Divulgação/Filmelier+
Assisti recentemente a Favorita do Rei, filme protagonizado por Johnny Depp, e o filme me surpreendeu. Ao mesmo tempo que entendi mais sobre a história da França através do dinamismo social da realeza, senti falta de uma atuação mais engajante com a audiência, o famoso friozinho na barriga.
Ficha Técnica:
Direção: Maïwenn
Roteiro: Maïwenn, Teddy Lussi-Modeste e Nicolas Livecchi.
Produção: Johnny Depp, Grégoire Sorlat e Pascal Caucheteux
Distribuição: Filmelier+
Gênero: Drama histórico biográfico
Idioma: Francês
Classificação Indicativa: 14 anos
Produção: Johnny Depp, Grégoire Sorlat e Pascal Caucheteux
Distribuição: Filmelier+
Gênero: Drama histórico biográfico
Idioma: Francês
Classificação Indicativa: 14 anos
Sinopse:
Jeanne du Barry é filha ilegítima de uma costureira e se torna amante oficial do rei Luís XV para ascender socialmente na corte francesa. O filme é um drama histórico que conta a história de uma jovem ambiciosa que utiliza seu charme para escapar da pobreza. O relacionamento escandaloso dela com o Rei atrai intrigas e desafios com os nobres e Jeanne fará de tudo para manter sua posição privilegiada ao lado do monarca.
Resenha:
A Favorita do Rei me apresentou de forma única a história da França, explorando os relacionamentos nobres e como o país enfrentava dificuldades através de críticas sutis. Eu estava curiosa para entender um pouco mais dos personagens principais desta história.
Na produção acompanhamos de perto a protagonista, desde os motivos que a levaram a se tornar uma acompanhante de luxo até o fim de sua vida. O roteiro consiste principalmente no desenvolvimento do casal Jeanne e Rei Luís, que inicialmente se encanta por sua beleza, mas se apaixona por sua sabedoria.
Inicialmente, achei interessante como a diretora nos apresentou a personagem não como uma pessoa vulnerável, mas sim uma mulher que escolheu seu caminho consciente das consequências. Ao vermos diálogos que Jeanne sabia que a outra alternativa de sobrevivência era um caminho semelhante à sua mãe e seus valores se baseavam em sabedoria e euforia, que não concordam com esse fim.
Jeanne é uma mulher que ama, odeia e sente, principalmente. O filme mostra como ela cuida do filho do Conde de Barry como se fosse seu próprio, ao sentir vergonha em frente à nobreza por sua falta de etiqueta e se apaixonando pelo rei. O roteiro parece ter sido pensado para humanizar Jeanne, sem perder a essência bibliográfica.
Maïwenn dirige a produção centrada na protagonista, mas falta o desenvolvimento de outras histórias, principalmente do rei. Senti falta de Depp uma presença na tela, sua atuação não transmitia emoções, não conseguia interpretar o que ele estava sentindo em praticamente todas as cenas. Obvio que o rei é uma pessoa centrada e calma, mas ele também é um ser humano.
Com a apresentação da sucessora da rainha, Maria Antonieta, gosto como o roteiro demonstra a vulnerabilidade do lugar social de Jeanne e como ela era constantemente ameaçada e julgada, e mesmo assim perseverou. Apresentam a fartura da monarquia e ela simplesmente não abre mão de sua personalidade forte e divertida.
A fotografia do filme é linda, traz cenas no próprio Palácio de Versailles. Com o decorrer da história, a fotografia vai escurando e dada a subjetiva interpretação da tristeza que Jeanne sente. Porém, em alguns momentos, o ritmo é lento demais se delongando em situações que realmente não são emocionantes.
Veridito
A favorita do Rei me apresentou a história não só de Jeanne du Barry, mas de toda a França pré-revolução. Reconheço suas qualidades de fotografia e desenvolvimento, mas acredito que a encenação deixou a desejar, principalmente de Depp, que é reconhecido por sua excelência.
Não é um filme de fortes emoções, mas é bem informativo e completo. A trama da jovem é humanizada e dramática. Se o objetivo do roteiro e da produção era ser uma experiência histórica, eles acertaram em cheio.
Cópia cedida para análise por Filmelier+.
Disponível em: Prime Video
Nota final: 6/10
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