Review – The Mare Show (PC): Pesadelos de circo e redenção
Com boas ideias e uma direção de arte marcante, The Mare Show entrega uma experiência de terror psicológico simples, mas eficaz. Apesar de alguns problemas de jogabilidade, o jogo consegue manter o jogador tenso e curioso até o fim, provando mais uma vez a força e a criatividade do cenário indie de horror.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Moonless Games
Distribuição: Moonless Games
Jogadores: 1
Gênero: Terror, Aventura, Indie
Idioma: portugues+
Plataformas: PC
Funcional, mas inconsistente
A jogabilidade de The Mare Show segue a linha dos jogos de terror indie modernos, em que o foco está mais na fuga e na tensão constante do que no combate. O jogador precisa explorar os ambientes e evitar criaturas grotescas que representam os traumas do protagonista.
Apesar de funcional, a mecânica sofre com problemas ocasionais de colisão e movimentação — em certos momentos, é possível ficar preso no cenário ou ter dificuldade em escapar de inimigos, o que prejudica o ritmo do jogo.
Ainda assim, o título consegue gerar uma boa atmosfera de medo e urgência, mantendo o jogador atento e imerso mesmo com as falhas técnicas.
Gráficos – Simples, mas expressivos
Visualmente, The Mare Show é um exemplo de como simplicidade pode funcionar quando há uma boa direção de arte. Os gráficos são modestos, mas o estilo visual — com tons frios, iluminação pontual e o design bizarro das criaturas — ajuda a criar um clima de pesadelo surreal que combina perfeitamente com o tema circense distorcido do jogo.
O uso de cores e contrastes reforça a sensação de desconforto e mantém a estética coerente com a proposta narrativa.
Traumas sob a lona do circo
A trama acompanha Tom Lorich, um apostador que se vê preso em um circo macabro, criado por uma entidade misteriosa chamada Mare. Para escapar, ele precisa confrontar seus traumas e arrependimentos, representados por figuras grotescas e simbólicas.
A história é simples, mas bem conduzida, especialmente por meio das metáforas visuais e do simbolismo psicológico. O jogo consegue transmitir culpa e desespero de forma direta, sem recorrer a longos diálogos ou exposições, o que reforça o impacto emocional da jornada.
Silêncio que grita
A trilha sonora de The Mare Show aposta no minimalismo, usando ruídos, sons ambiente e silêncios estratégicos para construir tensão. As poucas faixas musicais são usadas com parcimônia, o que contribui para o clima claustrofóbico e onírico.
Mesmo discreta, a ambientação sonora funciona bem e mantém a sensação de desconforto, essencial em um terror psicológico.
Simples, tenso e eficaz
The Mare Show é um bom jogo indie de terror, com uma proposta sólida e execução competente. Embora a jogabilidade apresente falhas técnicas que limitam a fluidez da experiência, a atmosfera, a história simbólica e a direção de arte compensam as imperfeições.
É uma obra curta, mas capaz de deixar o jogador inquieto, e uma prova de que o terror psicológico ainda encontra novas formas de assombrar — mesmo em produções pequenas.
Cópia de PC cedida para análise
Nota Final: 7,5/10
✅ Prós:
Boa direção de arte e ambientação visual
História simbólica e interessante
Clima de tensão constante
Ótimo uso do som e do silêncio
❌ Contras:
Problemas técnicos e bugs de colisão
Jogabilidade simples demais
Curta duração
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