Crítica | Animais Fantásticos



Como é bom sempre retornar para o mundo do Harry Potter, não é mesmo? Animais Fantásticos é como um presente para os fãs. Tanto o livro quanto o filme prendem a nossa atenção do começo ao fim, é impossível não se apaixonar pela história e pelos novos personagens.

Logo de cara, percebemos que esta nova trama é mais adulta. Lógico que notamos uma diferença e um abismo entre o primeiro livro do bruxinho e o último: a escrita muda conforma os personagens amadurecem, deixando com que acompanhemos todo o seu crescimento como se fossem nossos amigos próximos, alguém com quem crescemos juntos. Já aqui, a maioria dos personagens já são adultos, o que deixa o roteiro numa pegada diferente.

Animais Fantásticos e Onde Habitam apresenta as aventuras de Newt Scamander, um ex-aluno de Hogwarts, da Lufa Lufa, que estuda pela segurança e preservação de raras criaturas mágicas ao redor do mundo. Ele viaja e escreve seu livro, um catálogo sobre esses animais mágicos raros. Não apenas isso, ele trata todos com respeito e cuidado, mostrando que mesmo os mais perigosos tem sua importância e podem, muitas vezes, ser apenas criaturas incompreendidas.

Falando da história: ao chegar em Nova Iorque, Newt se encontra com uma população de bruxos tão preocupada em se manter escondida dos trouxas, que acabam se tornando fanáticos perigosos. Newt está a procura de criaturas que, por ventura, estão a solta na cidade, e ele corre contra o tempo para encontrá-los e levá-los em segurança dentro de sua mala mágica, antes que algum bruxo mal intencionado ou, até mesmo, os bruxos do Congresso Nacional dos EUA possam encontrá-las antes.

Por trás disso, temos um plano sombrio onde o prólogo do filme nos informa sobre o surgimento de um mago das trevas, Gerardo Grindewald, que estava até pouco tempo na prisão de Azkaban, mas acabou fugindo e agora está se escondendo. O segundo filme da franquia dá um foco maior neste personagem, em sua interação com Alvo Dumbledore e qual sua relação com o passado de Newt.

Mas o que Gerardo tem a ver com Newt Scamander neste primeiro filme? Poderia ser nada, mas eles acabam se encontrando em determinado momento, e como o bruxo das trevas é uma figura conhecida no meio mágico, Newt sabe quem ele é e acaba ajudando que seja pego novamente.

Os coadjuvantes são ótimos personagens, prendem a nossa atenção tanto quanto os principais. O ponto alto da série, assim como em Harry Potter, é quando aborda questões de tolerância. A trama romântica de segundo plano entre Queenie e Kowalski é um dos detalhes mais charmosos que temos.

Apesar do esforço de toda a produção, poderia ter um melhor acabamento e cuidados maiores, pois ele acaba se esgotando em si próprio, com poucos fatos novos e muitas pontas sem explicação. (Spoiler, como um humano comum consegue abrir À FORÇA uma porta fechada com magia?)

Ainda assim, é um filme que nos chama atenção do começo ao fim, possui o tom nostálgico e cativa novos fãs, até mesmo quem não gostava tanto assim da saga do bruxinho. É um universo expandido, se passando em uma nova era, com uma nova trama e com novos personagens. Isso faz com que Animais Fantásticos tenha muito a explorar!

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