Crítica | O Destino de Haffmann (2022)

(Reprodução: O Destino de Haffmann)

O Destino de Haffmann chegou aos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 11/08, e nós, da Revista Jovem Geek, tivemos o privilégio de conferir, e indicamos como um ótimo programa para este fim de semana. O longa tem a produção comandada por Fred Cavayé e estrelado por Daniel Auteuil, Gilles Lellouche, Sara Giraudeau e Nikolai Kinski. 

A obra é inspirada em uma peça teatral de mesmo nome, de autoria de Jean-Philippe Daguerre. O filme é ambientado na Paris de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, com François Mercier, um homem comum que apenas deseja constituir uma família com sua mulher, Blanche. Ele também é funcionário de um talentoso joalheiro, o Sr. Haffmann, mas diante da ocupação alemã, os dois homens não tem outra escolha senão concluir um acordo cujas consequências, ao longo dos meses, perturbarão o destino deles.
(Reprodução: O Destino de Haffmann)

A narrativa do filme é básica e sentimos que o trailer revela algumas cenas que te empolgam para saber mais, mas já dá para entender o caminho que irá seguir. Para quem gosta de filmes com cenários de guerra, principalmente da época nazista, como “A Menina que Roubava Livros” e “Jojo Rabbit”, este será mais um prato cheio para se deliciar. 

O protagonista Joseph Haffmann vivido por Daniel Auteuil, apesar de simpático, se torna muito passivo em seu arco. Já Gilles Lellouche interpreta com maestria seu conturbado François, que apesar de parecer sem personalidade, revela-se um personagem rico e cheio de camadas. Nós sentimos as suas verdadeiras intenções, e entendemos seus motivos, mesmo não sendo ações justificáveis.
(Reprodução: O Destino de Haffmann)

Além disso, Sara Giraudeau, interpreta a doce e sonhadora Blanche com muita sensibilidade. Sentimos isso de forma mais complexa nas cenas agoniantes (em especial para mulheres) que nos faz ter uma grande empatia pela personagem, e desejamos que suas ações se concretizem. O filme é frio, principalmente na sua fotografia, refletindo o cenário que o projeto pede. Aqui não temos bombardeiros, mas temos invasões alemãs a cada momento, e é de roer as unhas. 

O longa é tão envolvente que essa estranha sensação é posta à prova aos espectadores. Não é inovador, não tem tantos pontos de virada, mas conforta. Nem sempre a inovação é o caminho, e aqui o que se destaca realmente são os arcos e os rumos interessantes que acompanhamos, diríamos até que o arco de Blanche é o melhor. Por fim, em geral, o filme tem alguns pontos que possam ser confusos (em especial uma cena no final dos créditos), mas nada que desestabilize o espectador e sua experiência com o longa.

2 comentários :

  1. Gostaria de entender a estória dos passaportes, poderia me ajudar?

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  2. Vou assistir agora e tento voltar aqui pra falarmos sobre isso.

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