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Brew é aquele tipo de jogo que conquista imediatamente pelo visual: personagens carismáticos, estética delicada, atmosfera acolhedora. Ele tem todos os ingredientes para ser um título memorável — mas acaba escorregando ao apostar em uma estrutura roguelike já bastante saturada no cenário indie, desperdiçando parte do seu potencial.
Quando a Jogabilidade Não Acompanha o Carisma
A base de Brew funciona, e funciona bem: controles responsivos, movimentação fluida e um combate simples, porém direto ao ponto. O problema é que, em vez de abraçar seu potencial como um jogo de aventura encantador, Brew escolhe seguir o caminho já batido dos roguelikes.
As áreas geradas proceduralmente e o ciclo de repetir e recomeçar — características comuns do gênero — tornam a experiência familiar demais. Não há grandes surpresas, e o jogo corre o risco de se misturar a tantos outros títulos que fazem exatamente a mesma coisa. Há talento e boas ideias aqui, mas elas não chegam a ser exploradas em profundidade.
Um Mundo Visualmente Encantador
Se há algo em que Brew realmente brilha, é em seu visual. A arte é bonita, acolhedora, acessível e traduz um mundo cheio de personalidade. Cada personagem parece ter vida própria, cada cenário tem charme, e tudo contribui para uma estética que poderia facilmente sustentar um jogo de aventura mais narrativo.
O estilo gráfico é, sem dúvida, o ponto mais forte da experiência.
Um Enredo Simples, Mas com Potencial
Em Brew, acompanhamos um aprendiz de alquimista que deve restaurar o equilíbrio mágico de sua ilha, coletando ingredientes, enfrentando criaturas estranhas e dominando diferentes poções.
A narrativa é simples e objetiva, servindo mais como pano de fundo para justificar as runs do roguelike do que como um elemento realmente central da jogatina. Ainda assim, o universo mostrado tem carisma suficiente para despertar interesse — especialmente para quem aprecia fantasia leve e mundos aconchegantes.
Trilhas Que Criam o Clima Certo
A trilha sonora de Brew segue o mesmo espírito da direção de arte: simples, charmosa e agradável. Jogadores comentam que as músicas cumprem bem o papel de criar uma atmosfera relaxante e acolhedora, ainda que nenhuma faixa se destaque de forma marcante.
Nada impressiona profundamente, mas tudo funciona no que se propõe a fazer.
Conclusão – Um Jogo Cheio de Encanto, Mas Sem Coragem de Arriscar
Brew poderia ter sido um ótimo jogo de aventura — sua estética, seus personagens e seu universo pedem isso. No entanto, ao apostar em uma estrutura roguelike convencional, o jogo se torna apenas mais um no meio de tantos outros.
Ainda assim, seu visual encantador e sua atmosfera calorosa tornam a experiência agradável, especialmente para quem gosta do gênero e não se incomoda com a repetição típica dele. Brew é simpático, bonito e funcional — mas carece daquele toque de ousadia que o faria realmente se destacar.





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