O BC (Banco Central) espera disponibilizar até o fim do
ano que vem um sistema de pagamentos instantâneos, que seria uma alternativa
para TED, DOC e cartões de débito. O sistema PIX, possibilitará operações todos
os dias, inclusive aos fins de semana e feriados, a qualquer hora. A ideia é
substituir as transações com dinheiro em espécie ou por meio de transferências bancárias (TED
- Transferência Eletrônica Disponível - e DOC - Documento de Ordem de Crédito)
e débitos por transações entre pessoas.
Afinal, como funciona DOC e TED?
Primeiramente, vamos entender os sistemas já disponíveis, DOC e TED que são tipos de transferências de dinheiro,
que podem ser entre contas de mesmo destinatário ou não e envolver uma ou mais
instituições financeiras. Nos dois casos, é necessário ter as mesmas
informações para realizar a transação, nome do destinatário, CPF ou CNPJ, dados
bancários e tipo de conta.
Apesar dessa
similaridade, as duas operações apresentam diferenças. O Documento de
Ordem de Crédito (DOC) consiste na transferência de dinheiro no valor máximo de R$ 4.999,99. Ele é dividido em
dois tipos:
1. DOC E: voltado para as
transações entre contas bancárias de diferentes titularidades;
2. DOC D: direcionado para o
repasse de dinheiro entre contas de mesma titularidade.
Já aTransferência Eletrônica Disponível (TED) envolve a
remessa de dinheiro de qualquer valor. Essa operação é obrigatória para todos
os envios que ultrapassam R$ 5.000. Da mesma forma que o DOC, existem dois
tipos de transações:
1. TED E: envolve
contas bancárias de diferentes titularidades;
2. TED D: é realizado entre
contas do mesmo titular.
Atualmente, os pagamentos por transferência são feitos
por canais bancários e os valores chegam ao destinatário no mesmo dia, desde
que a transferência seja feita em dias úteis, em
horário definido pelos bancos (de 6h30 às 17h). O custo da transferência também
é definido pelos bancos para cada operação.
Já com o PIX...
Segundo o BC, a expectativa é que haja redução de
custos para os clientes e para as empresas que recebem as transferências. No
caso de um lojista, por exemplo, uma redução no número de intermediários pode
significar um menor custo de aceitação em relação aos demais instrumentos de
pagamento.
Para usar o novo sistema, o
estabelecimento comercial precisará ter somente um código único de
identificação (QR code) para permitir que seus clientes façam a leitura desse
código com de seus smartphones. Nesse código estarão contidas todas as informações
necessárias para que os recursos sejam transferidos instantaneamente.
A ideia é que fazer um
pagamento instantâneo seja tão simples quanto
selecionar uma pessoa na lista de contato do telefone celular, pois não haverá
a necessidade de inserir informações como número do banco, da agência e da
conta e o CPF ou
CNPJ do recebedor.
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