Critica - Men: Faces do Medo


Divulgação/Paris Filmes

Já não é de hoje que a produtora A24 tem se mostrado uma das mais interessantes aos cinéfilos em geral, escolhendo apostar em filmes com propostas diferentes e muitas vezes bizarras, que não agradam todos os espectadores. Não foi diferente com Men: faces da morte, filme dirigido por Alex Garland (Ex machina, Aniquilação), um Trillher Psicológico contestador, críptico e bizarro.

Na historia, acompanhamos Harper (Jessie Buckley), que em luto por uma perda, aluga uma grande casa no interior da Inglaterra, aonde acredita ser um bom lugar para passar após esse acontecimento. Porém, de uma hora para outra, um homem nu começa a persegui-la, levando a acontecimentos simplesmente bizarros.


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A estranheza permeia a obra a obra do inicio ao fim. Poucos diálogos, quase nenhuma trilha sonora, combinados com um direção afiadíssima, nos deixa com a sensação que algo pode acontecer a qualquer momento. O destaque aqui vai para a fotografia do longa que é simplesmente espetacular, principalmente na primeira metade do longo, investindo em enquadramentos grandes, mostrando toda a grandiosidade da natureza, ao mesmo tempo em que nos deixa com a sensação de desconforto e vazio.

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Falar mais do roteiro é tirar um pouco a graça do filme, então é necessário dizer que o mesmo, de forma um tanto quanto hermética, discute o papel da mulher na sociedade e em como elas são culpadas por tudo que acontece com os homens. Temas como violência doméstica e masculinidade frágil são recorrentes durante o longa. Dentro dessa questão, é extremamente interessante a inclusão de temas mitológicos e folclóricos dentro do assunto a ser abordado, lembrando muito outros filmes produzidos pela mesma distribuidora, como "Middsommar" de Ari Áster.


Divulgação/Paris Filmes

"Men", claramente não é para qualquer um. Ao decorrer do longa são mostrados vários conceitos que nem sempre são respondidos no próprio roteiro. Logo, é bem capaz que você saia do cinema sem entender muita coisa do que viu, mas o objetivo do longa vai é concluído a partir do momento em que deixa o espectador extremamente desconfortável e curioso, com a mensagem que quer se passada. vale a ida ao cinema e até mesmo revisitações ao longo do tempo, para tirar o máximo o que o longa tem a oferecer.

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