Análise: Bloodstained - Ritual of The Night


Vocês já devem ter visto notícias sobre Bloodstained: Ritual of the Night, o jogo que pipocou nas redes sociais antes mesmo do seu lançamento, em Junho desse ano.

O jogo é uma continuação de Bloodstained: Curse of the Moon e veio para ser um sucessor de Castlevania: Symphony of the Night, lançado em 1997 para Playstation One, e não é preciso olhar muito para saber que ele cumpre exatamente o que promete, afinal, eles possuem o mesmo diretor.

Eu joguei a ambos e posso afirmar: a experiência de jogar Bloodstained é a mesma de se jogar seu antecessor. Ambos possuem a mesma liberdade de se explorar o mapa, o cuidado nos detalhes, paredes secretas, diversidade dos inimigos, itens que permitem o personagem subir de level e aumentar suas habilidade, como num jogo de RPG. E, em comparação com o primeiro jogo da série, RotN melhorou e muito seus gráficos.

A história de Bloodstained se passa no início do século 19, no auge da Revolução Industrial, onde a religião e a ciência brigavam para ter seu lugar ao sol. Mas existiam aqueles que estudavam os dois lados. É o caso dos Alquimistas, pessoas a serviço da Igreja que estudavam tanto magia quanto ciências. Eles queriam controlar o povo, se não fosse por adoração, que fosse por medo – e daí, iniciou-se um projeto para conseguir invocar e controlar demônios.

Mas, com o tempo, eles descobriram que os demônio possuíam um cristal dentro de si como fonte de seu poder. Era um poder tão grande que um humano comum não conseguia usar, por isso, começaram experimentos de introdução dos cristais demoníacos em humanos vivos, para que conseguissem controlar esse poder, se tornando o que chamaram de Fragmentários.

No entanto, temendo que a Igreja perdesse apoio e fiés, os Alquimistas usaram os Fragmentários que eles mesmos criaram como sacrifícios num grande ritual de magia negra, visando evocar diversas criaturas infernais. Mas tudo dá terrivelmente errado, o poder dessas criaturas é tão grande que eles acabam passando deliberadamente para o nosso plano, causando morte e destruição.

Quando o jogo começa, o enredo passa a girar em torno de Miriam, uma jovem órfã que foi levada pela Igreja para fazer parte das experiência dos alquimistas, se tornando uma poderosa Fragmentária. Faz 10 anos que o sacrifício aconteceu, e Miriam conseguiu sobreviver graças a um sono sobrenatural que se apossou de seu corpo e a manteve desacordada todo esse tempo.


Assim como em Castlevania SotN, nós temos múltiplas possibilidades de terminar o jogo. A partir de uma certa parte, você pode ir direto para o chefão final, mas várias pontas soltas são deixadas e o final parece inconclusivo. Antes disso, é preferível visitar mais áreas da cidade e do castelo, fazer mais quests, conseguindo explorar mais de 100% do mapa, adquirir novas habilidades e amarrar melhor a história.

No controle de Miriam, os demônios ainda dominam o mundo e você descobre que um amigo Fragmentário sobreviveu, Gebel, o único sobrevivente real do sacrifício em massa, mas hoje ele está consumido pelo ódio aos humanos e se tornou o vilão da história. Por terem sido próximos no passado, Miriam toma para si a missão de fazê-lo parar.

Apesar de conter elementos ótimos e nostálgicos, o jogo acaba se tornando repetitivo e maçante, e não é preciso de muita experiência para você conseguir um bom Level up, o que acaba deixando os chefões sem desafio. Fora que, com um mapa imenso daqueles, é fácil de se perder ou esquecer o que você estava fazendo. E não existem muitos tutoriais na internet para lhe ajudar.

Mesmo assim, o jogo merece muito ser jogado. Os controles e a jogabilidade são ótimos, mesmo que você decida dar um pause, você logo fica com vontade de jogar novamente, nem que seja para continuar perdido.

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