Relembrando: Para Sempre Cinderela

As releituras de contos de fadas existem desde sempre, seja na literatura ou seja no cinema. E uma das histórias mais recontadas com certeza é a da gata borralheira e seu sapatinho de cristal, que atende pelo nome de Cinderela. Inclusive nos anos 2000, surgiu a franquia A Nova Cinderela, que são releituras modernas.

Porém, estou hoje aqui para falar de uma outra releitura, o filme de 1998: Para Sempre Cinderela ou Ever After, no original. Baseado no livro de Charles Perrault, o filme foi dirigido por Andy Tennant, com roteiro de Susannah Grant, Andy Tennant e Rick Parks. O elenco conta com Drew Barrymore, Anjelica Huston, Dougray Scott, Patrick Godfrey, Megan Dodds, Melanie Lynskey e outros.

Ele tem 91% de aprovação no Rotten Tomatoes, com média de 7.5 de 10.





No começo do filme, a rainha da França chama dois irmãos para visitar seu castelo. Esses irmãos são os famosos Irmãos Grimm. Ela quer conversar sobre a história da Cinderela, quer contar a versão verdadeira dessa história.

E então, o filme entra na história de Danielle de Barbarac que, quando criança, vivia apenas com seu pai e os empregados da casa. Quando ela tinha oito anos, seu pai se casou novamente e trouxe a madrasta com as duas filhas para viver em sua casa. Poucos dias depois, seu pai morre em frente do portão da casa, quando estava saindo para uma viagem. Então, passam alguns anos e a vida está bem diferente, Danielle agora ajuda nos serviços da casa, juntos com os únicos três empregados que sobraram.


Uma bela manhã de Sol, roubam o cavalo da propriedade e Danielle aborda a pessoa e só depois ela descobre que é o Príncipe, que fugiu novamente do castelo. Ele compra o silêncio dela com algumas moedas. Mais tarde, usando as moedas que recebeu, Danielle se veste acima de sua real posição e vai ao palácio para salvar Maurice, que é um dos empregados, de ser levado as Américas. Nesse ínterim, ela reencontra o príncipe e mente - usando o da mãe - o seu nome para ele. O príncipe acaba interessado nela e o filme desenvolve dai.











Mas, o que faz esse filme ser tão diferente?


Tudo nesse filme acontece de maneira tão natural. E é maravilho de assistir o amor da Danielle e do Henry (o príncipe) nascendo. Eles que conhecendo de forma tão natural, que a gente nem percebe o filme passar. Mesmo com toda a mentira que ela inventa de ser uma Condessa.


O futuro monarca estava com um casamento arranjado a caminho, mas o seu pai fez um acordo com ele de que se encontrasse uma pessoa, ele não precisaria se casar com a princesa espanhola que estava destinado. Então, Henry já tinha um certo interesse de fugir do casamento arranjado.


Ele se interessa por Danielle por conta da citação que ela faz ao livro Utopia - que foi o último livro que o pai dela trouxe para casa. É pela inteligência dela!


Os dramas e atritos da Danielle com as meias-irmãs e a madrasta vão muito além da corrida pela mão de um homem. Um dos pontos altos do filme é a cena em que elas brigam por conta do vestido da mãe. Rola até um soco muito bem dado!


Sem contar que a Danielle é uma personagem super independente, inteligente. Ela vai sempre atrás do que quer, mesmo que algumas vezes as circunstâncias a deixem sem ação.


E no final, ela sequer precisa ser salva. Ela o faz sozinha!


Ela não queria se apaixonar e nem se casar, apenas aconteceu. E o filme deixa isso claro! A pessoa em questão ser da realeza é só um detalhe.


Sem contar o fato de personagens bem marcantes. Os empregados, a madrasta, as irmãs, Gustave - o melhor amigo de Danielle. E destaque para a "fada madrinha" que é o Leonardo da Vinci.


Por isso que eu costumo dizer, brincando, que uma parte da minha alma feminista mora dentro desse filme.








Para Sempre Cinderela é um clássico, sem dúvidas.


Quem não assistiu, essa é a chance de conhecer e admirar uma das melhores releituras de contos de fada. E quem já viu assim como eu, por que não ver de novo?

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