Review - Battle Train (PC) - deck-builder explosivo sobre trilhos, com visual caricato e humor afiado

Bandai Namco/Divulgação


Ficha Técnica:

Desenvolvimento: Terrible Posture / Nerd Ninjas
Distribuição: Bandai Namco
Jogadores: 1 (local)
Gênero: Montagem de Decks, Roguelike
Idioma: Português, Inglês, Espanhol, Frances +
Plataformas: PC, Nintendo Switch


Battle Train combina deck-building roguelike com combates táticos sobre trilhos de trem — tudo embrulhado em um game show caótico e cheio de personalidade. O visual cartunesco, o humor escrachado e a ação estratégica fazem do game uma experiência única — embora não seja exatamente para todos os gostos.

Gameplay estratégica e intuitiva


Bandai Namco/Divulgação

Apesar do visual brincalhão e da proposta caótica, Battle Train surpreende com uma jogabilidade sólida e bem pensada, que equilibra estratégia, deck-building e raciocínio espacial de forma acessível.
Cada partida se desenrola em trilhos sobrepostos, onde você precisa construir caminhos com cartas, posicionar trens de ataque ou defesa e antecipar os movimentos do inimigo. A missão principal é simples: destruir os depósitos adversários antes que os seus sejam explodidos.

Parece direto — e é — mas a variedade de cartas, efeitos e o fator tempo criam uma tensão constante.

Quem nunca jogou um deck-builder consegue entender a lógica em poucos minutos, graças ao tutorial objetivo e menus bem explicados. Mas, conforme você avança, percebe como as sinergias entre cartas, upgrades e perks desbloqueáveis podem transformar sua estratégia.

Além disso, o mapa oferece escolhas ramificadas de caminho, encontros aleatórios e NPCs que te desafiam ou ajudam — o que traz variedade mesmo jogando solo.

História leve e divertida


Bandai Namco/Divulgação

A narrativa se desenrola em meio a diálogos cômicos, trocadilhos e reviravoltas malucas. É um pano de fundo bem-humorado que não tenta ser profundo — o que garante leveza e ritmo, mas também pode frustrar quem espera uma trama envolvente ou com maior peso dramático.

Você é um piloto (ou “condutor de batalha”) encarregado de salvar o mundo… com trens. Sim, a trama gira em torno de uma guerra entre facções absurdas que resolveram transformar os trilhos em campos de batalha — com estações flutuantes, engenheiros malucos e trens que mais parecem tanques sobre rodas.

Estilo gráfico e humor certeiro

Bandai Namco/Divulgação

Um dos primeiros pontos que chamam a atenção em Battle Train é seu estilo gráfico vibrante e ousado, que mistura elementos de animação 2D estilizada com modelagem 3D cartunesca — lembrando uma fusão entre desenhos animados dos anos 2000 e jogos como Team Fortress 2 ou Plants vs. Zombies. É uma direção de arte que não busca realismo, mas sim expressividade — e acerta em cheio.

Os trens são exageradamente armados, os personagens têm proporções caricatas, e os mapas parecem brinquedos com esteroides. Tudo pulsa com cores fortes, animações exageradas e detalhes bobos, como cartazes engraçados nas estações ou NPCs fazendo caretas em segundo plano.
O visual reforça a ideia de que o jogo é uma paródia do próprio gênero de combate, com um mundo onde a guerra é absurda, quase infantil — mas sempre estilosa.

Pontos fracos

Bandai Namco/Divulgação

Nem todo mundo vai embarcar nesse trem
A proposta caótica, com muito RNG e uma pegada mais voltada ao humor e à experimentação, não agrada a quem busca controle total ou profundidade narrativa. A história é divertida, sim — mas também pouco pretensiosa, o que pode fazer jogadores mais imersivos perderem o interesse rapidamente.

Repetitividade e limitação de modos
Apesar das variações nas runs, o loop principal pode começar a soar repetitivo após algumas horas. Sem PvP ou co-op, a experiência permanece estritamente solo. Em certos momentos, empates e batalhas demoradas drenam o ritmo, e há ainda travas de progressão que exigem desbloquear novas cutscenes para avançar — o que pode incomodar quem quer apenas seguir jogando direto.

Conclusão

Battle Train é um deck-builder ousado e cheio de estilo, que mistura ação tática, trilhos explosivos e um humor sem noção em um pacote visualmente cativante. É um jogo para quem curte partidas rápidas, boas risadas e uma experiência que não se leva a sério.
Por outro lado, não agradará a quem prefere tramas densas, controles precisos ou modos competitivos mais robustos.

Se você curte rir enquanto destrói trens no caos mais colorido possível, este trem é pra você. Mas se busca uma jornada emocional ou um desafio competitivo consistente, talvez seja melhor esperar a próxima estação.


Cópia de PC cedida pelos produtores

Revisão: Gabriel Galdino

Nota Final: 8/10

Pontos postivos:

✔️ Estilo Gráfico ✔️ Humor
✔️ Simplicidade de Aprendizado ✔️ Rejogabilidade ✔️ Personagens

Pontos negativos:

❌ Repetitividade de Gameplay
❌ Gameplay Pouco Inovadora ❌ Historia Curta

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