMERICANOS

Este aqui eu imagino que já seja, até certo ponto, conhecido por todos! Isto porque trata-se do livro que deu origem à série de TV da Amazon Prime de mesmo nome. No quesito história, seguimos nosso protagonista brucutu, Shadow Moon, após ser contratado pelo misterioso Sr. Wednesday. Até aí, tudo normal.

Ocorre que esta contratação irá colocar nosso protagonista em meio a uma guerra entre os novos e os antigos Deuses da humanidade! O livro pode ter um ritmo um pouco lento, mas o talento de Gaiman na criação de personagens e mundos complexos transborda pelas páginas da obra.


Reprodução: Editora Vertigo e Panini Books


LIVROS DA MAGIA

Bruxo jovem, de óculos, cabelos pretos bagunçados e com uma fiel escudeira na forma de uma coruja. Harry Potter? Não! Timothy Hunter!  Eu não contarei muito sobre a história aqui, uma vez que as primeiras partes da HQ são destinadas quase que exclusivamente para introduzir o leitor neste mundo fantástico, mas digo com segurança que para quem gosta de bruxaria e temas místicos, é uma excelente pedida.

Embora se proponha a apresentar temas simples e que já foram abordados por diversos autores diferentes, a sensibilidade de Neil consegue dar um charme único para a obra, especialmente quando analisa a ultrapassada dicotomia entre magia “maligna” e magia “do bem”.


Reprodução: Editora Rocco Digital



O LIVRO DO CEMITÉRIO 

Esse aqui eu tenho certeza de que voou abaixo do radar de muitos leitores. O livro conta a história do jovem Nin, um garotinho que perdeu seus pais e agora recebe a tutela de fantasmas de um cemitério próximo de sua ex-residência.

A obra é linda, trata de temas complexos como a morte e o luto e consegue ser palatável o suficiente para todos os públicos! Recomendação fácil para quem quer uma leitura tranquila e, ainda assim, muito emocionante.


 

Reprodução: Editora Intrínseca


CORALINE

Este aqui realmente dispensa comentários. Trata-se da obra que deu origem à simplesmente um dos melhores filmes de terror “infantil” já feitos. Eu amo Coraline, eu amo o livro de Coraline, eu amo o filme de Coraline. É amor que não acaba mais por esta obra.

Sem perder o tom cômico e despojado, o autor consegue entregar um material denso de críticas e questões psicológicas dignas de um livro de Lewis Caroll, autor dos clássicos Alice no País das Maravilhas e Alice através do Espelho.


  

Reprodução: DC Comics/Panini Books


THE SANDMAN

Para quem já acompanha um pouco mais o trabalho do Autor, já imaginava que não poderia existir outra obra para ocupar esta posição. The Sandman, que agora virou série de mesmo nome pela Netflix, é definida por muitos, inclusive por mim, como uma das HQs mais influentes de toda a história.

Parece que, por vezes, todas as obras de Gaiman foram um mero treinamento para que ele chegasse nas páginas destes quadrinhos e nós apresentasse um dos mundos mais complexos e verossímeis que eu já vi em mais de duas décadas de leitura. Tudo que é colocado aqui é o mais puro estado da arte. Se você não leu, por favor, presenteie-se com estas histórias.

 


Adão Negro é bom mesmo?

Reprodução/Warner


O novo filme da DC lançou no dia 20 de outubro em todos os cinemas dos Brasil, e é claro que a DC sempre dá o que falar, né?! Isso porque o filme alcançou apenas 43% na crítica do Rotten Tomates, mas o foi bastante elogiado pelo público. Então fica a questão: Adão Negro é bom mesmo?  

Bom, eu fui assistir ao filme não esperando nada. Eu tinha visto a opinião da crítica, então fui sem esperanças nenhuma, mas a verdade é que eu me surpreendi. Para mim, Adão Negro está entre os melhores filmes de heróis lançados no ano, só perde para Batman.


A nova aposta da DC é divertida e contém cenas incríveis de ação. Os personagens são envolventes e a trama do protagonista é emocionante. Além disso, o Senhor Destino e o Gavião são de tirar o chapéu! As cenas de ação protagonizadas pelos dois são ótimas, sem contar na amizade que dois tem, que sinceramente, faz tudo ser mais bonito.


