Review Katanaut (PC) – Um retorno seguro, mas sem brilho

Acclaim/Divulgação

Katanaut marca o primeiro passo da clássica Acclaim em seu retorno ao mercado de games. O título chama a atenção por sua direção de arte estilizada e jogabilidade competente, mas tropeça ao não conseguir inovar dentro de um gênero já saturado, entregando uma experiência divertida no início, mas que rapidamente se torna repetitiva.

Ficha Técnica:

Desenvolvimento: Voidmaw
Distribuição: Acclam entertainment inc.
Jogadores: 1
Gênero: Ação
Idioma: Portugues+
Plataformas:  PC

Jogabilidade familiar, mas sem surpresas

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Katanaut combina os elementos de um metroidvania tradicional com a estrutura de um roguelike. O jogador explora áreas, coleta armas e melhorias, e, caso seja derrotado, retorna ao início, mas com a possibilidade de evoluir alguns atributos obtidos na jogatina anterior.

Apesar de funcional, a jogabilidade não apresenta novidades em relação a outros títulos do gênero. O ritmo inicial é desafiador, mas, quando o jogador domina as combinações de habilidades e upgrades, o jogo se torna surpreendentemente fácil e curto, restando apenas um pós-game com novos itens e dificuldade aumentada.

A falta de conteúdo inédito impede que o game se destaque, mesmo com uma base sólida. É competente, mas formulaico.

Neon e horror cósmico

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Se há um ponto de destaque em Katanaut, é a direção de arte. A mistura de estética neon com referências ao horror cósmico cria uma ambientação única, que evoca filmes como Alien: O Oitavo Passageiro e O Enigma do Horizonte.

O design de personagens, monstros, chefes e armas é interessante e dá personalidade ao título. A repetição visual entre as áreas pode incomodar, mas é parcialmente justificada pelo contexto narrativo da estação espacial em colapso.

Boas ideias mal aproveitadas

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A trama se passa em uma estação espacial em colapso após um acidente misterioso que transformou seus habitantes em criaturas monstruosas. A atmosfera de mistério e horror cósmico está presente, mas a narrativa não se desenvolve de forma consistente.

O jogo até apresenta ferramentas para explorar esse enredo, mas falha em dar continuidade às suas próprias ideias. O resultado é uma história que começa bem, mas “vai do nada a lugar nenhum”, sem engajar o jogador como poderia.

Ausência que pesa

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Se a direção de arte chama a atenção, o mesmo não pode ser dito da trilha sonora. As músicas e efeitos sonoros são discretos a ponto de quase inexistirem, deixando a experiência mais silenciosa do que deveria. O silêncio pode até reforçar a atmosfera em alguns momentos, mas na maior parte do tempo soa como descuido ou restrição orçamentária.

Um começo seguro demais

Katanaut é um título que mostra cuidado e competência técnica, mas não ousa. Como primeiro passo da Acclaim de volta ao mercado, é compreensível que o estúdio tenha optado pela segurança. Porém, sem inovação, brilho próprio ou conteúdo suficiente, o jogo acaba ficando aquém de seu potencial.

É uma boa experiência dentro do gênero, mas não memorável.

Cópia de PC cedida para análise

Nota Final: 6,5/10

Pontos Positivos:

✔️ Direção de arte marcante (neon + horror cósmico)
✔️ Jogabilidade sólida no básico
✔️ Bons designs de monstros e chefes

Pontos Negativos:
❌ Falta de inovação no gênero
❌ História promissora, mas mal desenvolvida
❌ Curto e fácil após a curva inicial
❌ Trilha sonora praticamente inexistente

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