O "GTA" da Ubisoft que foi esquecido | Watch Dogs: Legion

Drones, Londres e muitas opções de personagens: Legion foi o último game de uma franquia bem polêmica (como muitas da Ubisoft), cheias de hypes e flops.

Ubisoft/Divulgação

Lançado em outubro de 2020, Watch Dogs: Legion chegou prometendo e com a missão de reinventar a franquia. Desenvolvido pela Ubisoft Toronto, o terceiro título da franquia trouxe como grande inovação a possibilidade de “jogar com qualquer um”, literalmente: você pode jogar com praticamente qualquer NPC do jogo, o que lembra o "shift" de Driver: San Francisco (também da Ubisoft). a proposta era inovadora, mas a execução ficou aquém das expectativas.

O primeiro ponto negativo é que o jogador não cria laço com o personagem, com sua grande maioria sendo utilizados só para auxiliar em alguma missão, tipo: preciso invadir um hospital, recruto um médico pois ele tem acesso livre, etc.

Escolha dos primeiros personagens - Ubisoft Divulgação

Mas o maior ponto negativo, sem dúvidas, são as missões. Você parece sempre fazer a mesma coisa, isso associado a um personagem principal sem carisma torna o jogo enjoativo. Todas as missões são básicas: você deve ir a tal lugar, obter algum item ou informação e sair, sem muitas variações ou desafios, além da IA bem fraca, o que torna o game muito fácil por diversas vezes.
    
Na questão visual as coisas são diferentes, o jogo é lindo e vivo. Londres é bem retratada, o clima futurístico e repressivo é imersivo, você se sente em uma cidade controlada por grandes empresas.

Vista da cidade - Ubisoft Divulgação

Por mais que os gráficos sejam bem escuros, mesmo assim os detalhes foram bem pensados e o jogo envelheceu bem na questão visual.

Já a jogabilidade não muda muito em relação aos games anteriores, você está no papel de um hacker, onde você pode executar ações utilizando armas brancas, armas de fogo ou completar seu objetivo de maneira furtiva, tudo isso associado ao uso de hacks para distrair ou incapacitar os inimigos, dar acesso a alguns pontos que gerem vantagens, ou simplesmente hackear um drone de carga e sair voando por aí.

Legion não é perfeito, mas foi um experimento interessante dentro do gênero de mundo aberto. Ele tentou algo novo. Mesmo com suas falhas, é um título que vale a pena ser conferido por quem busca liberdade em jogos. E, claro, por quem sempre quis montar sua própria equipe formada por hackers, donas de casa e velhinhos.

Chave do jogo adquirida pelo redator
Revisão: Gabriel S.

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