Festival do Rio 2025 destaca vivências e olhares femininos em sua programação

Festival do Rio 2025/Divulgação

Filmes como “Morra, Amor”, “Belén” e “Couture” exploram a complexidade da experiência feminina sob diferentes perspectivas

A 27ª edição do Festival do Rio, que segue até 12 de outubro, celebra a pluralidade do cinema feminino com uma programação que reúne longas e documentários dirigidos e protagonizados por mulheres. As obras abordam temas que vão desde o amor e a maternidade até o enfrentamento à violência de gênero e a busca por autonomia dentro de uma sociedade patriarcal.

Entre os destaques está “Morra, Amor” (Die, My Love), novo filme da cineasta Lynne Ramsay (Precisamos Falar Sobre Kevin), estrelado por Jennifer Lawrence e Robert Pattinson. Exibido em Cannes, o longa acompanha uma mãe em seu puerpério, explorando os limites entre amor, isolamento e sofrimento psicológico em um drama de forte carga emocional. As sessões acontecem nos dias 9 e 11 de outubro, no Cinesystem Belas Artes e no Estação NET Gávea.

Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria - Festival do Rio 2025/Divulgação

Outro título de destaque é “Se Eu Tivesse Pernas, Eu Te Chutaria” (If I Had Legs I’d Kick You), da diretora Mary Bronstein, vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim. A atriz Rose Byrne interpreta uma mulher que precisa reconstruir a vida após uma tragédia familiar, em um retrato sensível sobre maternidade e solidão.

O festival também apresenta “Belén”, de Dolores Fonzi, representante da Argentina na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Internacional. Baseado em fatos reais, o longa retrata o caso de uma jovem acusada de homicídio após sofrer um aborto espontâneo — um drama potente sobre justiça, direitos reprodutivos e resistência feminina.

Do cinema brasileiro, o clássico “A Mulher de Todos” (1969), de Rogério Sganzerla, retorna às telas com Helena Ignez no papel icônico de Ângela Carne e Osso, símbolo de uma sexualidade livre em plena ditadura militar. A obra, apesar de controversa, se consolidou como um marco na representação da liberdade feminina no cinema nacional.

Nawi – Querida Eu no FuturoFestival do Rio 2025/Divulgação

Outros filmes que integram a seleção e ampliam o debate sobre o feminino incluem “Couture”, de Alice Winocour, ambientado na Semana de Moda de Paris; “Annie Colère”, sobre o movimento pela legalização do aborto na França dos anos 1970; e “Clamor”, produção iraniana sobre o desejo de cantar em uma sociedade que silencia as mulheres.

A programação ainda conta com títulos como “O Sequestro de Arabella”, “A Vida Secreta de Kika”, “Mãe Solo”, “Policiais do Matrimônio” e “Nawi – Querida Eu no Futuro”, reforçando o compromisso do festival com narrativas que colocam mulheres no centro da história.

O Festival do Rio é apresentado pelo Ministério da Cultura, Shell e Prefeitura do Rio, com patrocínio master da Shell, apoio da RioFilme e realização da Cinema do Rio e do Governo Federal.

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Fonte: Festival do Rio 2025 (Via Atômica Lab)

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