A Brasil Game Show 2025 encerrou mais uma edição grandiosa no Distrito Anhembi, em São Paulo. Com recorde de público, shows ao vivo e influenciadores por todos os lados, o evento reforçou seu status como o maior festival de games da América Latina.
BGS/Divulgação |
Mas entre luzes, brindes e ativações gigantes, ficou uma sensação entre muitos visitantes: o foco da feira parece cada vez mais voltado ao mobile e ao lifestyle, enquanto o público de PC e consoles — que sempre foi o núcleo hardcore da BGS — viu menos espaço dedicado às grandes novidades de hardware e jogos da plataforma.
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Mesmo com o foco diversificado, alguns estandes chamaram atenção pela entrega.
A Konami trouxe uma celebração nostálgica dos 30 anos de eFootball (conhecido antigamente como Pro Evolution Soccer, o famoso PES e mais antigamente ainda como Winning Eleven), com arenas de partidas e um espaço dedicado a Yu-Gi-Oh!, reunindo veteranos e novos duelistas. Já a HoYoverse lotou corredores com suas experiências imersivas de Genshin Impact, com direito a cosplayers oficiais e ativações.
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A Cougar, por sua vez, se destacou ao manter o foco no público de PC gamer: apresentou cadeiras, gabinetes e teclados mecânicos voltados para quem monta setups de alto desempenho.
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Outra empresa focada em hardware que trouxe muita coisa legal para o evento foi a Kings Simuladores, com vários cockpits montados, utilizando os melhores volantes direct drive do mercado, criando um ambiente imersivo. A Lexar também trouxe simuladores para mostrar a velocidade de seus SSDs, todo simuleiro sabe a importancia de um bom SSD para o simulador rodar de maneira fluida.
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Mas não há como negar: o público mobile dominou a BGS 2025. Jogos como Brawl Stars e PUBG Mobile ganharam arenas próprias, com partidas ao vivo e meet & greets lotados. Para as marcas, é um reflexo do mercado atual — mais popular, acessível e lucrativo —, mas para parte do público, o sentimento é de deslocamento.
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Enquanto os grandes anúncios e lançamentos ficavam restritos a poucos estandes, os visitantes mais tradicionais, que esperavam testar novas demos ou ver novidades de hardware, acabaram circulando em busca de experiências mais técnicas e escassas.
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A BGS 2025 continua sendo um evento impressionante. A organização foi eficiente, os espaços estavam visualmente impecáveis e a atmosfera — como sempre — pulsava energia gamer.
Mas é impossível ignorar a mudança de foco. O evento está mais voltado para o entretenimento e menos para a experimentação, e isso pode afastar justamente o público que ajudou a construí-lo.
Ainda assim, entre o barulho dos palcos e o brilho dos painéis de LED, a BGS segue sendo um ponto de encontro essencial. Só resta torcer para que, nas próximas edições, o pêndulo volte a se equilibrar — entre os Games e o Show.
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