Outra coisa legal no filme é a ideia que os super heróis não precisam ser necessariamente bonzinhos. O personagem protagonizado por Dwayne Johnson levanta essa questão o filme inteiro. A ideia de que não deveria ser um herói só por causa de todos os seus erros cometidos no passado é algo que faz você pensar se é necessária essa noção de um salvador 100% bom, ou alguém que pode ser “igual” a gente.


Para mim, o Átomo e a Cyclone foram personagens que não fizeram diferença no filme. A ideia parece que serão explorados no futuro da DC. Então se você criou alguma expectativa quanto a eles, infelizmente eles não possuem uma relevância muito grande da trama, mas ainda sim é divertido vê-los em ação em certos momentos, principalmente devido a beleza e a inteligência da heroína e a comédia do Átomo.


O meu conselho é: vão assistir ao filme! Dessa vez não deem ouvidos a crítica.


E você que assistiu, o que achou? 

Review Batman: Serie Arkham

Batman, Bruce Wayne, o homem morcego, chame-o como quiser, é inegável dizer que o morcegão é um dos maiores e mais populares personagens de todo o mundo. E como era de se esperar, com a popularidade vem adaptações em varias mídias diferentes, quadrinhos, filmes, series e, é claro, jogos.

(Fonte: Epic Games)

Durante anos, vários jogos foram lançados e o morcego tomou conta do mundo dos games assim como da cultura pop. Diversos e mais diversos jogos foram lançados para mais variadas plataformas diferentes, mas foi com a Rocksteady, que o morcegão chegou ao topo, e assim nasceu a série Arkham.


Com isso, e comemorando o aniversario de lançamento dos filmes do Batman, a Revista Jovem Geek fez uma lista com todos os jogos do morcegão em ordem cronológica.


1) Batman Arkham Origins

(Fonte: Steam)

Para não ficar um longo período sem jogos do Morcegão, esse projeto de prequel para a franquia foi dado para a subsidiária canadense da empresa, lançado em 2013, o único que não foi feito pela Rocksteady. Continuando o que foi apresentado em Arkham City, Origins é um jogo de mundo aberto com muito combate e stealth combinados. 

Dessa vez, diferente de seus antecessores que veremos mais a frente na lista, Origins resolveu seguir os passos de outros jogos lançados nessa época e implementou o fast travel, algo que divide os fãs até hoje, certo ou não é inegável que facilita a locomoção pelo mapa. Sendo o primeiro item desta lista, temos que citar o combate de toda a serie Arkham, que revolucionou e impulsionou não só esse estilo de combate mas como jogos de super-heróis em geral deveriam se portar, brilhantemente evoluído e replicado por, por exemplo, Homem-Aranha de PS4, seu combate mistura o brilhante e exagero dos quadrinhos com o realismo que o morcegão precisa ter, e foi sendo evoluído e atualizado durante toda a saga. Arkham Origins apesar de não ser feito pela Rocksteady, não deixa a desejar no quesito combate, e traz varias mecânicas e gadgets novos que faz você realmente se sentir na pele do Batman.

Ele também tem missões secundárias e colecionáveis clássico da serie, em que devemos batalhar contra 100 inimigos em uma dificuldade elevada. Entre os vilões que aparecem no game, temos Deadshot, Deathstroke, Firefly, Electrocutioner e outros.

A história foi inspirada das obras Batman: Ano Um e Batman: Lendas do Cavaleiro das Trevas, que contam o começo da carreira do herói como vigilante de Gotham, sendo um game muito mais voltado para a parte detetive do morcego, mostrando um Bruce Wayne mais ingênuo e com menos experiência. Vale a pena citar também, Origins trás um modo multiplayer em que os jogadores devem escolher um lado na guerra entre Coringa e Bane.  

Para alguns, o jogo fez bem em replicar os elementos positivos dos jogos anteriores e dar uma melhorada, mas que não foi nada inspirado. A história com falta de coesão narrativa, o mundo desnecessariamente grande, a cidade nada atrativa e as missões secundárias que não ajudam na história principal e nem dão recompensas também foram citadas pelos críticos. O jogo não foi um desastre, longe disso, mas não trouxe nada de muito novo para os jogos do morcegão, sendo muito mais como um complemento do que para algo obrigatório de se jogar. Se pudéssemos dar uma nota seria no máximo um 7.


