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É fã do universo pirata? Descubra essa atração imperdível em Santa Catarina!

Reprodução/internet

A Aventura Pirata é uma atração turística imperdível em Balneário Camboriú (SC), oferecendo uma experiência envolvente, histórica e cheia de atividades. 

Entre as principais atrações estão teatro, jogos interativos, cinema temático, museu pirata e uma loja de souvenirs.


                                                 

Acervo pessoal


               
Acervo pessoal

               
Acervo pessoal

               
Acervo pessoal

               
Acervo pessoal

O que mais me encantou foi a interatividade com os personagens, que realmente fazem você se sentir em um mundo de piratas. A decoração e a arquitetura do ambiente são inspiradas em um autêntico navio antigo, criando uma imersão completa.

Logo na recepção, é possível tirar fotos temáticas e adquirir as imagens como recordação para levar para casa. 

Durante toda a visita, os "piratas" tratam os visitantes como se estivessem a bordo de uma embarcação pirata de verdade, e as interações são muito divertidas.


                                                                           

                                                                       Acervo pessoal

Entre as atividades, você poderá participar de jogos de canhão e tiro, que adicionam ainda mais emoção à experiência. O museu do espaço exibe uma coleção de itens piratas, incluindo peças reais, como uma carcaça de tubarão, que tornam a visita ainda mais fascinante. Além de se divertir, você consegue adquirir conhecimentos históricos e educativos sobre o fabuloso mundo pirata.

                                                  

                                                                       Acervo pessoal

                                                  

Acervo pessoal


Na saída, a loja de souvenirs oferece uma variedade de itens temáticos, perfeitos para levar como lembrança ou presentear alguém especial.

                 
Se você é fã de histórias de piratas, como Piratas do Caribe, certamente vai se encantar com a Aventura Pirata! Ela está localizada na Av. Atlântica, 4530.
Conheça o Aventura Pirata



Cultura | Euphoria, Breaking Bad e música: drogas são um produto cultural



Na arte, as drogas sempre cobram um preço, independente da sua relação com elas. Mas será que a arte já fez uma autocritica sobre sua relação prática com as drogas?

Cuidado, pode ser que o seguinte tema possa causar desconfortos.

Felicidade sintética

Fonte: Reprodução Euphoria

“Todas as drogas são uma perda de tempo. Elas destroem sua memória, seu respeito e tudo que tem a ver com a sua autoestima. Elas não são boas de forma nenhuma.” – Kurt Cobain.

Amadas pelo público e figurinhas carimbadas no Emmy, Euphoria e Breaking Bad provavelmente são as series sobre drogas mais adoradas, e cada uma com uma excelente abordagem. A jornada de Walter White em sua decadência, ou descoberta interior, é uma história muito densa. As reviravoltas e conflitos de Breaking Bad nos fazem refletir sobre nós mesmos em muitos momentos.

Apesar de Walter White ser a cara da série, a cara mais odiada provavelmente, é difícil existir fã que não tenha fortes sentimentos sobre o Jesse. Desde o começo sabemos as escolhas erradas e fardos que o personagem carrega, e mesmo tendo em mente as coisas que ele fez, é claro que o personagem machucou mais a si mesmo do que outra pessoa.

Talvez essa autodestruição de Jesse seja um ponto de encontro entre Euphoria e Breaking Bad, até porque a Rue deve ser a campanha contra as drogas mais efetiva para um jovem. Euphoria nunca diz em linhas diretas para o espectador não usar drogas, nem mesmo Breaking Bad faz isso, mas o espectador tem ciência que elas são o argumento do conflito.

Sem romantizar ou demonizar, essas duas séries mostram do seu modo apenas a realidade. É maravilhoso ver os beijos, romances, músicas e roupas de Euphoria — há uma catarse muito eficiente no ambiente da série. Mas todos sabem que isso não vai durar pra sempre. Talvez essa seja a melhor figura de linguagem entre a série e as drogas.

