Mês do Orgulho Nerd: Star Trek


A JORNADA DA ERA

Há muito tempo - 54 anos -, através da imaginação de um ex-policial e roteirista, chamado Gene Roddenberry, nascia uma das maiores franquias Geeks que o mundo já viu. Sua criatividade estava nas estrelas, mas seu sucesso não era estelar; ainda. O mundo já tinha visto ficção científica, era como um sopro revigorante na década de 60, porém esse cenário não facilitou o encaminhamento de Star Trek.


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O piloto da série Jornada nas Estrelas foi desenvolvido em 1964. O famoso Leonard Nimoy (o Spock) estava presente, e assim foi pelo resto da série. Após um segundo episódio piloto, em 1965, a série deslanchou por caminhos desconhecidos: os corações dos aficionados de ficção científica e dos adolescentes. Apesar de ter sido cancelada, em 1969, pela emissora original: a NBC, Star Trek foi um sucesso. Alô, Treks? Aqui é a Frota Estelar.

Devido ao sucesso da série entre os fãs, a Paramount lançou a Enterprise em uma nova missão: conquistar o mundo desconhecido do cinema. Uma avalanche de filmes, com o Capitão Kirk e o querido Spock, embarcou no cinema por mais de uma década. De 1979 a 1991, foram feitos 6 longas ao total, começando pelo Star Trek: The Motion Picture, dirigido e escrito pelo próprio Roddenberry. Jornada nas Estrela III: À Procura de Spock contou com Limoy como diretor. O intérprete de Spock foi tão bem sucedido, que dirigiu Jornada nas Estrelas IV, em 1986, conseguindo bater o recorde de bilheteria.


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“Espaço: a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise. Em sua missão de cinco anos... para explorar novos mundos... para pesquisar novas vidas... novas civilizações... audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve.”

Com um lampejo de criatividade, sem seu criador, Star Trek prosseguiu nas telinhas com a história de um capitão e protagonista negro, o Benjamin Sisko (Avery Brooks), e sua tripulação em uma estação espacial, a Deep Space Nine. A série desenrolou diversos arcos interessantes que se interconectam ao longo dos episódios. O show trouxe ao roteiro conflitos interpessoais que tumultuaram a trama de forma a sempre deixar o telespectador curioso e ávido para o próximo capítulo.

A TV estava garantida, A Próxima Geração, com o capitão Picard, foi para o cinema em 1994 com Jornada nas Estrelas: Generations. No ano seguinte, foi a vez de uma mulher comandar uma nave da frota estelar com Jornada das Estrelas: Voyager. As aventuras da capitã Kathryn Janeway duraram 7 temporadas - assim como as outras séries; sendo encerradas em 2001. Porém, a franquia estava aos poucos ficando desgastada. Muitos spin-offs e constantes aparições no cinema fizeram com que o décimo longa da franquia, Nêmesis, fosse um fracasso... só que não!

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MISSÃO: EXPANDIR

Longe de se dar por vencida e, com os sucessos das séries na mão, a franquia tentou se salvar com Enterprise, um spin-off que se passava um século antes de Kirk. A série só durou até 2005. Talvez, ali se dava por encerrado o mundo galáctico com mais de 700 episódios e 10 longas.

UMA TRAGÉDIA

O terceiro longa desse novo conjunto de séries veio cheio de sentimentos mistos. Um novo diretor, Justin Lin, poderia fazer toda diferença, e fez! O filme foi hilário. Um novo roteirista, Simon Pegg, poderia acrescentar mais, e fez: os diálogos eram a cara dos fãs e as cenas de ação tão bem colocadas. Era um blockbuster com alma de clássico, porém ainda com sentimentos mistos. 

Em 2015, Leonard Nimoy faleceu deixando vários fãs de coração partido. Em 2016, ano de estréia do filme; Anton Yelchin, que interpretava o russo Pavel Chekov, também faleceu em um acidente. A franquia, tão ardente e divertida, já não brilhava mais em seu próprio aniversário de 50 anos. O mercado dos Geeks e sucesso de bilheteria apertou demais.

UM RECOMEÇO


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Para acalentar os fãs clássicos, Star Trek: Picard chegou à televisão através da CBS, com o retorno de muitos personagens e atores queridos. A série retomou Brent Spiner como o andróide Data; Jonathan Frakes, como o comandante William T. Riker; Marina Sirtis, como a conselheira Deanna Troi; Jeri Ryan, a Sete de Nove de Star Trek: Voyager, e outros. Mais do que contentes, os Trekkies já renovaram essa série e vem por aí uma segunda temporada. Em uma reviravolta, os Trekkies ganharam um presente através da série Star Trek: Discovery. Nas mãos de uma protagonista feminina, Michael Burnham, a série cai nas graças da crítica e caminha para sua terceira temporada. Burnham não é capitã nas telinhas, ela é uma oficial humana que foi criada pelos pais de Spock e que, abordo da USS Discovery, vai causar muita confusão.

A NOVA FASE



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Em 2009, com o elegante Chris Pine e companhia, Star Trek voltou com sua tripulação clássica e excelentes efeitos visuais. Até mesmo Nimoy voltou como o Spock de outra linha do tempo (Ops, spoiler) e os Trekkies reviveram sob o poder do diretor J.J.Abrams (Sim, o cara do Star Wars). Com altíssima aprovação da crítica, os fãs só tinham que esperar por uma continuação. E ela veio… devagar, mas muito sólida sob a forma de Star Trek: Into Darkness. O filme trouxe diversão e mais ação dentro do poder que uma sequência tem: nunca é tão bom quanto o primeiro.

O MUNDO AMA SER TREKKER

Para além dessa produção incrível, que variou entre décadas, a franquia tinha uma história humana para contar através de documentários. Muitos eram sobre as produções e até mesmo sobre os fãs; porém nenhum deles chegou tão perto do coração como Pelo Amor de Spock, em 2016, e Love, Antorcha, em 2019. Os dois mantiveram de forma intimista o retrato dos atores dos filmes. É duro lembrar que, por trás de uma aventura tão longa quanto Star Trek, há sempre a volta para casa.

Muito mais que uma franquia, Jornada nas Estrelas se espalha por todos os lugares quando não há esperança. Ela reside nas séries de TV, nos filmes, nos desenhos animados, nos quadrinhos, nos jogos, nas convenções, nos gestos e além de tudo, nos corações dos fãs de diversas idades, gêneros e tamanhos. Todos nós já desejamos estar na Enterprise, com a tripulação ideal, a caminho de uma aventura estelar. Afinal, a vida é uma aventura a mundo desconhecidos. As pessoas são desconhecidas. Quem sabe, um dia, a humanidade possa viver essa ficção científica tão amada.

Confira abaixo as matérias especiais do Mês do Orgulho Nerd!

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