2) Batman Arkham Asylum

(Fonte: Xbox)

E é aqui que a gente começa a febre do melhor detetive do mundo nos games e que fez a Rocksteady ser uma das empresas mais conceituadas no mundos dos games. Lançado em 2009, o jogo tem como roteirista Paul Dini, um veterano do homem morcego, o que explica um dos aspectos mais elogiados e ótimos deste jogo, sua historia bem amarrada e com reviravoltas ótimas e interessantes. Mas não é só de historia que vive Arkham Asylum, seu combate como dito anteriormente é incrível e muito bem feito, foi tão bom que virou referencia e inspiração em questão de combate, mas existe um motivo pelo qual o morcegão é chamado de maior detetive do mundo e pra isso foi criado a visão de detetive, que é essencial para resolução de puzzles. Vale ressaltar que hoje essas mecânicas estão impregnadas e concretizadas no mundo dos jogos, porém em 2009 com o lançamento de Asylum, era uma novidade algo tão bem feito e bem construído, sendo um dos principais fatores do engrandecimento dessa saga e de colocar a Rocksteady no topo.

Diversos super vilões habitam o manicômio e tem encontros com nosso personagem, como Bane, Espantalho, Hera Venenosa e, claro, Coringa, que é dublado por Mark Hamill. Para a crítica, esse foi o melhor jogo de personagens de quadrinhos já lançado, com visuais excelentes, uma história atraente e um trabalho de dublagem esplêndido.

A desenvolvedora conseguiu balancear bem a confiança de um super-herói e as fraquezas que tornam a aventura desafiadora. Tudo isso refletiu nas vendas já que aproximadamente 2 milhões de cópias foram comercializadas nas três primeiras semanas de lançamento. No fim de tudo, sua nota é de 9.


3) Batman Arkham City

(Fonte: Epic Games)

Logo depois do sucesso de Asylum, alguns meses depois para ser exato, a produção de Arkham City começou, e viria a ser lançado em 2011.

Diferente de seu antecessor, Arkham City é um mundo aberto cheio de bandidos para serem detidos e espancados, outros vilões icônicos aparecem como novidade, Pinguim e Senhor Frio. A jogabilidade continua sendo aprimorada, seu combate é muito mais fluido e rápido, sendo "gostoso" de jogar, e seus elementos de stealth e investigação são ótimos. Jogo conta com 15 missões secundarias que juntando com a campanha, são aproximadamente 40 horas.

Paul Dini volta para o roteiro, a historia parte dos eventos de Asylum, porém o governo isolou uma das cidades de Gotham fazendo com que vários criminosos ficassem a solta, e o Batman é obrigado a resolver e prender os bandidos soltos por toda a cidade. Não perde nem um pouco para o primeiro, pelo contrario, melhora a coesão e imersão a ela. Você realmente se sente na pele do morcegão.

Sendo considerado o melhor da serie Arkham, os críticos ressaltaram a atenção aos detalhes dos ambientes, as atuações, os desafios, a abertura e o encerramento épico e até comentaram que é difícil não se sentir como o maior detetive do mundo em patrulha. A nota dele é 9,5.


4) Batman Arkham Knight

(Fonte: Epic Games)

Fechando a serie Arkham, por enquanto, temos o mais ambicioso deles, Arkham Knight. Em vez de Paul Dini cuidar do roteiro, como nos dois jogos anteriores produzidos pela Rocksteady, foi a própria equipe da desenvolvedora que criou a história e contou com o apoio do veterano escritor de quadrinhos Geoff Johns.

Uma da maiores novidades de Knight foi a adição do Batmóvel, que antes tinha apenas aparecido com complemento, agora podia ser controlado com todo o arsenal do Batman a sua disposição.