A realidade que não é a realidade

Fonte: Psicodelia.org

“Droga é o segundo copo de água quando o primeiro matou a sede” – Yoko Ono.

A relação da música com as drogas é um fato, não há como negar que estilos musicais transformaram essa junção em um estilo de vida. E essa afirmação não é uma demonização a algum tipo de musica especificamente, muito menos aqueles gêneros já marginalizados, como rap ou funk.

Todo estilo musical abraçou algum narcótico como estilo de vida — o trap tem o lean, o rock dos anos 60/70 tiveram o ácido, assim como sertanejo ou funk têm o álcool. Em toda festa ou show há algo para ser consumido, independe de qualquer aspecto social, jovens de qualquer lugar estão ouvindo e ingerindo as mesmas coisas.

Sendo assim, é possível concluir que em certos contextos e locais a arte e as drogas são um mesmo objeto, um produto cultural. Uma pessoa pode concluir que seus lazeres são ouvir música, beber uma cerveja e jogar algum jogo — todos esses fatores somam em um alívio que poderia ser descrito como alienação. Contudo, não é certo atacar esse tipo de hábito, pois as pessoas estão apenas vivendo e se divertindo — e nunca é certo atacar uma cultura ou modo de se descontrair. Porém, a arte e a cultura têm propósitos opostos às drogas.

Estar vivo não é o suficiente

Imagem: Era uma Vez em... Hollywood (2019)


“Eu sonho com minha pintura e pinto meu sonho.” – Vincent Van Gogh.

Uma vez meu professor de literatura disse uma coisa que mudou minha vida — em uma aula ele queria dizer o porquê dos artistas começarem a dar mais significado para sua criação, então ele disse: “a arte existe porque a vida não basta, não dá mais para pintar paisagens e retratos”.

Um filme, livro ou série não é competente só quando agrada ou diverte o fã, ele é competente quando te passa uma sensação. Se alguma vez você ficou pensando por muito tempo sobre alguma mídia, seja lá qual for o motivo, o artista que criou ela cumpriu seu papel.

O ser humano conheceu a beleza e a tristeza no mesmo instante: no momento em que sua consciência foi concebida. A vida é horrível... Mas se um filme sobre uma família judia no holocausto se chama “A Vida é Bela”, quem sou eu para compreender o propósito de estar vivo?

Se você precisa de respostas e de ajuda para estar vivo, procure ajuda e amparo médico. Porém, se você precisa de dúvidas e motivos para viver, procure a arte.

Um pensador francês chamado Pierre Chaunu comparou dois ditadores políticos com uma analogia muito boa, mas como esse é um artigo sobre cultura, vamos adaptar sua citação para o intuito dessa matéria: a arte e as drogas são gêmeos heterozigotos, duas faces de uma mesmo moeda. Ambas nascem da vontade de buscar alguma coisa. Entretanto, uma delas é uma arma poderosa de libertação, enquanto a outra é uma arma igualmente poderosa de destruição.

Cultura | Como Watchmen destruiu a indústria de quadrinhos

Toda boa obra de arte vanguardista traz consigo uma influencia póstuma enorme, o que não seria diferente com a EXCELENTE graphic novel Watchmen, mas será que sua influência foi tão boa quanto seu conteúdo?

 Obra-prima

Fonte: Omelete

“Desde o começo, eu queria que cada página de Watchmen fosse muito claramente uma página de Watchmen, e não de qualquer outro quadrinho. De forma perversa, quanto mais íamos contra o esquema Marvel de desenhar, mais ficávamos contentes.” – Alan Moore.

Vencedora de quatro prêmios Eisner, Hugo de literatura, presença em listas de melhores romances, entre outros reconhecimentos, Watchmen é um marco para a história dos quadrinhos. Entretanto, isso não foi um mero acaso, Watchmen se fez especial em todos os aspectos que construíram a obra.

