Arashi Gaiden entrega uma experiência competente em praticamente todos os aspectos: é carismático, divertido, desafiador, e ainda inova com sua jogabilidade tática veloz. Um game que redefine turn-based com movimento e adrenalina.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Statera Studio, Wired Dreams Studio
Distribuição: Nuntius Games, Vsoo Games
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Estratégia, Ação
Idioma: Portugues+
Plataformas: PC,
Tática com dash e adrenalina
A jogabilidade de Arashi Gaiden mistura estratégia por turnos com ação rápida — o chamado “dash-and-slash”. Você controla o ronin Shinji Arashi, que faz dashes rápidos, ataques com lâmina, shurikens, teletransporte e correntes que paralisam adversários
O jogo traz sete fases, com 20 salas cada — totalizando 140 desafios — e chefes estratégicos ao final de cada estágio. O uso de power-ups durante as batalhas exige bom gerenciamento e criatividade
Essa combinação transforma cada turno em um pequeno puzzle helicoidal: é necessário planejar com rapidez e precisão, onde cada movimento pode garantir vantagem ou ser fatal.
Pixel art com alma e precisão
O visual de Arashi Gaiden encanta. A arte é totalmente feita à mão em pixel art, com cenários variados do Japão — de telhados chuvosos a florestas de bambu — e design expressivo nos inimigos e chefões
Os efeitos como rastros de lâmina vermelha, teletransporte crepitante e armadilhas mecânicas conferem vida ao pixel art retro, dando charme nostálgico com polimento moderno. Um equilíbrio admirável entre estética clássica e fluidez contemporânea.
O design, inclusive, remonta outro jogo da Statera Studio: Pocket Bravery, principalmente pelo fato de se passarem no mesmo universo, o fato de manterem essa coesão artística favorece o jogo.
Ronin, redenção e relíquias
Em Arashi Gaiden, você é Shinji Arashi — um ronin convocado por seu ex-mestre Lobo para recuperar três poderosas relíquias japonesas roubadas pela organização criminosa Matilha aliada à ninjas renegados
Ambientado no universo de Pocket Bravery, o jogo amplia o lore, explorando temas de traição, redenção e legado, com uma narrativa minimalista que funciona como pano de fundo emocional em meio ao caos tático
Em muita medida, a história de Arashi Gaiden lembra, e muito, os clássicos filmes de artes marciais dos anos 80, juntando bastante ação, um plano de fundo clássico/urbano junto a uma simples, mas boa evolução dos personagens
Trilha Sonora: eficiente, mas discreta
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Nuntius Games/Divulgação |
Ação tática afiada como lâmina
Arashi Gaiden é um excelente exemplo de inovação indie nacional: é divertido, desafiador e visualmente doído na medida certa. Sua mescla de estratégia por turnos com ação em tempo real cria uma dinâmica única que parece redefinir o gênero.
Apesar da narrativa contida e trilha sonora contida, o game se sustenta nas mecânicas bem executadas, gráficos esmerados e na progressão desafiante. Seu design habilidoso faz de Arashi Gaiden uma joia rápida e afiada.
Cópia de PC cedida para análise
Nota Final: 8/10
Pontos Positivos:
✔️ Jogabilidade inovadora “dash-and-slash” em turnos eficientes e intensos
✔️ Arte pixel feita à mão, rica em detalhes e charme visual
✔️ Desafio coerente e crescente, com power-ups e chefes criativos
Pontos Negativos:
❌ Somente uma trilha sonora funcional, sem faixa marcante
❌ Campanha enxuta (~5 horas), o que limita a duração para alguns