Personagens LGBTQIA+ em séries e filmes



Continuando a homenagem à comunidade LGBTQIA+ nesse Mês do Orgulho, a Revista Jovem Geek preparou mais uma lista. Dessa vez, iremos abordar a representatividade nos personagens que compõem o audiovisual, tanto em séries quanto em filmes. Por muito tempo, a representação LGBTQIA+ nesses meios era algo muito escasso e sem profundidade, o que fazia com que os personagens fossem apenas representações de estereótipos que perpetuavam uma imagem deturpada dessas pessoas. Com o passar do tempo, foi possível ver um espaço sendo conquistado com personagens que não era resumidos somente a sua sexualidade, mas também tinham histórias complexas. Esses personagens são especiais e podem ser o entretenimento que você esteja buscando, confira:


- Personagens LGBTQIA+ em séries

1. Pray Tell (Pose)


Pose é uma série que mostra a vida da comunidade LGBTQIA+ durante o final da década de 1980, em Nova York. Pray Tell (Billy Porter) é uma figura emblemática para a famosa ballroom culture, em que ele atua como um Mestre de Cerimônia. Frequentemente visto como uma figura paterna e um guia para sua comunidade, ele passa por alto e baixo, enquanto lida com o seu diagnóstico de HIV e faz parte de um movimento militante para a conquista dos direitos dos LGBTQIA+.


2. Blanca Evangelista (Pose)


Não se pode falar de Pose sem mencionar Blanca (Mj Rodriguez). Ela é uma mulher trans que após descobrir que possui HIV decide formar a Casa Evangelista. Com um papel de matriarca, Blanca acolhe todos LGBTQIA+ que precisam de ajuda e os protege como seus próprios filhos.



3. Callie Torres (Grey's Anatomy)


Há uma falta de representação bissexual assumida no audiovisual como um todo, porém Callie (Sara Ramirez) é uma das fortes representações. A ortopedista da série médica é uma mulher forte, decidida e romântica. Ela se descobre bissexual ao longo da série e se relaciona com homens e mulheres. Callie também lida com o preconceito de sua família conservadora e com a legitimação de sua sexualidade.

4. Rosa Diaz (Brooklyn Nine-Nine)


Apelidada de B99, a série é uma sitcom que se passa em uma delegacia de Nova York e aborda questões sociais de forma relevante. Rosa (Stephanie Beatriz) é uma detetive extremamente lembrada por sua personalidade agressiva e misteriosa. Ela se descobre bissexual e tem um desenvolvimento muito natural a respeito disso. Ela também precisa lidar com sua família conservadora que não aceita sua sexualidade.

5. Capitão Holt (Brooklyn Nine-Nine)


O chefe do esquadrão policial é um homem negro gay assumido que enfrentou tanto o racismo quanto a homofobia para chegar em seu atual posto. É um personagem que quebra o estereótipo concebido de homossexual, mas sem nunca deixar sua sexualidade em segundo plano. Holt (Andre Baugher) é um personagem muito interessante pela sua polidez e competitividade excessiva, além de ser visto com uma figura paterna.

6. Kurt Hummel (Glee)


Glee é uma série marcante para toda uma geração de LGBTQIA+ e Kurt (Chris Colfer) foi um dos personagens mais marcantes. Ele é jovem artista que sonha com a Broadway e é uma representação muito interessante de um gay afeminado vivendo o ensino médio. A série musical mostra a aceitação da sua sexualidade, o momento de se assumir para o seu pai, as agressões físicas e verbais que sofrera pelo seu jeito, o seu amadurecimento como artista e o desenvolvimento do romance com Blaine (Darren Criss). 


7. Jules Vaughn (Euphoria)


Jules (Hunter Schafer) é uma das personagens principais da série Euphoria, da HBO, que traz jovens do ensino médio lidando com problemas típicos dessa fase. Ela é uma adolescente trans que se mudou de cidade após o divórcio de seus pais e tenta agora pertencer a esse novo lugar, enquanto desenvolve uma conexão especial com Rue Bennet (Zendaya).


8. Sophia Burset (Orange is the New Black)


A série se passa em um presídio feminino e possui várias representações LGBTQIA+, mas acredito que um dos destaques seja a Sophia Burset (Laverne Cox) uma mulher trans que foi presa por fraude. É uma personagem cativante, que tenta tirar o melhor das situações em que vive. Assuntos como lidar com o processo de transição e aceitação de seu filho e esposa fazem parte do arco da personagem.


9. Annalise Keating (How to Get Away with a Murder)


Annalise (Viola Davis) é uma das personagens mais fortes e complexas do mundo das séries da atualidade. É uma advogada que  durante a trama precisa criar redes e mecanismos de conspiração e mentiras para conseguir livrar ela e seus alunos de situações complicadas. Ao longo da série é mostrado que ela é bissexual e desenvolve relações amorosas com ambos os sexos. 


10. Lana Winters (American Horror Story)


Lana (Sarah Paulson) é a protagonista da segunda temporada de American Horror Story, intitulada de Asylum, a qual é considerada por muitos fãs como a melhor. A personagem é uma jornalista assumidamente lésbica, em uma época que sua sexualidade era considerada uma doença. Durante sua investigação a um hospital psiquiátrico dirigido por freiras, acaba caindo na mão de um psicopata com quem precisa lutar por sua liberdade.


11. Eric Effiong (Sex Education)


Eric (Ncuti Gatwa) é o melhor amigo gay do protagonista de Sex Education, famosa série da Netflix. A série trata de assuntos relacionados à adolescência e à sexualidade em um espectro geral. Eric representa um jovem alegre que tenta construir sua identidade mesmo que sua origem seja uma família muito religiosa e sofra bullying na escola.


