Crítica I Crusader Kings III


Anunciado em outubro de 2019, a jornada para o lançamento para Crusader Kings III certamente foi longa, mas também foi digna de toda a espera. A Paradox Interactive, após o sucesso do antecessor Crusader Kings II, entrega de uma majestosa forma tudo aquilo que esperávamos: dramas reais, guerras medievais, intrigas familiares e agora pela primeira vez ela também nos entrega um aspecto do jogo totalmente focado em seus personagens, e tudo isso é lindo e arquitetado de forma espetacular.


Quando foi anunciado, eu já era um grande fã do seu antecedente, mas Crusader Kings III chega para tomar todo o espaço do já estabelecido CK2 (Crusader Kings II). Prometendo novas e outras já aprimoradas mecânicas, houve um anseio muito grande de toda a comunidade apaixonada pela franquia. Quando tive acesso ao jogo, optei por não jogar o tutorial, uma vez que achei que poderia descobrir os novos elementos através de uma partida e estou extremamente satisfeito com o quão complexo, porém bem desenvolvido, o jogo está. Um dos grandes problemas do game anterior era o fato de ser quase impossível aprender como se joga, o quE limitava a série a um nicho extremamente específico de jogadores de estratégia. Neste novo título porém, é possível que haja um interesse muito maior para a descoberta, principalmente com a simplificação de algumas mecânicas, mas também no modo em como você pode viver seu personagem.


Um dos grandes diferenciais do jogo: foram adicionados elementos que fazem você se sentir como o próprio personagem, com opções de personalização e cenas que dão maior vida aos eventos.

A qualidade das jogatinas ainda seguem o bom e velho caminho do Crusader Kings II, onde é possível escolher um conde, duque, rei ou imperador em uma ampla gama de culturas e religiões no período de 867 até 1066, com um gigantesco mapa que cobre desde a Islândia até a Índia e da Finlândia até o norte da África. Essa combinação gera algo único em Crusader Kings, as milhares de formas de jogar que certamente se encaixa muito bem nesta fórmula. Outro ponto extremamente bem feito é a diferenciação entre essas características do personagem escolhido para jogar, onde um rei católico francês talvez não tenha as culturas e leis estabelecidas por sua religião do que um líder viking nórdico.

Porém, para mim, o detalhe mais bem acertado foi a ambientação criada para o jogo, desde a melhora dos personagens que antes eram apenas fotos sem expressão e diferenciação alguma, mas também a música, que continua sendo maravilhosa, assim como em CK2, e os efeitos sonoros ao se aproximar do mapa, tudo é extremamente orgânico e bem feito.

Em relação às mecânicas para governar seu reino, estas também não ficam para trás, nos é dado diversas formas de conseguir espalhar nossa dinastia e aumentar o poder da família, seja através da guerra, da diplomacia ou de um novo e melhorado sistema de intriga, que inclui chantagens e segredos que podem ser trocados pelos mais diversos tipos de favores.

No geral, fiquei encantado pelo jogo, pude aproveitar várias horas e pretendo continuar jogando cada vez mais. Tudo se encaixa, e apesar do jogo não estar disponível na nossa língua portuguesa, os que gostam do gênero de estratégia e RPG com certeza deveriam jogar essa obra prima feita pela Paradox.

O jogo está disponível para compra pela Steam, Microsoft Store e na loja da Paradox, além de estar disponível na biblioteca de jogos do Xbox Gamepass.

Nota: 9,5/10

Mas e você caro geek, o que achou do jogo? Se interessou para jogar ou já tinha jogado? Responde a gente aí em baixo e no mais espero vocês na próxima postagem, que a força esteja sempre com vocês!

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