Duas coisas que foram retiradas em relação a Arkham Origins foi o modo multiplayer, já que a equipe inteira se focou em fazer o modo singleplayer ser o melhor possível, e as fast travel, que poderia prejudicar a experiência do jogo. A história se passa nove meses após os eventos de Arkham City, com Batman lidando com problemas de abstinência relacionados a ausência de um certo alguém. Agora, o jogo se passa em Gotham City, que é aproximadamente 5 vezes maior que o mapa de Arkham City e é dividida em três ilhas: Bleake, Founders e Miagani.

Os críticos elogiaram os gráficos, as variedades na game play, os detalhes no mundo aberto, as atuações e as melhorias no combate. A sua narrativa também foi destacada, principalmente por conta do plot twist que ela apresenta. As versões de console foram muito bem avaliadas, só que o mesmo não ocorreu com a versão de PC, o que fez com que a nota desse uma caída e ficasse em 8,5.


E ai, geeks, gostaram da review? O morcegão é provido de jogos incríveis e todos eles valem a pena serem jogados. Não existe lugar melhor para se sentir como o Batman. Ate a próxima review.


Escrito por Matheus Perondi.

Constantine está de volta! Continuação com Keanu Reeves confirmada.

 


Imagem: Divulgação (Constantine- 2005)

Pegando todo mundo completamente de surpresa, a Warner confirmou nesta sexta-feira (16), que o filme Constantine, lançado em 2005, receberá uma continuação com ninguém mais, ninguém menos do que o queridinho dos fãs, Keanu Reeves. 

 

De acordo com o Deadline, o longa ainda contará com o mesmo diretor do primeiro filme, Francis Lawrence (Constantine, Eu sou a Lenda e Jogos Vorazes – Em chamas) e Akiva Goldsman no roteiro. 

 

O filme ainda não tem data de estreia, nem maiores informações foram liberadas. Agora resta apenas especularmos como – e se – este filme se conectará com o atual cenário da DC Comics nos cinemas, lembrando que a própria Warner tem passado por uma repaginação nos últimos meses. 

 

E aí, o que você achou esta notícia bombástica? 




As melhores HQs que recebem pouco amor dos fãs


Reprodução: Sandman: Os caçadores de sonhos. Editora Panini Books

 
Que as HQs se tornaram uma das maiores formas de mídia da nossa geração, todos – ou pelo menos, muitos – vocês já sabem. De Batman aos Guardiões da Galáxia, milhares e milhares de revistas são vendidas periodicamente para os assíduos consumidores. Ocorre que tudo que é produzido em demasia e em variedade quase alarmante está fadado a criar obras-primas que pouquíssimas pessoas terão acesso. 

Mas não tema, nós estamos aqui para propagar a mensagem destas joias menos famosas. Então aqui está nossa lista de Melhores Histórias em Quadrinhos “pouco” conhecidas. Obviamente algumas precisaram ficar de fora, mas falem nos comentários quais outras HQs vocês incluiriam na lista!


1) NOBRE/LOBO por Gustavo Tertoleone e João Gabriel

Reprodução editora SESI-SP
Esta HQ de suspense policial se passa na cidade de São Paulo e acompanha a história de dois policiais, Luís Nobre e Milton Lobo, que se encontram em meio a uma investigação de uma série de desaparecimentos de crianças na grande metrópole. 

A história conta com personagens cativantes, uma ilustração de cair o queixo e eu te garanto que é completamente imprevisível em diversos momentos. Para quem curte um Thriller e uma HQ mais voltada ao público adulto, certamente irá se apaixonar pela obra. 


2) Cinema Panopticum por Thomas Ott

Reprodução: Editora Darkside 
Neste aqui eu pedirei a confiança de vocês, caros leitores. Esta se trata de uma HQ incrivelmente especial e com uma premissa única que, para não estragar a experiência de ninguém, eu deixarei 100% oculta aqui. 

Mas um breve resumo sem spoilers seria: Você acompanha uma jovem garota que procura, em um parque de diversões, uma atração que seja compatível com as poucas moedas que ela tem em sua posse. Assim, encontra o “Cinema Panopticum”, um local cheio de cinetoscópios que contam histórias incrivelmente horripilantes. 

O clima de suspense e terror é um dos melhores que eu já vi nos últimos anos. Simplesmente sensacional e é a pedida certa para os fãs do gênero. 


