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Divulgação/Dear Villagers |
Star Overdrive se espelha bastante em títulos consagrados como The Legend of Zelda: Breath of the Wild, mas constrói uma personalidade própria ao combinar exploração em mundo aberto, trilha sonora marcante e um charme retrô que remete aos anos 80. Ainda que escorregue em alguns aspectos, principalmente em combate e variedade, o título entrega uma experiência única e carismática.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Caracal Games
Distribuição: Dear Villagers
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Ação/Aventura
Idioma: Português+
Plataformas: PS5,Switch,PC, Xbox Series X|S
Exploração com liberdade e estilo, mas combates sem brilho
A jogabilidade de Star Overdrive mistura aventura, puzzles e exploração com competência. O planeta alienígena Cebete é vasto e aberto para o jogador seguir a história principal no ritmo que desejar, o que cria uma boa sensação de liberdade. Ao longo da jornada, novas habilidades são adquiridas — muitas delas úteis para a resolução de quebra-cabeças, que se destacam mais do que os confrontos em si.
O combate, apesar de funcional, carece de impacto e profundidade. O uso da Keytar como arma tem estilo, mas as batalhas rapidamente se tornam repetitivas, sem grande variação de inimigos ou estratégias.
Por outro lado, a movimentação pelo mundo é um dos pontos altos da experiência. Com um Hoverboard customizável — que permite manobras, corridas e upgrades visuais e funcionais —, explorar Cebete é divertido e estiloso. No entanto, mesmo com esses elementos, a sensação de que falta “algo a mais” persiste: há tarefas a cumprir, mas o mundo pode parecer um tanto vazio após algumas horas.
Visual competente com identidade retrô marcante
Graficamente, Star Overdrive aposta no cel-shading com resultados satisfatórios. A estética combina com o clima do jogo, embora a pouca variedade de cenários tire um pouco da força do mundo construído.
Os designs de monstros deixam a desejar, parecendo genéricos e esquecíveis. Em contrapartida, o protagonista Bios e sua parceira Nous têm visual carismático e bem trabalhado, reforçando o apelo emocional da trama.
A grande sacada visual está no uso de referências oitentistas: a Keytar como arma, os upgrades obtidos via fitas K7, o estilo do Hoverboard e até pequenos elementos de interface evocam uma vibe retrô-futurista estilosa e bem aplicada. Isso confere uma identidade própria ao título e o destaca entre outros jogos indies do gênero.
Amor e mistério impulsionam a jornada
A narrativa de Star Overdrive é simples, mas eficaz. Assumimos o papel de Bios, um jovem piloto em busca de Nous, sua parceira desaparecida após emitir um enigmático sinal de socorro no planeta Cebete. É uma história de amor e descoberta, reforçada por elementos visuais como fotos, gravações e artefatos deixados por Nous.
Apesar de não reinventar a roda, o enredo consegue cativar emocionalmente o jogador, especialmente em seus momentos finais, com revelações que despertam curiosidade por possíveis continuações. É uma trama concisa, mas com alma — e, definitivamente, um dos maiores trunfos do jogo.
Rock pesado que embala a aventura
A trilha sonora de Star Overdrive é um verdadeiro show à parte. Com influências de rock oitentista mais pesado, ela dita o ritmo da exploração e do combate. As faixas são bem produzidas e ajudam a imergir ainda mais no universo do jogo.
Um detalhe interessante é a possibilidade de coletar músicas durante a aventura para ouvir enquanto se pilota o Hoverboard — um toque estiloso que reforça a ligação entre som, jogabilidade e ambientação.
Potencial estiloso com tropeços pontuais
Star Overdrive não é um jogo inovador, mas é marcante. Seu charme visual, trilha sonora potente e narrativa emocional compensam as falhas no combate e a falta de diversidade em alguns elementos do mundo aberto. Com mais polimento e variedade, poderia facilmente alcançar um patamar ainda mais alto.
Ainda assim, para quem busca uma aventura diferente, com cara de indie e alma retrô, Star Overdrive é uma viagem que vale a pena.
Cópia de PC cedida para análise
Nota Final: 7,5/10
Pontos Positivos:
✔️ Identidade visual retrô única e charmosa
✔️ Trilha sonora marcante com rock oitentista
✔️ Hoverboard divertido e personalizável
✔️ Narrativa emocional simples, porém envolvente
Pontos Negativos:
❌ Combate sem impacto e repetitivo
❌ Pouca variedade de cenários e inimigos
❌ Mundo aberto com sensação de vazio em certos momentos
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