Review Towa and the Guardians of the Sacred Tree (PC) - Beleza, desafio e combos em dobro

Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação
 
Towa and the Guardians of the Sacred Tree chega como uma aposta interessante do gênero roguelite em 2025. Desenvolvido pela Brownies Inc. e publicado pela Bandai Namco, o jogo combina combate frenético, progressão estratégica e uma atmosfera cheia de espiritualidade e mistério.

Ficha Técnica:

Desenvolvimento: Brownies inc.

Distribuição: Bandai Namco Entertainment Inc.

Jogadores: 1 (local), Cooperativo Online, Cooperativo (tela dividida)
Gênero: Ação, Roguelike, Anime

Idioma: Inglês, Francês, Italiano, Alemão

Plataformas: PC, PlayStation 5, Xbox Series X/S, Nintendo Switch


A Jornada de Towa


Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação

Na pele de Towa, sacerdotisa escolhida para enfrentar o mal ancestral Magatsu e seus servos Magaori, o jogador é conduzido a uma luta pela sobrevivência de Shinju, uma vila que serve como coração narrativo da aventura. O ponto curioso aqui é que você nunca enfrenta essa ameaça sozinho: é sempre necessário escolher dois Guardiões, um que empunha a espada sagrada Tsurugi e outro que domina o cajado mágico Kagura. Essa dualidade cria batalhas dinâmicas e exige estratégia: não basta atacar, é preciso pensar em sinergia, posicionamento e proteção mútua. Eu gostei bastante dessa dinâmica de dois personagens, cada um com suas habilidades próprias, porque permite combinar ataques e criar combos cada vez mais interessantes durante as lutas.

Roguelite com Identidade


Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação

Cada run é única, mas ao contrário de roguelites mais punitivos, Towa encontra um equilíbrio interessante entre repetição e progressão. A cada nova incursão, o jogador coleta materiais para forjar armas e aprimorar os Guardiões, enquanto a vila de Shinju evolui com o tempo, abrindo novas possibilidades de interação, upgrades e vínculos com NPCs. Esse ciclo mantém o jogo fresco e dá sentido à narrativa — cada derrota faz parte do crescimento. A vila em si é bem interessante, cheia de vida e personagens para conhecer, conversar e aprender.

Forja, Magias e Personalização

Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação

Um dos grandes destaques é o sistema de forja. Não se trata apenas de criar armas mais fortes, mas de experimentar com diferentes materiais que afetam atributos como velocidade, durabilidade e poder. As novas magias também ampliam o leque de opções táticas: feitiços como Snare, que paralisa inimigos, e Spectral Arrows, que atravessa múltiplos alvos, mudam a forma de abordar combates.

Essa fabricação das espadas foi um ponto em que fiquei um pouco dividida: a ideia é legal e pode agradar muita gente, mas eu achei o processo meio demorado, o que acaba quebrando um pouco o ritmo. No começo eu gostei do mini game, mas depois de passar por mais 3 etapas, eu já estava sem ânimo.

Um Mundo Belo e Perigoso

Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação


Visualmente, Towa impressiona. Os cenários pintados à mão, as cores vivas e os detalhes da vila contrastam com o clima sombrio dos inimigos e masmorras, criando uma sensação de equilíbrio entre beleza e ameaça constante. A arte é simplesmente linda, tanto nos cenários quanto nas cutscenes com forte inspiração oriental, que além de belíssimas, dão ainda mais imersão à história. Até mesmo os inimigos são lindos! A trilha sonora assinada por Hitoshi Sakimoto (de Final Fantasy XII) complementa a atmosfera com composições épicas e emocionantes, que elevam o peso das batalhas e o tom da jornada.

Entre a Inspiração e a Dificuldade

Bandai Namco Entertainment Inc./Divulgação

Se há algo que pode dividir jogadores, é o nível de complexidade de controlar dois personagens ao mesmo tempo. Em batalhas mais intensas, o gerenciamento pode ser caótico, e quem espera uma experiência mais direta pode sentir frustração. Ainda assim, para quem gosta de desafios estratégicos, esse sistema traz frescor ao gênero e se torna justamente o diferencial do jogo. Eu particularmente tentei jogar com os dois ao mesmo tempo, mas preciso treinar mais, por hora, é muita informação para a minha cabeça.

Veredito

Towa and the Guardians of the Sacred Tree não reinventa o roguelite, mas dá a ele uma roupagem própria e envolvente, com narrativa emocionante, progressão consistente e combates desafiadores. Sua identidade está no equilíbrio entre ação e estratégia, na beleza de sua apresentação e no elo que cria entre o jogador e a vila de Shinju. É um título que, ao mesmo tempo em que exige dedicação, recompensa com momentos de pura intensidade e satisfação. Já entrou para a minha lista de queridinhos do gênero! 



Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Gabriel Galdino

Nota Final: 8,5/10

Prós:

✔️ combate físico + magia

✔️ Arte visual, ambientação e trilha sonora

✔️ A customização de armas e equipamentos

✔️ Progressão significativa

✔️ Narrativa emocionante

Contras:

❌ Dois personagens podem frustrar alguns jogadores

❌ Pode haver sensação de repetição para quem prefere jogos mais diretos


👉 Compre este jogo aqui

Postar um comentário