3) Castelo de Areia por Frederik Peeters e Pierre-Oscar Lévy 

Reprodução: Editora Tordesilhas 
A trama aqui segue a história de duas famílias que resolvem tirar suas férias em uma pacata praia desconhecida, buscando o sossego e conforto que todos nós queremos nos nossos dias de descanso. Mas, se esse fosse o caso, naturalmente nós não teríamos uma história.

Logo que chegam ao local, se deparam com o estranho fenômeno temporal que faz com que as pessoas envelheçam mais rápido nas redondezas da praia. Então, eles precisam descobrir o que está acontecendo e como sair de lá antes que seu tempo acabe. 

Caso você esteja espantando com a semelhança desta história com a de um filme lançado no ano passado, não se preocupe, você está integralmente correto. Esta história serviu de inspiração para o filme “Tempo” de M. Night Shyamalan.


4) Asilo Arkham – Uma séria casa em um sério mundo por Grant Morrison e Dave McKean 

Reprodução: Editora Panini Books 
Aqui, entramos em um território um pouco mais familiar para os leitores em geral. Eu sei que comparada com as anteriores, esta HQ do universo do Batman é bem conhecida, mas eu sinto que tanto ela como a próxima da lista recebem menos amor do que deveriam, se compararmos com outras histórias dos personagens em questão. 

"Asilo Arkham" é uma história que vai a fundo na análise psicológica dos personagens do panteão do Homem Morcego e faz isso com muita maestria. A grande pegada da HQ é: seria Batman tão louco e doente quanto todos aqueles que ele caça incansavelmente pelas ruas de Gotham? 

Se pareceu interessante para você, faça-se esse favor e vá logo ler esta que é, facilmente, uma das minhas histórias preferidas do cavaleiro das trevas. 


5) Sandman: Os caçadores de sonhos 

Reprodução: Editora Panini Books
Esta talvez seja a recomendação mais ousada desta lista, mas quem é fã de Neil Gaiman tende a curtir coisas meio diferentonas! Fugindo completamente da pegada da saga original, esta HQ do universo Sandman nos carrega ao Japão feudal para contar um grande romance espiritual. 

Eu não irei me aprofundar demais para não estragar a experiência de quem ainda vai ler, mas é uma das obras mais lindas que eu já li em toda minha vida e certamente irá arrancar algumas lágrimas dos leitores mais sensíveis. Recomendação certa!

Crítica | Sandman da Netflix

 


Fonte: Neil Gaiman / Netflix

 

          Depois de adaptações que desagradaram vários fãs, muito se duvidou da capacidade de adaptação da Netflix, mas com Sandman o streaming mostra que há competência para nos contar histórias. Talvez a adaptação de Sandman seja uma evolução do que a Netflix fez com Death Note, uma boa ideia que deixa um gostinho amargo na boca. Porém, a qualidade de ambas é incomparável.

 

Uma boa série

Fonte: Netflix


A primeira coisa que se pode sentir ao olhar as cenas de Sandman é “wow que legal”, e talvez essa seja a sensação da série inteira. Ela é composta por uma fotografia legal, diálogos legais, atuações legais e história legal – Sandman faz tudo o que uma serie de quadrinhos pode fazer de “legal”. Porém, ao fazer (quase) tudo legal, Sandman parece uma série como qualquer outra. Entretanto, só parece mesmo, a obra tem altos e baixos bem diferenciados. É curioso como a serie tem um começo tão chato e, quatro episódios depois, traz um dos melhores 54 minutos de uma série de televisão.

          Sandman é como uma viagem – ela te causa uma ansiedade pra chegar logo, você chega e se deleita no momento, mas no fim é uma odisseia para acabar. Começando com um ritmo chato e diálogos igualmente genéricos, Sandman implora para que esses episódios iniciais passem logo. A série começa a expor tanta coisa de um modo tããão bobo, mas você nem liga porque é melhor que isso acabe logo mesmo. Mas logo logo ela vai melhorando, e do nada vira uma coisa sensacional.

