A terceira temporada de Elite acaba
de ser lançada e eu que nem sou fã (#sqn) já assisti tudo. Como a segunda
temporada, maratonei tudo de uma vez, então vamos as minhas impressões!
A tão esperada terceira temporada
de Elite veio antes do esperado, a maior parte dos fãs esperava assisti-la
apenas no segundo semestre, desse modo vê-la em março já deixou todo mundo
ainda mais ansioso. Teorias foram pensadas, fanfics escritas e muito muito era
esperado.
Ao contrário da segunda, o material
entregue dessa vez é mais sóbrio e sério. Elite perde um pouco o tom festivo da
temporada anterior e traz menos cenas calientes. O que no fim acaba fazendo falta no desenvolvimento do enredo.
O seriado acertou em muitas coisas,
soube utilizar muito bem a técnica dos flashbacks para manter o mistério e o
público interessado na trama. Novamente escolheu abordar um crime e desvendá-lo
conforme os episódios vão passando, e fez isso sem que a história ficasse repetitiva ou maçante.
Porém, apesar de ter acertado na receita,
Elite deixou a desejar no seu enredo, muito foi abordado, mas pouco aprofundado.
Dando a sensação que os personagens não aparecem o suficiente na trama, que existem histórias demais para pouco tempo.
Falta desenvolvimento para a maior parte dos personagens, cada um deles está passando por um momento complicado e ao
tentar abordar todos, o resultado é superficial e insuficiente. A mesma lógica
vale para os personagens novos, não há como nos conectarmos a eles. O que
poderia ter sido solucionado com mais episódios ou com escolhas criativas diferentes,
como a não inclusão de Malick e Yeray na trama.
Outro ponto problemático do
enredo é que muitas das pontas soltas da temporada anterior foram pouco exploradas.
A série buscou fugir do óbvio e acabou pecando exatamente por isso. A maior parte dos episódios tem um ritmo mais
lento que o ideal e enrolam mais do que o necessário. Muita coisa que poderia
ter sido abordada ficou de fora, e no fim, personagens que tinham muito a
serem explorados acabaram esquecidos no rolê.
Por outro lado, vemos o amadurecimento
de alguns personagens, destaco a amizade entre Lu e Nádia que sem dúvida é um
dos maiores acertos da temporada. A escolha do assassino também é bem lógica e
funcional. Elite soube contar uma história a partir do que não exibiu e criar em
um personagem a lacuna necessária para construir essa persona, a ponto de quando
a revelação é feita você se sentir surpreso, mas não surpreendido. No fim, a escolha
faz sentido do modo que a história se apresenta.
Além disso, tecnicamente falando
a série segue exemplar, a trilha sonora encaixa perfeitamente com as cenas e os
ângulos, fotografia e arte funcionam muito bem. Ressalto as cenas na boate, as festas
e uma abertura de episódio onde todos aparecem de cabeça para baixo.
Apesar do ritmo mediano da
temporada, o episódio final recupera sem dificuldade o interesse
do público, finalizando em parte o plot do Polo, mas deixando aquele
gosto de quero mais e aquela vontade de processar a Netflix, caso ela demore demais na entrega da próxima temporada.
A boa notícia é que o boato da série recomeçar a partir da quarta e quinta temporada não procede, Elite termina com um monte de perguntas e pontas soltas a serem resolvidas no futuro. Ou seja, ainda veremos por algum tempo esses personagens.
E vocês já assistiram? O que acharam?
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