Crítica: Pantera Negra


Pantera Negra é visto hoje como um dos melhores filmes da Marvel, e por um bom motivo. O longa conta a história do príncipe T’Challa, que volta para casa depois dos eventos do filme "Vingadores: Guerra Civil" e se torna rei de Wakanda, porém sua soberania é ameaçada por um forte adversário.

A trama traz inúmeros desafios para o personagem T’Challa, desafios esses que vão moldando o herói que ele se torna no final, por isso, apesar do personagem já ter aparecido em Guerra Civil, podemos considerar o filme como sendo a origem do herói Pantera Negra.
As atuações do filme são esplendidas, Chadwick Boseman entrega um herói mais sério e comedido, porém humano, um homem apaixonado pelo que faz, por sua família e, claro, pela mulher que ele ama, podemos ver claramente no ator o quanto ele se orgulha de fazer esse papel.

O núcleo feminino também entrega atuações incríveis, Lupita Nyong'o (Nakia) consegue entregar uma personagem gentil e descontraída, mas também forte e guerreira, assim como Danai Gurira (Okoye), que entrega uma guerreira mais severa e comprometida com sua nação. O destaque fica com Letitia Wright que interpretou a Shuri, irmã de T’Challa. Ela foi o alivio cômico do filme, sendo engraçada sem forçar em nenhum momento, pois sua personagem é realmente mais descontraída e alegre, e ela conseguiu passar isso muito bem com sua atuação.

Contudo, o ponto alto do filme foi, com certeza, o vilão principal. Michael B. Jordan nos mostra um vilão intenso e determinado, sua motivação não é apenas sólida, ela tem fundamento, o que faz com que os espectadores sintam empatia pelo personagem e até concordem com ele em certos momentos. Ele tem os motivos certos, mas faz as coisas de forma equivocada.

Enfim, o longa tem uma direção de arte incrível, assim como sua trilha sonora e uma representatividade espetacular, afinal, infelizmente, não é todo dia que vemos um elenco majoritariamente negro, sem contar com a representatividade feminina, mostrando mulheres em cargos de destaque na corte do rei. Todo esse conjunto que o filme traz fez com que ele fosse indicado ao Oscar de melhor filme, o primeiro filme de herói a ser indicado nessa categoria.


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