Review - Mandrágora: Whispers of the Witch Tree (PC) - Uma fusão de estilos que funciona surpreendentemente bem

Knights Peek/Divulgação

Mandrágora: Whispers of the Witch Tree acerta em cheio ao combinar elementos clássicos de metroidvania com a intensidade estratégica dos jogos souls like. O resultado é uma experiência rica, desafiadora, mas acessível — e, felizmente, longe de ser punitiva demais.

Ficha Técnica:

Desenvolvimento: Primal Game Studio
Distribuição: Knights Peak
Jogadores: 1(local)
Gênero: Aventura
Idioma: Português (legendas)
Plataformas: PC, PS5, Xbox Series X/S

Uma ótima mistura entre Metroidvania e Soulslike

Knights Peek/Divulgação

A P
rimal Game Studio conseguiu o que muitos tentam e poucos alcançam: unir dois estilos consagrados em uma fórmula coesa. No lado metroidvania, Mandrágora oferece um level design intrincado e bem estruturado, repleto de caminhos ocultos, áreas secretas e itens valiosos — tudo isso sem cair no erro de se tornar confuso ou excessivamente labiríntico.

A variedade de equipamentos é um destaque à parte. Armas, armaduras e magias vêm em estilos diversos, permitindo que cada jogador encontre uma combinação que se adapte ao seu estilo de combate. As diferentes classes jogáveis e uma árvore de habilidades rica ampliam ainda mais essa liberdade, garantindo alta rejogabilidade.

No aspecto souls like, o jogo exige atenção e estratégia: é preciso saber a hora de atacar, defender e recuar. A dificuldade está presente, mas é bem dosada, e os checkpoints frequentes — comuns no gênero metroidvania — ajudam a tornar o desafio mais justo, reduzindo a frustração típica dos títulos mais punitivos.

Lembrando os Rpgs clássicos

Knights Peek/Divulgação

Visualmente, Mandrágora impressiona com cenários detalhados, monstros bem modelados e uma estética dark fantasy que remete aos RPGs clássicos dos anos 2000, como Baldur 's Gate: Dark Alliance. Apesar de pequenas quedas de performance em alguns momentos, nada compromete seriamente a experiência de jogo.

A direção de arte realista (dentro do possível em um universo sombrio e fantástico) reforça a ambientação densa e opressiva, essencial para o tom narrativo que o jogo propõe.

Caçando Bruxas

Knights Peek/Divulgação

Na pele de um Inquisidor, o jogador percorre um mundo dominado por superstição, medo e poder corrompido. Florestas amaldiçoadas, cidades em ruínas e figuras enigmáticas traçam o caminho de uma narrativa envolvente, ainda que não exatamente inovadora.

O que o enredo carece em originalidade, compensa em imersão. Pequenos detalhes — como NPCs com comportamentos únicos, incluindo um pai que sempre tenta fazer a filha rir com piadas bobas — enriquecem a construção do mundo e dão vida ao ambiente sombrio. 

Som que arrepia (no bom sentido)

A trilha sonora de Mandrágora é soturna, melancólica e memorável. As faixas, especialmente as iniciais, conseguem criar tensão e melancolia na medida certa, casando perfeitamente com a atmosfera do jogo. É o tipo de música que permanece na memória mesmo após desligar o PC.

Uma ótima mistura .

Mandrágora: Whispers of the Witch Tree é uma mistura ambiciosa — e que funciona. Com combate refinado, level design cuidadoso, atmosfera marcante e um bom equilíbrio entre desafio e acessibilidade, o jogo entrega uma das experiências mais sólidas do ano.


Cópia de PC cedida pelos produtores

Nota Final: 8,5/10

Pontos Positivos:

✔️ Jogabilidade
✔️ Gráficos
✔️ Trilha sonora
✔️ Árvore de habilidades

Pontos negativos:

❌ Pequenos Bugs

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