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| Super Rare Originals/Divulgação |
Moros Protocol chega como mais um representante do híbrido entre shooter em primeira pessoa e roguelite, e faz isso com competência técnica e um bom design de fases. Contudo, mesmo com uma execução sólida e uma estética retrô interessante, o jogo não inova, o que o impede de se destacar em um gênero cada vez mais populado.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Pixel Reign
Distribuição: Super Rare Originals
Jogadores: 1 - 2 (online)
Gênero: Shooter, Roguelite
Idioma: portugues+
Plataformas: PC
Um bom mix, mas sem surpresas
A jogabilidade de Moros Protocol combina ação em primeira pessoa com o ciclo roguelite clássico. O jogador assume o controle de Alex, um soldado que deve explorar corredores estreitos e enfrentar hordas de inimigos alienígenas enquanto coleta recursos e aprimora suas habilidades a cada tentativa.
Tudo funciona como deveria: o tiro é responsivo, os controles são precisos e o level design é bem construído, guiando o jogador de forma natural sem torná-lo refém de labirintos desnecessários. A estrutura das fases favorece o ritmo rápido do combate, e a progressão roguelite mantém o interesse nas primeiras horas.
O problema é que Moros Protocol não traz nada novo à mesa. A fórmula é eficiente, mas familiar demais, especialmente para quem já jogou títulos como Gunfire Reborn ou Roboquest.
Um aceno aos shooters retrô
Visualmente, Moros Protocol acerta na nostalgia. O jogo mistura pixel art com ambientes 3D, remetendo a clássicos como DOOM e Wolfenstein 3D, mas com textura e iluminação modernas. Essa estética híbrida cria um charme próprio, reforçando a sensação de um “retrô atualizado”.
Apesar disso, há pouca variação visual entre fases e inimigos. Após algumas jogatinas, os ambientes começam a se repetir, o que dilui o impacto inicial do visual, uma pena, considerando o bom trabalho técnico e artístico.
Um ciclo de vida e morte
A narrativa segue Alex, um soldado que acorda sem memória na nave de guerra Orpheus. Logo descobre que o misterioso “Protocolo Moros” foi ativado, transferindo sua consciência para um novo corpo a cada morte, explicando de forma criativa a estrutura roguelite.
Enquanto luta contra horrores espaciais e tenta desvendar o destino da tripulação, Alex precisa entender o que é o Protocolo Moros e quem realmente o colocou ali.
A história não é revolucionária, mas cumpre bem seu papel. É simples, direta e dá propósito às repetições do gameplay ,o que já é mais do que muitos jogos do gênero conseguem fazer.
A parte esquecida do protocolo
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| Super Rare Originals/Divulgação |
A trilha sonora de Moros Protocol é funcional, mas esquecível. As faixas cumprem o básico, acompanhar a ação e reforçar a tensão, mas sem brilho ou momentos marcantes. O mesmo vale para os efeitos sonoros, que carecem de impacto e variedade.
É um dos poucos elementos do jogo que realmente ficam aquém do restante da produção.
Competência sem ousadia
Moros Protocol é um jogo tecnicamente competente e divertido, que entrega boas horas de ação frenética e uma estrutura roguelite satisfatória. Porém, carece de personalidade tudo o que ele faz, outros títulos já fizeram antes, e com mais ousadia.
No fim, é uma experiência sólida, mas não memorável. Um bom passatempo para fãs do gênero, mas longe de ser um marco.
Cópia de PC cedida para análise
Nota Final: 7,5/10
✅ Prós:
Jogabilidade sólida e responsiva
Boa mistura entre FPS e roguelite
Level design bem construído
Estilo visual retrô com apelo nostálgico
❌ Contras:
Falta de inovação
Pouca variedade de inimigos e fases
Trilha sonora apagada





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