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Z-Software GmbH/Divulgação |
Dustwind: Resistance é um jogo de combate tático em tempo real com elementos de RPG e sobrevivência pós-apocalíptica.
Ele oferece uma experiência intensa e estratégica, onde cada bala conta e cada passo pode ser o último. O game traz uma campanha solo densa, repleta de decisões difíceis e combate desafiador, ambientado em um mundo árido, devastado por guerras e traições.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Z-Software
Distribuição: Z-Software, Dustwind Studios
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação, RTS, Estratégia
Idioma: Inglês, Português, Espanhol, +
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series
Sobrevivência com cérebro e sangue frio.
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Se você gosta de estratégia com consequências, como eu, Dustwind: Resistance vai te prender fácil. Aqui, não dá pra sair correndo e metendo bala como se fosse um FPS. A vibe é muito mais “pé no chão”. Cada movimento importa e, se você vacilar, é morte certa. Particularmente, é um aspecto que me agrada — torna o jogo mais realista, já que ele não tenta, em momento algum, maneirismos exagerados ou mirabolantes. É um jogo direto, o que pode agradar ou desagradar alguns jogadores.
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O combate é o coração do jogo: pesado, deliberado e difícil. Não espere mira automática ou cobertura generosa — você precisa pensar como num xadrez de balas. O jogo oferece diversas ferramentas: armadilhas, drones, granadas e um vasto arsenal. Cabe a você montar sua build, personalizar seu estilo de luta e se adaptar.
A IA dos inimigos é competente. Eles vão tentar te flanquear, chamar reforços ou te encurralar. Mas o mais legal é como Dustwind recompensa criatividade. Quer fazer uma emboscada com minas e distrair com um drone? Vai fundo. Quer invadir correndo, atirando pra todo lado e usar cura de emergência? Pode também.
Como amante de RTS, vejo em Dustwind referências claras a jogos como Fallout 1 e 2 e, mais recentemente, XCOM — títulos que adoro. E o jogo não decepciona: o combate é fluido e celebra sua criatividade, oferecendo múltiplos caminhos para cada situação. O que todo bom RTS deveria fazer.
Visual apocalíptico com identidade
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Os gráficos são funcionais, mas não são o ponto forte do jogo. O visual é seco, lembrando uma mistura de Fallout Tactics com Commandos, só que com menos polimento. O design das áreas é bem pensado, cada fase tem seu próprio ritmo e desafios. É feio com propósito — o tipo de feiura que combina com o mundo quebrado que retrata, mas que pode afastar quem busca visuais deslumbrantes. Pessoalmente, não me incomoda e não me tira da gameplay nem da história.
A interface, por outro lado, poderia ser mais amigável. Algumas ações exigem cliques demais e o inventário pode ficar confuso no calor do combate.
Conclusão
Esse não é um jogo para quem busca ação arcade ou gráficos cinematográficos. Dustwind é para quem gosta de jogos estratégicos, de ritmo lento, onde cada batalha importa. Vai agradar bastante quem curtiu Wasteland 2, Shadow Tactics ou os Fallout clássicos. Dá até pra dizer que ele homenageia esses jogos, sem perder a própria identidade e suas ideias.
O ritmo pode parecer arrastado no começo e a curva de aprendizado exige paciência. É um jogo punitivo, que não mede esforços para te castigar por decisões erradas. Mas, quando você entende o sistema, cada missão vira um quebra-cabeça viciante. É extremamente satisfatório quando tudo dá certo — ou ainda mais, quando quase dá errado e você escapa por um triz.
Dustwind: Resistance está disponível para PC, PS5 e Xbox Series, com 38 conquistas na Steam até o momento, para alegria dos caçadores de troféus.
Revisão: Gabriel Galdino
Nota Final: 9/10
Pontos positivos:
✔️ Combate
✔️ Campanha
✔️ Liberdade nas missões
✔️ Clima e ambientação pós-apocalíptica bem construída
Contras:
❌ Interface confusa em alguns momentos
❌ Ritmo pode ser lento demais para alguns jogadores
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