          Exatamente no meio da série há um episódio que nem parece ser desse ambiente que Sandman criou, tudo muda nesse momento. Durante 54 minutos a série te traz discussões, sensações e percepções diferentes. O ritmo, diálogos, atuações, direção e fotografia mudam – do nada parece que desceu um dos próprios deuses da série pra te contar essa história. Esse episódio te alegra, te incomoda, te excita, te anseia... e no fim te traz... esperança?!?!. Esse episódio cinco de Sandman é o que salva toda a série, ele é um gostinho da maravilha que significa o universo e a arte Sandman. Mas isso infelizmente dura pouco.

          É muito engraçado que o episódio que sucede a maravilha dos 54 minutos anteriores, seja um grau que a história se encontra sem rumo. O protagonista LITERALMENTE diz que se sente perdido e sem propósito, o que até interessante, mas causa um sentimento de ressaca bem forte. Talvez esse seja o episódio que define o que a série é, ele não é o melhor ou pior, só é perdidinho mesmo...

          Bom, o ritmo de Sandman encaminha para um desfecho parecido com essa ressaca, uma execução que não passa muito de ser legal. O episódio bônus ilustra (literalmente) isso muito bem, ideias muito boas que chamam a atenção, mas que não passam só de conceitos que nunca realmente se tornam palpáveis. Esse episódio bônus de Sandman tanta aumentar o tamanho do universo, e do hype, que compõem a série. Mas parece que Sandman vai ter um futuro parecido com o que teve o filme de um certo palhaço – todo mundo achou maneiro e elogiou, até esquecerem totalmente um tempo depois.

 

Efeito Coringa

Fonte: Revista Bula


Apesar de um pouco decepcionante, Sandman tem um mérito e uma intenção muito semelhante ao filme do Coringa. Ambas são execuções boas e necessárias, mas que chegam a ser medíocres no que se propõem a ser. É animador ver o gênero de heróis sendo contado de um modo diferente, talvez até mais denso, mas ainda parece que tudo é um meio caminho andado.

           Se eu pudesse definir Sandman da Netflix em um adjetivo, ela seria: Legal.


Joker, o musical: será que a ideia é tão ruim quanto parece?




Roteiro de Coringa 2 (Foto: Reprodução / Instagram)


Na semana passada o mundo foi pego completamente desprevenido com não apenas um, mas dois rumores bombásticos envolvendo a sequência do bilionário filme Coringa: (i) que Lady Gaga estaria em conversas avançadas para viver a Arlequina no novo filme e que (ii) a dita sequência seria um musical – não, você não leu errado, é isso mesmo.

Lady Gaga como Condessa de ''American Horror Story'' (Reprodução Entertainmen Weekly)


Bom, como já era de se esperar dos fãs nerds, que são apenas levemente protetores de suas tão amadas HQs – não culpo, eu sou também –, a internet choveu de comentários negativos já colocando o filme no calabouço da desgraça. Mas como eu tenho algumas tendências de sofredor – amo Dark Souls, por exemplo – eu irei me incumbir da tarefa de não apenas aceitar esta decisão, mas como também defender que ela pode, sim, ser um elemento interessante para o filme.

Antes de mais nada, e especialmente antes de vocês pegarem os tridentes e exigirem minha retirada da Revista Jovem Geek, eu ressaltarei que eu admito que seria uma jogada arriscada e que só funcionará se feita de forma coerente e contida.

Para iniciarmos nossa análise, precisamos, antes de tudo, compreender que dentro do gênero de musicais, há uma vasta gama de possíveis interpretações, desde as mais "hardcore" e completamente cantadas, até as mais "soft" com números musicais espaçados entre um roteiro que segue uma narrativa convencional. Como exemplos de ambos, podemos lembrar de Os Miseráveis e LaLa Land, respectivamente.

Para minha tese defensiva, se é que podemos chamar desta forma, eu adotarei como base a segunda opção, a do musical "soft", uma vez que realmente tenho grande dificuldade em conceber um filme do Coringa quase que integralmente cantado – especialmente considerando que Joaquin Phoenix não é o melhor dos vocalistas, vide sua atuação em Johnny & June.

Uma vez estabelecido que o filme não será composto apenas por canções, precisamos entender um pouco mais das origens e versões da nossa eterna Rainha do Crime, Arlequina. Criada em 1992, especialmente para a série animada do Batman – boa demais, meu deus – o interesse amoroso do Coringa se tornou tão popular que logo após sua primeira aparição, já foi adaptada para as páginas nas HQs, onde seu sucesso não parou de crescer desde então.