Desde suas histórias na DC com o Monstro do Pântano, Moore já havia experimentado diversos temas, linguagens e desenhos. A confiança em Moore era tanta que, no fim da era de ouro dos quadrinhos, a DC Comics escolhe Alan Moore como roteirista da história do Superman que fecharia essa era.

Então, em setembro de 1986, a DC começava a publicação de Watchmen – uma graphic novel de 12 capítulos com roteiro de Alan Moore e ilustrações de Dave Gibbons. A história era focada em um universo sombrio, com heróis e situações sociopolíticas muito densas e reais – o que era uma subversão à época. Watchmen desde sua primeira página desconstrói o que era comum de quadrinhos de super- heróis até então. Seus traços são inspirados em artes fora do nicho – como o desenhista Wally Wood – sua formatação de quadros e páginas eram inspirados em modelos europeus e seus super-heróis estavam muito longe de serem “os mocinhos”.

Assim, Watchmen desconstruía muito bem o gênero de quadrinhos. Diversas vezes seus personagens são colocados em conflitos éticos – a importância da responsabilidade dos atos de seus personagens são discutidas constantemente, a função de heróis em tramas políticas entre governos são questionadas, fora o peso que tais situações trazem para a vida pessoal dos “super-heróis” da série. É fato que Watchmen mudou a visão sobre heróis, os termos “anti-herói” e “quadrinhos sombrios” são outros depois de Watchmen.

Entretanto, toda essa aclamação trouxe diversos fãs para a HQ – como também trouxe diversos interessados em replicar o que o quadrinho fez. Toda editora queria ter seu Watchmen, e todo artista queria também desconstruir os super-heróis. Porém, nem todos são Alan Moore.

A subversão se torna status quo

Fonte: Polygon

“Tem havido, nos anos que se seguiram ao lançamento de Watchmen, uma grande quantidade de quadrinhos devotados a essas histórias violentas, pessimistas, sujas e soturnas. As quais meio que fazem uso de Watchmen para validar o que são. Com efeito normalmente histórias bem desagradáveis, que não tem grande conteúdo. Parece que a existência de Watchmen havia dominado a indústria de quadrinhos mainstream, com algo em torno de 20 anos de histórias pretensiosas, em geral sombrias, incapazes de contornar o bloco maciço que Watchmen havia se tornado. Embora essa nunca tenha sido minha intenção com a obra.” - Alan Moore

Após diversas tentativas de editoras e artistas emplacares “seus Watchmens”, agregado aos desentendimentos que Moore teve com a DC Comics, Alan deixou de produzir histórias de super-heróis – se dedicando a quadrinhos do circuito mais underground. O melhor roteirista da história dos quadrinhos foi comido pelo seu impacto.

Essa relação de Moore com a indústria de quadrinhos é um aprendizado sobre originalidade e identidade para artistas – não importa o quanto você é fã e ama uma obra, ela já foi escrita por outra mente. As pessoas estavam tão interessadas em repetir a desconstrução que Watchmen fez que acabaram, não intencionalmente, criando uma nova construção pretensiosa sobre quadrinhos.

O fenômeno de heróis sombrios, que ultrapassou até mesmo a barreira da HQ, causou uma confusão na essência de um super-herói. A primeira edição da Action Comics traz um Superman que protege mulheres de agressores, bate em políticos corruptos e, ademais, traz um símbolo de esperança para o povo. A crítica dos anti-heróis não seria nada sem o símbolo dos super-heróis - a indústria das HQs se perde ao desrespeitar o legado, tanto do Alan Moore, quanto dos roteiristas e desenhistas clássicos que  criaram os heróis que tanto gostamos.

“Eu gostaria de ter visto mais pessoas tentando fazer algo que fosse tecnicamente mais complexo que Watchmen, ou tão ambicioso, mas que não tocassem tão repetitivamente os mesmos acordes que ela dedilhou.” – Alan Moore.

Somente anos depois autores, como Grant Morrison com Grandes Astros: Superman, conseguiram fazer a desconstrução da desconstrução de Watchmen.