Review: Uma mulher diferente

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Uma Mulher Diferente explora, com sensibilidade e profundidade emocional, o processo de autodescoberta de uma mulher adulta que recebe um diagnóstico tardio de autismo e precisa reconstruir sua compreensão de si mesma, de suas relações e do mundo ao seu redor.

Ficha Técnica

Título: Uma Mulher Diferente

Direção: Lola Doillon

Ano de Lançamento: 16 de outubro de 2025

Gênero: Drama

Sinopse

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Uma Mulher Diferente acompanha a jornada de Katia, uma mulher de 35 anos que, ao receber o diagnóstico de autismo, passa a revisitar sua própria vida sob uma nova perspectiva. Enquanto aprende a lidar com sua sensibilidade, seus limites e suas forças, ela também enfrenta a reação das pessoas ao seu redor — desde a negação de seu parceiro até os desafios sociais que surgem após o diagnóstico. Entre dúvidas, descobertas e um romance que amadurece ao longo da trama, o filme constrói um retrato humano e honesto sobre aceitação, vulnerabilidade e identidade.

Resenha

O filme é dirigido por Lola Doillon e  protagonizado por Jehnny Beth (“Anatomia de uma queda”) e Thibaut Evrard. O longa metragem aborda situações do cotidiano de Katia, uma mulher que no auge dos seus 35 anos descobre o diagnóstico de autismo. A personagem sofre com sensibilidade a barulhos, muda de foco rapidamente, além da alta sinceridade, sinais presentes em pessoas com TEA (transtorno de espectro autista).

O filme retrata de forma sensível e não caricata temas importantes e a representação da aceitação de forma bem clara. Temas como: a dificuldade no diagnóstico precoce em mulheres (por se camuflarem melhor), representatividade de pessoas com TEA em cargos de liderança, a maternidade, crises sociais e aceitação por parte de família e amigos são presentes de forma interessante e de forma natural.

No filme vemos duas visões diferentes ao resultado do diagnóstico de Katia: o da própria personagem e o do seu par romântico Fred. Enquanto Katia se sente em um estado de libertação por ter descoberto que as coisas que lhe afetam no dia a dia tem uma causa, Fred passa por um estado de negação e invalidação do diagnóstico. Esse tema é de extrema importância para comprovar a dificuldade de aceitação externa que muitas vezes pessoas com TEA sofrem, o preconceito enraizado até os dias atuais é algo com a necessidade de ser mais pautado, Katia além de ter descoberto algo de si própria que lhe causa uma senso de identificação lhe traz também muitos medos: de não ser aceita, de ser taxada como louca e de principalmente, perder o seu emprego.

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Além disso temos um romance que vai amadurecendo durante o filme, onde um casal de idas e vindas se torna cada vez mais apaixonado de forma madura, ambos aceitando suas diferenças.

É um filme emocionante e que proporciona aquele momento de “coração quentinho”, os personagens são bem trabalhados e a fotografia te deixa imerso aos momentos. Definitivamente é um filme que você precisa assistir.