Crítica: Green Book - O Guia


Se você gosta de road movies, de boas atuações e de bom humor, Green Book – O Guia é o filme ideal. Dirigido por Peter Farrelly, conhecido por comédias como Débi e Loide e Eu, Eu Mesmo e Irene, o longa se passa em meados dos anos 60 e conta a história de Tony Lip (Viggo Mortensen), um típico brucutu ítalo-americano nascido no Bronx que, com dificuldades financeiras, acaba trabalhando como motorista para o pianista e afro-americano Don Shirley (Mahershala Ali), que irá fazer uma turnê pelo sul dos Estados Unidos.

O nome do filme se dá ao fato de que, em um período que o racismo e a segregação eram fortes em todo o país, um livro, chamado Green Book, era feito especialmente para negros que queriam viajar pelo país, contendo informações de hotéis e restaurantes onde poderiam ser aceitos. Com este pano de fundo, o filme nos mostra, através das sublimes atuações de Mortensen e Ali, dois personagens que vão aprendendo um com o outro ao testemunhar as atrocidades presentes nessa época. O filme, baseado em fatos reias, entrega um equilíbrio perfeito entre humor e drama para mostrar as situações que os personagens passam e como eles vão consequentemente evoluindo como seres humanos. Lip, que começa como um racista, abre seus olhos para os problemas sociais e, o esnobe Shirley, desce de seu trono e começa a enxergar de perto o sofrimento de seu povo.

Além das atuações, outro ponto forte do filme é a fotografia, com cores vivas e com uma variação de paisagens e climas que um road movie proporciona.

Green Book – O Guia, que já ganhou o Globo de Ouro como Melhor Filme na categoria Comédia ou Musical, chega como um bom candidato ao Oscar 2019, tendo no elenco dois dos melhores atores da atualidade, ambos também indicados.

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