Kwalee/Divulgação
Inspirado nos dois primeiros jogos da franquia GTA, The Precinct resgata a jogabilidade top-down clássica, mas inverte os papeis: aqui, você não é um ladrão de carros, e sim um policial em início de carreira. O jogo apresenta uma proposta viciante e cheia de boas ideias, mas tropeça em bugs e desperdiça algumas oportunidades promissoras.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Fallen Tree Games Ltd
Distribuição: Kwalee
Jogadores: 1
Gênero: Ação / Top-down shooter
Idioma: Português (interface e legendas)
Plataformas: PC,PS5, Xbox series X|S
Boas ideias, bugs e oportunidades perdidas
 |
| Kwalee/Divulgação |
The Precinct propõe uma jogabilidade centrada no realismo policial. A partir de uma perspectiva top-down, controlamos Nick Cordell Jr., um policial recém-chegado à força, tentando impor a lei em Averno City, uma cidade mergulhada em decadência.
O jogo se destaca ao oferecer diferentes formas de patrulha: a pé, de carro e até de helicóptero. Os crimes variam em tipo e abordagem — desde aplicar multas por vandalismo ou estacionamento irregular, até prender assaltantes. Um dos pontos altos é o sistema procedural de ocorrências, que faz com que qualquer crime possa surgir a qualquer momento durante a patrulha, mantendo a sensação de imprevisibilidade e dinamismo.
Há também um sistema de progressão baseado em experiência: boas condutas aumentam seu prestígio na delegacia, desbloqueando armas, veículos e habilidades. No entanto, o sistema tem falhas conceituais: más condutas — como prender injustamente um suspeito — podem ser compensadas com pontos extras ao levá-lo à delegacia, o que acaba premiando ações antiéticas e quebrando a proposta realista do jogo.
Além disso, o título poderia se beneficiar de um sistema de moralidade mais robusto, com consequências para ações indevidas — algo que jogos como L.A. Noire souberam fazer com maestria.
Estética noir que chama a atenção
 |
| Kwalee/Divulgação |
Visualmente, The Precinct investe em uma estética noir marcante. Durante o dia, predominam tons acinzentados e pastéis; à noite, a cidade ganha vida com cores neon, reforçando o clima sombrio e decadente. A escolha estética casa bem com a narrativa policial e o estilo de jogo proposto.
Graficamente, o jogo é competente. Os cenários urbanos são ricos em detalhes, com atenção especial ao lixo nas ruas, veículos e objetos espalhados pelo ambiente. Tudo isso contribui para a imersão no mundo de Averno City.
Um Noir para ninguém botar defeito
 |
| Kwalee/Divulgação |
A trama gira em torno de Nick Cordell Jr., um jovem policial que, além de fazer justiça nas ruas, investiga o assassinato do próprio pai, também policial. A narrativa segue os moldes clássicos do gênero noir: mistérios, personagens ambíguos e uma cidade corrompida.
Apesar da simplicidade do enredo, ele funciona bem, principalmente com o reforço das missões secundárias, que expandem o universo e acrescentam profundidade ao mundo do jogo.
Trilha sonora atmosférica
 |
| Kwalee/Divulgação |
A trilha sonora combina bem com a ambientação, misturando elementos dos anos 80 com o tom intimista característico do noir. A dublagem também se destaca, dando vida e personalidade aos personagens, além de contribuir para o envolvimento com a narrativa.
Um bom jogo, apesar dos percalços
The Precinct oferece uma experiência divertida e temática, trazendo de volta o charme dos jogos top-down urbanos, com uma abordagem original do ponto de vista policial. Apesar de promissor, o título ainda carece de polimento, especialmente no que diz respeito aos bugs e ao sistema de recompensas, que compromete parte da imersão realista.
Se você é fã do estilo clássico de GTA e curte jogos com estética noir, The Precinct pode ser uma boa pedida — com a ressalva de que ele ainda precisa de ajustes.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Nota Final: 7/10
Pontos Positivos:
✔️ Realismo
✔️ Gráficos
✔️ Jogabilidade
Pontos Negativos:
❌ BUGS
❌ Sistema de recompensa desbalanceado
Postar um comentário