12. Nomi Marks (Sense8)


O cancelamento de Sense8 ainda deixa muitas pessoas chateadas. A série apresentou personagens como Nomi Marks (Jaime Clayton) que foram muito marcantes para os espectadores. Ela é uma mulher trans e lésbica que vive com sua esposa Amanita e é uma hacktivista com sede em São Francisco. Durante a série, ela foge com sua esposa para buscar informações sobre BPO e seu novo status sensorial. 


- Personagens LGBTQIA+ em Filmes

1. Chiron (Moonlight - 2016)


Moonlight levou merecidamente o Oscar de Melhor Filme em 2017. O longa-metragem acompanha a história de vida de Chiron (Ashton Sanders/Trevante Rhodes), um jovem negro de baixa renda e LGBTQIA+. Ele precisa lidar com sua dura realidade, que envolve a repressão de sua sexualidade e uma mãe viciada em drogas. Barry Jenkins entrega um personagem muito complexo e com um desenvolvimento impecável. 


2. Elio Perlman (Call me by Your Name - 2017)


Elio (Timothée Chalamet) é um jovem de 17 anos que viverá ao longo da trama a descoberta do primeiro amor. Na Itália de 1983, o filme traz com muita naturalidade o desenvolvimento amoroso entre o personagem e Oliver (Armie Hammer), um estudante de arqueologia e assistente do pai de Elio.


3. Ennis Del Mar (Brokeback Mountain - 2005)


É impossível falar sobre cinematografia LGBTQIA+ sem mencionar a obra-prima de Ang Lee. Brokeback Mountain traz a história de amor entre dois cowboys, Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhaal), após se conheceram no verão de 1963, em Wyoming. Eles vivem um amor escondido por anos devido a sociedade da época, fazendo com que estejam em constantes fugas do cotidiano. 


4. Therese Belivet (Carol - 2015)


Therese (Rooney Mara) leva uma vida cotidiana sendo vendedora em uma loja de departamentos, contudo, tudo muda quando Carol (Cate Blanchett), uma mulher elegante e misteriosa, cruza seu caminho. Levada pela ingenuidade e descoberta do amor, Therese se envolve com Carol em uma relação que terá grandes consequências.


5. Leonardo (Hoje Eu Quero Voltar Sozinho  - 2014)


Leonardo (Guilherme Lobo) é um adolescente cego que leva sua vida de forma muito descontraída, apesar de suas limitações. Seu cotidiano muda com a chegada de Gabriel (Fábio Audi), por quem desenvolve uma paixão que é construída de uma maneira muito especial e natural durante o longa.


6. Salvador Mallo (Dolor y Gloria - 2019)


A mais recente obra do diretor Pedro Almodóvar traz um estudo de personagem muito interessante e bonito. O longa conta a história de Salvador (Antonio Banderas), um cineasta em declínio que busca sentido em sua vida, enquanto relembra sobre sua infância e sua primeira paixão.


7. Makena Mwaura (Rafiki - 2018)


Kena (Samantha Mugatsia) e Ziki (Sheila Munyiva) escolhem ser amigas mesmo que suas famílias sejam rivais. Porém, uma amizade se transforma em amor e agora o risco se torna maior, pois a sociedade queniana ainda é muito conservadora e reconhece a homossexualidade como um crime


8. Marina (Una Mujer Fantástica - 2017)


Marina (Daniela Veja) é uma personagem trans no cinema interpretada por uma atriz trans. O filme chileno vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional traz a história dessa mulher que, após a morte de seu companheiro, precisa lidar com o preconceito da família dele. 


9. Patrick (As Vantagens de Ser Invisível - 2012)



Um filme memorável com a temática comig-of-age. O filme tem representatividade LGBTQIA+ com o personagem Patrick (Ezra Miller) que é uma peça fundamental da amizade entre os três protagonistas. Ele é um adolescente marcado por sua espontaneidade e confiança, mas que mostra também uma faceta confusa e vulnerável ao longo do drama. O filme mostra tramas típicos vivido na adolescência durante o ensino médio.


10. Clécio (Tatuagem - 2013)



Esse longa brasileiro se passa durante a ditadura militar, em que grupos de artistas teatrais desafiam a autoridade exacerbada da época. Um desses artistas é Clécio (Irandhir Santos), estrela de um grupo de teatro, e ele recebe a visita de seu cunhado militar Fininha (Jesuíta Barbosa), com quem passa a se envolver romanticamente.


11. Sin-Dee Rella (Tangerine - 2015)


Sin-Dee Rella (Kitana Kiki Rodriguez) é uma mulher trans que havia sido presa por 28 dias e fica sabendo que seu namorado tinha a traído com outra. Por essa razão, Sin-Dee e sua amiga Alexandra (Mya Taylor) passam o feriado de Natal percorrendo por Los Angeles para descobrir toda a verdade sobre esse rumor.


12. Wilhemina Will Pang (Saving Face - 2004)


Wilhelmina (Michelle Krusiec) é uma médica lésbica americana com descendência chinesa que começa a namorar uma bailarina que não quer esconder o romance entre elas. Enquanto isso, a mãe de Wilhelmina aparece na porta da filha falando que está grávida de um desconhecido. Ambas mulheres precisam lidar com situações contrárias ao valor conservador de suas comunidades. 

Tem algum personagem LGBTQIA+ que você sentiu falta? Comente aqui. Veja também nossa lista anterior clicando aqui.


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