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| Anima Publishing/Divulgação |
Anima: Gate of Memories I e II Remaster marca o retorno de uma duologia pouco conhecida, mas querida por seu nicho, trazendo-a para as novas gerações com melhorias visuais e de performance. Mesmo mantendo uma jogabilidade que denuncia claramente a época em que foi concebida, o remaster preserva o charme original e entrega uma experiência divertida, fluida e esteticamente marcante.
Uma Jogabilidade Que Guarda o Melhor do Passado
A jogabilidade de Anima remete diretamente aos RPGs de ação da era Xbox 360/PS3 — ainda que o primeiro jogo tenha saído mais tarde. Aqui, o jogador pode controlar dois personagens simultaneamente, alternando entre eles com um toque, o que traz dinamismo aos combates e possibilita estratégias complementares.
Além disso, elementos clássicos do gênero marcam presença: árvores de habilidades, itens, equipamentos e golpes desbloqueáveis conforme o progresso. Nada é particularmente inovador, mas tudo funciona de maneira competente. O combate é responsivo, os controles são diretos e, mesmo sem grandes mecânicas diferenciadas, o jogo entrega o que promete.
Uma Estética Que Resiste ao Tempo
Visualmente, o remaster faz um bom trabalho. Os cenários — ainda que não sejam complexos em camadas ou estrutura — apresentam boa variedade e cores vibrantes que ajudam a construir a atmosfera única do jogo.
O design dos personagens segue uma estética fortemente inspirada em anime, sem muita originalidade, mas com um carisma suficiente para sustentá-los. As melhorias gráficas do remaster ajudam a dar mais vida às texturas, iluminação e efeitos, deixando tudo mais agradável aos olhos.
Uma Mitologia Misteriosa e Envolvente
No primeiro jogo, acompanhamos The Bearer of Calamities, uma jovem que firma um pacto com Ergo Mundus, uma poderosa entidade aprisionada em forma humana. Juntos, eles se veem envolvidos em uma conspiração que envolve criaturas antigas, organizações secretas e uma ameaça que pode destruir o mundo.
No segundo jogo, The Nameless Chronicles, a narrativa se aprofunda no passado de um dos personagens mais influentes do universo de Anima, explorando temas como imortalidade, destino e culpa.
Até onde foi possível jogar, a história se mostra envolvente, com uma mitologia que intriga e prende a atenção, ampliando constantemente seu próprio universo.
Música Que Dá Alma à Jornada
A trilha sonora se destaca sempre que aparece. Seus arranjos épicos e melodias grandiosas ajudam a elevar momentos-chave da aventura, dando um tom de magnitude que combina muito bem com a proposta do jogo. Ainda que seja usada com parcimônia, tem impacto suficiente para marcar a experiência.
Conclusão: Um Retorno Discreto, Mas Muito Bem-vindo
Anima: Gate of Memories I e II Remaster é uma viagem nostálgica para quem jogou os títulos originais e uma oportunidade valiosa para novos jogadores conhecerem esse universo peculiar. Embora carregue traços claros de sua época — especialmente na jogabilidade e na estrutura — o remaster consegue modernizar a experiência o bastante para torná-la agradável, divertida e visualmente mais consistente. Um retorno discreto, mas muito bem-vindo, especialmente para fãs de RPGs de ação com forte identidade estética.


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