Como história de origem, embora existam pequenas divergências entre escritores, consagrou-se que antes de se tornar uma das vilãs mais icônicas dos quadrinhos, havia apenas a Dra. Harleen Quinzel, uma jovem psiquiatra que vai trabalhar no tranquilo Asilo Arkham.

Neste novo emprego, ela conhece o Coringa e a partir deste momento inicia-se um dos relacionamentos mais abusivos dos últimos anos. Antes de os quadrinistas estarem fartos da Arlequina em segundo plano e adotarem uma postura mais independente para a personagem, inclusive abraçando o arco da libertação da personagem – trabalhado brilhantemente em vários momentos, mas aqui ressalto a série animada da HBOMAX –, ela passou por ‘’poucas e boas’’ para ajudar seu tão amado palhaço do crime.

Arlequina em Batman: a série animada (Foto: DC Comics/ Warner Bros)




Agora, vamos ao novo filme a ser estrelado pelo Joaquin Phoenix. Embora não seja possível cravar com toda certeza qual é a versão da Arlequina que será adaptada, parece-me seguro dizer que, caso se trate do início do renascimento de ambos, haverá uma certa submissão da personagem ao ‘’Mr. J’’, com uma visão quase que utópica do seu relacionamento. Um verdadeiro conto de fadas do crime criado na cabeça da perturbada personagem, assim como foi feito por anos.

Os mais astutos já podem estar compreendendo onde eu quero chegar com tudo isto, especialmente ao ter utilizado – e de forma proposital – o termo ‘’conto de fadas’’. Mas antes de concluir meu raciocínio e apresentar o possível cenário em que se aplicaria de forma adequada um – ou alguns, números musicais – eu quero estimular sua memória para lembrá-lo de que não seria a primeira vez que veríamos música em um papel central na construção do personagem na obra de Todd Philips.

Lembrem-se de um momento crucial no primeiro filme estrelado pela dupla, no qual, após realizar seu primeiro crime e assassinar os jovens no metrô de Gotham, Arthur, completamente transtornado foge até que consegue se trancar em um isolado banheiro público. E o que acontece lá? A majestosa trilha sonora de Bathroom Dance começa a tocar e vemos diante de nossos olhos, pela primeira vez, o personagem encontrando seu lugar no mundo, se sentindo pertencente. Óbvio, eu entendo que ninguém canta na cena, mas a importância da música naquele momento me parece inquestionável.

Cena do filme Coringa (foto: Warner Bros)


E o mesmo poderá ser feito com a Arlequina. Mas lembrem-se a personagem não tem necessariamente a visão caótica e pessimista – e por vezes anarquista – do palhaço. Muito pelo contrário, inclusive. Por vezes ela imagina uma versão inexistente do seu amor, formulando dentro de sua loucura quase que um... conto de fadas. E o que é visto em quase todos os contos de fadas? Cantoria. E é exatamente neste ponto que eu queria chegar.

Imaginem uma versão da Arlequina no início de sua trajetória, completamente perturbada e ao mesmo tempo fascinada pelo personagem do Coringa. Nós telespectadores – talvez não nós fãs, mas o público geral – não conseguindo compreender de onde vem este amor e o porquê ela aceita um relacionamento tão abusivo, até que, finalmente, vemos o mundo pelos olhos da personagem e um número musical se inicia. O mundo antes escuro e sombrio, agora se transformaria em um show da Broadway. Tristeza viraria alegria. Dor viraria música. E o abuso? Se tornaria amor – bom, aos olhos da personagem, pelo menos.

Vejam, eu não estou propondo que tudo vire galhofa e o Joaquin Phoenix saia vestindo um tutu de ballet para cantar. Estou apenas propondo, assim como no primeiro filme, um momento claro de transformação da personagem carregado pela música. Mas enfim, este é penas uma visão de um nerd com tempo de sobra.

Espero que vocês tenham gostado deste breve devaneio meu e que, pelo menos por um breve momento, eu tenha trazido vocês para o lado musical da força! Espero ouvir a opinião de vocês nas nossas redes sociais e nos comentários deste texto.