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Mostroscopy é um jogo de luta com visual peculiar e charme nostálgico, que resgata o espírito dos quadrinhos pulp e filmes B de ficção científica. Apesar de apresentar uma proposta ousada e com bastante personalidade, o jogo ainda sofre com uma execução crua e falta de polimento em aspectos-chave da jogabilidade. A experiência é interessante, mas pede refinamento.
Ficha Técnica:
Desenvolvimento: Oribe Ware Games
Distribuição: Oribe Ware Games
Jogadores: 1–2 (local e online)
Gênero: Luta / Indie
Idioma: Inglês+
Plataformas: PS4, PS5,Switch,PC, Xbox Series X|S, Xbox One
Mecânicas simples, mas desequilibradas
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A base da jogabilidade de Mostroscopy é acessível: dois botões principais — ataque normal e ataque especial — que, combinados com direções, resultam em diferentes golpes. Além disso, há comandos de defesa e esquiva, permitindo movimentações básicas durante o combate.
Porém, apesar da proposta simples e até divertida em sua essência, o jogo peca no balanceamento. Muitos personagens possuem golpes de alto alcance e pouco risco, criando cenários de "baixo risco / alta recompensa", algo que prejudica a competitividade e profundidade do sistema de luta.
Outro problema está na localização: a tradução para o português do Brasil é extremamente pobre, com frases confusas e erros de concordância, dando a clara impressão de que foi feita por tradução automática sem revisão humana. Isso prejudica a compreensão, especialmente nos modos com diálogos ou explicações mais detalhadas.
O jogo conta com modos arcade, versus local, treino de combos e um online funcional apenas no papel. A ausência de rollback netcode e a baixa base de jogadores tornam as partidas online praticamente inviáveis.
Estética pulp com identidade marcante
É no visual que Mostroscopy brilha. Mesmo com gráficos simples e modelagens pouco refinadas, o jogo se destaca por sua estética única, inspirada nos quadrinhos pulp e na ficção científica dos anos 50. Os cenários são estilizados e os personagens carregam elementos folclóricos e culturais da América Central, reforçando uma identidade visual refrescante e criativa.
O design dos lutadores é, sem dúvida, o grande diferencial do título. Há um cuidado visível em conectar cada personagem a esse universo temático de forma coesa e estilosa.
Uma história desconexa
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Um modo história mais estruturado, nos moldes da série Street Fighter Alpha, faria muito mais justiça ao universo que o jogo tenta construir.
Trilha sonora discreta, mas funcional
A música de Mostroscopy segue bem o conceito do jogo: sons que emulam produções de ficção científica das décadas de 60 e 70. Embora não seja particularmente original, a trilha sonora combina com o clima proposto, ajudando a ambientar o jogador nesse mundo pulp e bizarro.
Potencial autêntico, execução apressada?
Mostroscopy é um jogo com alma. Sua estética e proposta mostram que há criatividade e paixão por trás do projeto. No entanto, o conjunto carece de refinamento técnico, ajustes de balanceamento, melhorias na experiência online e uma revisão urgente da tradução. Talvez uma abordagem de acesso antecipado tivesse dado tempo para lapidar melhor o conteúdo antes do lançamento oficial.
Se os desenvolvedores seguirem investindo e ouvindo o feedback da comunidade, Mostroscopy pode se tornar um título cult no cenário indie de jogos de luta.
Cópia de PC cedida pelos produtores
Nota Final: 6,5/10
Pontos Positivos:
✔️ Estética única inspirada em quadrinhos pulp
✔️ Personagens com design criativo e temático
✔️ Trilha sonora atmosférica e coerente
Pontos Negativos:
❌ Balanceamento de personagens problemático
❌ História mal amarrada e repetitiva
❌ Modo online com baixa funcionalidade
❌ Tradução para o português mal feita e sem revisão
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